Passo
Um passo de cada vez, mas se quizer que seu caminho seje perfeito deixe Deus conduzir cada passo que você der.
Quando passo por algumas situações em minha vida, sinto que nesse mundo insano minha loucura é sã, sou brincalhona, sou desbocada, sou agitada, mas quando preciso de serenidade para rever algumas coisas ou seriedade para conduzir outras, às tenho.
São nas dificuldades que vejo o quanto sou forte e o quanto as pessoas precisam de mim (mais do que eu mesma podia imaginar). Cada dificuldade me torna mais forte, nesse instante, nesse exato momento sinto-me uma MURALHA.
Sabem o que acontece com pessoas que se jogam contra MURALHAS?
Elas batem, se esfolam e caem no chão.
E com as MURALHAS?
NADA, elas continuam lá intactas em sua grandeza, apenas assistindo o triste fim de pequenas forças que se voltam contra ela.
Não dou importância o que pensam as pessoas de minhas atitudes, pois sempre acreditei que cada passo da minha vida valesse à pena! Então não desistirei nenhum momento que seja;
Avise-me quando tiver um tempo, caso eu não esteja, por favor, deixe recado. Passo por maus bocados sem a menor notícia sua, vivo um grande tormento olhando os velhos retratos.
Passo observando tudo e todos e percebo que não há ninguém como você ou que supere sua beleza e formosura, em um tanto que desatina a minha razão;
Me perco e me encontro em você e ouço a teu coração clamando aos meus carinhos em uma invasão que se entrelaça com a paixão;
Me acho no passo
em meio ao compasso
Entre pulos e passos
eu dou mais um salto
Por muitos caminhos
por mim percorridos
Procuro um cantinho
passinho por passinho!
“Gosto de ler, passo meu tempo escrevendo, e mesmo assim me criticam, sugiro que devia fazer o mesmo, isso faz com que uma tolice seja corrigida a tempo, se tal for pronunciada.”
Percebo que, hoje em dia, as pessoas estão muito exigentes em relação ao amor. Qualquer passo em falso: Adeus! Não aceitamos erros alheios. Não aceitamos qualidades no outro que, pra nós, sejam defeitos. Queremos que todos estejam conectados com nossas expectativas, que estão altíssimas e não param de crescer. O que nos é possível, não nos interessa. Almejamos o perfeito. O irreal. O ilusório. Queremos sempre o melhor, mesmo que o (melhor) não se adeque à nossa vida.
Vivemos – na verdade - na era da Intolerância. Do imediatismo. Da falta de paciência. Seja com downloads lentos, celulares fora de serviço. Ou pessoas que não seguem o nosso ritmo.
No meio do caos, esquecemos o essencial: para se relacionar, é preciso tempo. Tolerância. E uma boa dose de bom senso. Não, pessoas não são descartáveis. Não existe manual, nem informações no rótulo. Quer saber? Todo mundo tem lá seus (defeitos). Mas, nessas horas, não existe (loja autorizada), nem garantia. No máximo, uma terapia ou um bom ombro amigo pra se reajustar.
Agora, minha pergunta: porque andamos, assim, tão exigentes? Será culpa da tecnologia e sua crescente evolução? Será falta de auto-conhecimento e amor próprio? Será que, no fundo, temos medo de amar e nos auto- boicotamos com situações que nunca vão dar em nada?
Pode ser um pouco de cada coisa. Outro dia, ouvi uma frase interessante de uma amiga: o dilema da mulher moderna é saber, ao certo, o que ela procura. Porque, se ela procurar, vai achar! Achei de uma sabedoria incrível. E pensei: ao dizer isso, sei que muita gente vai me criticar. Mas pense comigo: será que estou, de fato, errada?
Não, não vamos colocar a culpa no outro. Se as coisas não estão dando certo, temos grande responsabilidade sobre elas. Não vamos começar nosso discurso manjado que queremos viver o amor, quando, na verdade, atraímos pessoas problemáticas, instáveis e avessas a compromisso. Se isso acontece uma vez ou outra, tudo bem. Do azar no amor, ninguém foge.
Mas se o padrão prevalece, então, está na hora revermos nossos conceitos. A gente acha o que – na verdade - procura. Se encontramos pessoas (e amores) que só nos trazem infelicidade, angústia e ansiedade, o melhor a fazer é nos voltarmos para dentro. E repensarmos quem somos. E o que realmente queremos.
Olha, eu não sou psicóloga, nem dona de nenhuma verdade. Adoro lugar comum, gosto de escrever sobre o que meu coração dita. Sei que ninguém gosta de aceitar suas culpas, muito menos admitir quando faz escolhas erradas. Mas, se estou aqui hoje, dando a cara à tapa, é porque descobri que me boicotei durante muitos anos. É, fugi do amor com medo de perder minha liberdade. Ou com medo de perceber que ter um relacionamento não traz garantia nenhuma de felicidade. (Adeus sonhos de adolescente!).
Agora, eu vejo que viver o amor nada mais é do que conhecer a si mesmo profundamente e entender quem a gente é. E o que nos faz bem.
Portanto, antes de colocar a culpa da sua vida amorosa no outro. No destino. Em algum karma. Ou em qualquer lugar fora de você, PENSE BEM.
Nós encontramos FORA o que – na verdade – MORA AQUI DENTRO.
Contento da Angustia
A cada passo meu coração bate mais forte
A cada vez que respiro suspiro e penso em te encontrar
A cada instante lembro o quanto tenho sorte
De ter você guardada em meu coração e poder te amar
Chego ao ponto, te encontro e fico nervoso
Pois o amor confundi e são muitas coisas a falar
Apenas fico quieto e observo com um olhar teimoso
Pois as mais belas palavras são ditas no silencio de um olhar
Abraço-te, beijo, sinto teu cheiro ao abraçar
O gravo em minha mente, meu coração sente e venho a lembrar
Nas horas de angustia que bate a saudade e me lamento
Lembro teu cheiro, minha mão ao teu cabelo e me contento
De o primeiro passo
Gaste a primeira sola,
Crie as primeiras marcas.
A vida tem dessas surpresas
Estas aventuras do acaso,
Marcas acontecem para quem vive
Não para quem apenas sobrevive.
Ouse com alguns olhares
Derrube muros com alguns sorrisos,
Deixa extrapolar alguns gritos!
A alegria não foi feita para ser guardada
Em pequenos potes ou em pequenos vidros.
Suspiros não nascem do nada
Requerem ousadia, tem que se permitir sentir,
Arriscar para poder perder
E para poder, em algum momento viver.
