Pedro Bandeira - Identidade
Já não me cabe ser potencial, há certo eu saciando-se exclusivamente do alheio.
Pois que pensarão de mim? Pois quem me desejará? O que há de ser? O que há de não ser?
Não os culpo, certo estou de que contemplam a tangente, quem amará o que se não vê?
Benditas sejam estas palavras que transparecem o invisível e a fé que raros têm no amor.
Pois certo estou de que o amor é uma imensurável montanha,
Se tentares feri-la, odiá-la, blasfema-la o farás em vão.
Se tentares move-la, destruí-la, esconde-la o farás em vão.
Enterra à beira dela o sentimento suplício.
Abriga-te em uma de suas cavernas, e seco estará das lagrimas do céu.
Nem azul nem rosa. Lilás talvez, transparente. Quem sabe?
Nem quente nem frio. Ameno talvez, morno. Quem sabe?
Nem cheio nem vazio. Meio copo de nada. Quem sabe?
Nem aqui nem lá. Perdido no caminho. Quem sabe?
Nem medo nem coragem. Inútil na Terra. Quem sabe?
Não sabe, não vê, não sente, não age, não crê.
Alguém há de saber, mas não se importa. Ignorou.
Todas as manifestações da cultura negra no Brasil são por excelência e originárias de uma cultura de resistência, com seus agentes de personalidades fortes e de seguidores perenes, dedicados e abnegados por possuírem com grande vigor raízes matrizes etno-geográficas, identitárias, religiosas e raciais.
"Não és o que fazes, não és o que crias! Pois no estante momento que não puderes fazer ou criar deixarias de ser! És muito do que coisas finitas! És alma eterna!Criação Divina."
Só sou o que nasci pra ser
Quando amo o meu semelhante,
Com o mesmo amor que eu me amo,
Nesse ponto descubro a minha identidade.
Um futuro indigno para à cultura brasileira que abandona por vez seus patrimônios e bens passados poucos remotos.
Beleza não é sinônimo de felicidade. Porque para o Pai Celestial o importante não é a beleza do corpo, mas a Luz que brilha sobre a tua alma. São os teus gestos diários e atitudes diante da vida e do mundo que farão sentido para a construção da tua verdadeira identidade e evolução do ser que habita em ti. É claro que deves cuidar das vestes que te cobre a alma, seu corpo, mas não sobreponha as vestes que lhe foram emprestadas à tua real existência!
Jovens sem personalidade forçam tanto a barra para parecerem que são diferentes que fazem tudo exatamente igual a outros jovens - rebeldes sem causa - que querem provar a qualquer custo que tem identidade própria.
O modelo americano do politicamente correto, do identitarismo, das disputas de nichos, das correntes identitárias, da purificação da linguagem, da proibição de termos e da eleição de outros, tem sido adotado no Brasil, apesar das críticas ao imperialismo americano de onde esse modelo se origina.
Essa adoção, muitas vezes imposta, gera ressentimentos, pois exige que todos sigam esses princípios.
São pautas que frequentemente se distanciam das necessidades básicas da população brasileira, revelando um descompasso entre as demandas identitárias e as urgências cotidianas do país.
O autoconhecimento é essencial... Avalie o que lhe proporciona prazer, respeite os seus sentimentos e não tema sua verdadeira identidade.
Dualidade Unida
Nasci na Alemanha, num pedaço de terra que acolhe e cuida. Filho de pais portugueses, trago comigo as raízes profundas de uma pátria distante. Sim, amo dois países. Um foi mãe, outro é pai. E assim, cresci entre dois mundos, onde o patriotismo não se anula, mas se completa, como as estações que se sucedem, cada uma com a sua beleza.
O melhor de ambas as culturas marcou a minha educação, tal como o sol e a lua marcam o dia e a noite. Da Alemanha, aprendi a ordem e a disciplina, o respeito pelo tempo e pelo espaço. De Portugal, recebi a alma poética, a saudade que me abraça e a simplicidade das coisas.
Guardo ambos no meu coração, sem conflito, sem divisão. São como duas árvores que crescem lado a lado, as suas raízes entrelaçadas, as suas folhas tocando-se ao vento. E assim, sou inteiro, sou completo, porque levo comigo a essência de dois lugares que me formaram e me fazem ser quem sou.
Em um mundo de cópias e padrões, O que você tem, outros podem possuir, Mas o que você é, ninguém pode clonar, é a sua essência que faz você reluzir.
Seja autêntico, sem medo de errar, pois cada passo que você der, com sua verdade, seu jeito singular, terá significado e sucesso a colher. O mundo comparativo, com suas métricas e padrões, pode se tornar o maior equívoco da jornada humana. É na singularidade que reside a verdade, e quando você for fiel à sua identidade, Cada conquista será uma obra de arte em liberdade.
O barulho dos carros na rodovia
De madrugada o silêncio à nostalgia
Os tempos hoje são tenebrosos de verdade
Não me causam alívio nem saudade
As luzes distantes, um brilho de agonia
Rostos desconhecidos na noite fria
Caminham sem rumo, na mesma cidade
Onde se perde a essência, a identidade
Mas em meio ao caos, surge a esperança
No coração de quem ainda tem confiança
Que o amanhã trará paz e claridade
Renovando a alma com nova realidade
Pra você que gosta de pagar pra ver. Eu digo :
-Pare de ser tolo!
Deixe a criança suas tolices, e
Você firme-se em alicerce seguro. O nome daquele te formou e te fez um
ser único na terra.
Quem não tem memória, não tem culpa nem gratidão. Preservemos nossa memória, patromônio inestimável!
Apaixonada pela vida, desistir não faz parte, uma emoção a cada página vivida, vê a beleza de todas as suas fases, seja durante ou depois, entre encontros e despedidas, ela se apaixona na medida certa da sua própria essencialidade e se não se apaixonasse, já não seria ela mesma, perderia infelizmente a sua valiosa identidade.
Gays não reproduzem, e nascemos a todo momento. Não adianta tentar nos calar, oprimir ou matar, pois a gente sempre volta nessa revoada que é a vida...
Sobre o risco de não ser
Há quem passe a vida
a desejar outro lugar,
outra pele,
outro nome.
Acredita que será mais inteiro
se for como os outros,
se parecer com os que brilham,
se for aceite
nos salões onde se aplaude o vazio
como se fosse grandeza.
Mas o que brilha
nem sempre ilumina.
E o que parece
quase nunca é.
O esforço de parecer
rouba a paz de ser.
E quando se apaga a chama
do que nos tornava únicos,
fica apenas o eco
de quem já não sabe quem é,
nem para onde voltar.
Não há perda maior
do que perder-se de si mesmo.
Não há engano mais cruel
do que acreditar
que a dignidade depende do olhar dos outros.
Ser quem se é
— com verdade, com firmeza, com simplicidade —
é tarefa para os que recusam dobrar-se
à mentira do mundo.
É caminho sem prémios,
mas com sentido.
E só o sentido,
mesmo que nos isole,
nos salva do nada.
Quem rejeita a sua natureza
para caber onde não pertence,
corre o risco de não pertencer a parte nenhuma.
Nem aos outros,
nem a si.
Cuidado com a ilusão dos que se dizem grandes,
mas vivem de fingimento e vaidade.
Ser visto não é o mesmo que ser verdadeiro.
Ser aplaudido não é o mesmo que ser digno.
Acredito que não nascemos para caber em moldes.
Nascemos para ser inteiros.
A dignidade,
se é que tem morada,
não vive nos olhos dos outros.
Vive, talvez,
na coerência secreta
entre o que se sente
e o que se é.
E há uma solidão peculiar
em já não pertencer
nem ao mundo que se tentou imitar,
nem ao que se abandonou.
O que assusta não é falhar —
é perder-se no caminho
por ter querido ser outro,
sem nunca ter sido inteiro.
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