Paradoxo
Procuro ...
Por mim,
Por todos,
E me vejo tolo
Por vezes tracei errado
O caminho equivocado
Tão inócuo
Quase que um paradoxo
Passos e passos
Me vejo pensante
Mas sigo adiante
Com um passado inalterável
Um presente árduo
E um futuro certamente
Incerto
Deserto
Longínquo
Inevitavelmente constante
Movimento de incertezas
Desgastante
Como se tudo
Ou se nada
Viesse a surpreender
Num simples instante.
Entre tão lá
Entre tão cá
Ainda venho gentilmente
Sem pressa
Continuando a me procurar.
Sua idealização, não pode ser romantizada ! Cognição Motivada ou Pensamento Motivado, é o ato de prestar atenção unicamente naquilo que valida as suas teorias.
A não afeta B, mas B afeta A, então A afeta sim o B já que B só tomou a ação de afetar o A pela própria existência do A, então quem é a reação o B porque A tomou a ação de existir.
-william
É paradoxal
Constatar o desamor pela Poesia
Quando a Humanidade
Sem ela morreria:
— Tanta música se perderia
Quanta vida seria maldade
E eu sem ela nada seria.
A fronteira, o limiar da vida não tem uma definição única e exclusiva, nem tão pouco o limite empírico ou onírico da paixão humana poderá abordá-la; mas apenas a boa e velha intuição poderá resplandecer tal fenômeno.
Partindo das premissas de Lacan, de que:
"Cada um alcança a verdade que aguenta suportar."
E entende-se também que, as partículas elementares não se limita ao tempo, nem a existência aos fatos.
Concluí-se que qualquer paradoxo não se limita aos parâmetros da razão, muito menos no jugo da alienação. Ou da subjetividade narcisista e patológica do egoísmo.
A vida apenas é a minha consciência de existência, neste tempo, neste espaço.
Têm gritos que não podem ser ouvidos, e dor que não pode ser sentida, há alma que chora e ninguém percebe seus gemidos de angústia.
A tão irredutível doença invisível, que apenas os sensíveis à dor humana podem notá-la...
Mãos tão pequenas como ousas conter mãos ágeis, enormes; pés tão pequenos como atreves a acompanhar passos tão hábeis, e ligeiros. Paradoxo Inusitado, une pessoas tão diferentes, em situações bem raras, até engraçadas.
A Honra ao Espiritual,aos elementos do campo sútil e a Honra à matéria. Oequilíbrio de se entender cada mais o sútil, de se (Re)Conectar ao Espiritual ao mesmo tempo em que se Honra o viver a Realidade atual.
E cada vez mais equilibrado sobre esses paradoxos, mais se entende que ambos são o mesmo.
“…Somos como grãos de areia ou poeira cósmica em meio a toda essa vastidão, não somos nada.
Mas ao mesmo tempo fazemos parte desse Todo e se faltasse apenas um de nós ele jamais estaria completo.
Então somos peças fundamentais nesse grande quebra-cabeça da existência, somos tudo.
E nesse paradoxo, seguimos nosso caminho com a incumbência de encontrar o ponto de equilíbrio da eterna dualidade entre sermos tudo e nada ao mesmo tempo."
- Flávia Filgueiras
Sempre se viveu do achismo.
A dúvida, sequelas, convivência, amores, sorte e azar e paixões.
Esse modo particular de pressupor o outro cai numa espécie de engodo por se tratar do que esse "eu" suposto imagina.
E, nunca sairemos desse paradoxo, por sermos humanos iludidos.
Mas não precisa acreditar em mim, sou também uma miragem!
Um grande pensador grego disse: "Só sei que nada sei", e aqui estou eu, incapaz até mesmo de afirmar esse paradoxo intrigante, onde a única afirmação feita é sobre a própria ignorância. Dito de outro modo, como alguém que nada sabe pode dizer que sabe algo?
A inércia aparente que, simplesmente, nos deixa confortáveis, quietos, imóveis e desnecessariamente vulneráveis ao ambiente externo provoca uma dicotomia paradoxal sobre como este fluxo não flui como deveria.
Umas das ironias ou dilemas existenciais é viver sob tensão entre as duas coisas que mais desejamos: segurança e liberdade.
O que significa ser imortal? Muitas pessoas podem pensar que é um dom, uma benção, uma forma de escapar da morte e do sofrimento. Mas será que é mesmo assim? Será que a imortalidade não traz consigo um preço muito alto, uma maldição disfarçada de graça?
Imagine viver para sempre. Imagine ver tudo mudar ao seu redor, enquanto você permanece o mesmo. Imagine perder todos os seus entes queridos, um por um, e nunca poder se despedir. Imagine testemunhar as guerras, as tragédias, as injustiças e as crueldades da humanidade sem fim. Imagine se cansar de tudo, de todos e de si mesmo.
Esse é o destino dos imortais. Eles estão cheios de vazio. Eles não têm nada pelo que lutar ou esperar. Eles não têm propósito ou sentido na vida. Eles estão entediados e esvaziados. Eles não sentem mais nada: nem alegria, nem tristeza, nem amor, nem ódio, nem dor nem prazer.
Eles estão saturados na superfície. Eles já viram tudo o que há para ver, já fizeram tudo o que há para fazer, já sabem tudo o que há para saber. Eles não têm mais curiosidade ou interesse pelo mundo. Eles não têm mais desafios ou surpresas pela frente.
Eles são atemporais. Eles não se importam com o passado ou com o futuro. Eles vivem no presente eterno e monótono. Eles não têm memória ou expectativa. Eles não têm história ou destino.
Eles estão além da compreensão e da imaginação. Eles não conseguem se relacionar com os mortais nem com os outros imortais. Eles são solitários e incompreendidos. Eles não conseguem criar ou inventar nada novo.
E eles devaneiam no silêncio. Eles se isolam do mundo e de si mesmos. Eles se perdem em pensamentos vazios e sem sentido. E eles esperam por algo que nunca vai acontecer: o fim da sua existência.
O que significa ser um seguidor?
Muitas pessoas podem pensar que é uma forma de pertencer, de se sentir aceito, de se adaptar à sociedade.
Mas será que é mesmo assim?
Será que seguir não implica em renunciar à própria identidade, à própria liberdade, à própria consciência?
Imagine viver sob a influência dos outros. Imagine seguir as modas, as tendências, as opiniões e as ordens alheias sem questionar. Imagine se conformar com o que é imposto, com o que é esperado, com o que é conveniente. Imagine não ter voz nem vez.
Esse é o destino dos seguidores. Eles estão emergindo através de uma marola. Eles não têm força nem coragem para enfrentar as ondas da vida. Eles se deixam levar pela correnteza e pelo vento. Eles não têm controle nem direção.
Eles estão flutuando através das brumas. Eles não têm clareza nem visão sobre a realidade. Eles se deixam cegar pela névoa e pela fumaça. Eles não têm discernimento nem critério.
Eles perdem a noção do tempo. Eles não têm passado nem futuro. Eles vivem no presente efêmero e ilusório. Eles não têm memória nem projeto.
E eles estão alugados, desiludidos, convencidos e confundidos. Eles vendem sua alma e seu corpo por um preço baixo e temporário. Eles sofrem com a decepção e a frustração de não serem quem queriam ser ou terem o que queriam ter. Eles são enganados e manipulados pelos líderes e pelos meios de comunicação.
E eles são obrigados a acreditar. Eles não têm fé nem razão para sustentar suas crenças ou valores. Eles se deixam doutrinar e persuadir pelos dogmas e pelas ideologias alheias.
E eles são desconfiados. Eles não confiam em si mesmos nem nos outros. Eles vivem com medo e insegurança de perderem o que têm ou serem traídos por quem seguem.
E eles sempre seguem sem parar ou mudar.
Trabalhar sempre com a verdade, em tese, deveria ser mais fácil à sociedade. Mas por que, na prática, não acontece dessa forma?
Somos preparados para encarar o brilho ofuscante da verdade?
Para recebe-la como um presente, uma porta que se abre ao conhecimento e ao aperfeiçoamento?
A verdade então é que não trabalhamos com a verdade. E se isso for verdade?
Eis aí um paradoxo.
