Para que Tanta Mentira Magoa e Dor
Não que sejam inexistentes,
Mas,
Em sua maioria,
Rasos,
Líquidos,
Não conseguem se aprofundar em assuntos,
Tentam fazer piada com a minha inteligência,
Para poder se defender da ausência de seu próprio intelecto.
Sou uma garota nascida em Julho,
Uma garota que almeja o Amor,
O Amor verdadeiro,
Enquanto ele passa,
A dor escorre pelos dedos,
Fere os cantos,
Derramam-se em prantos,
Todos os corações despedaçados,
Ameaçados por tanta desilusão,
Coração.
Maléfico,
Enganoso sangue que corre em minhas veias,
É como o canto das mais belas sereias,
Se entrelaçou e morreu,
Dentro de si morreu.
Eu tenho versos,
Ele tem sementes de amor no canto,
Voz doce e profunda de encanto,
Alegra o dia,
Massageia a Alma,
De alegria,
Como um afago,
Um abraço de saudade,
Um delicioso beijo sem maldade,
É muito amor contido em canção.
E se eu deixar,
Meu coração esvoaçar,
Como uma pipa pairar sobre o ar,
Feita de papel de caderno,
Aquele branco de linhas azuis,
Azuis como o céu,
Quadro de nuvens,
Com rabiscos de versos,
Minha imaginação o levará,
À caminhos tão longínquos,
Que nem posso imaginar...
Certa vez,
Minha Avó me disse que eu tenho o dom do Amor,
Disse também,
Que o Amor é sofrendor,
Acredito,
Que em ambos,
Ela tinha razão.
Não se apaixone por mim.
Meu Nome é Letícia Del Rio,
De certidão de Nascimento,
Nome de vida,
Prazer,
Eu sou a Intensidade.
Não se apaixone por mim,
Vou te fazer sentir o que nunca sentiu,
Vou te mergulhar no meu mundo,
Te eternizar em meus versos,
Vou te levar à lugares e momentos inesquecíveis,
E apaixonado,
Uma hora irá me dizer que vai embora,
Que te sufoco,
Que sou intensa demais,
Embora eu tenha me apressado,
Breve em lhe dizer toda verdade,
Prazer,
Meu nome é intensidade,
Para mergulhar-te,
Em profundo,
Deves me Amar,
Só então encontrará,
Abrigo eterno em meu coração.
Não morda a maçã,
Suas curvas,
São o triângulo das bermudas,
Fruto proibido,
Tem tirado meu juízo,
Meu sono,
Meu chão,
Sei que posso me perder,
Teu sorriso kriptonita,
Onde o verde da esmeralda,
Se transforma em vermelho sangue,
Dessa boca feito doce,
Que não me cansaria de beijar.
Mas,
Não morda a maçã,
Ela é fruto proibido,
Que me faz perder o juízo,
Incansavelmente,
Não consigo descansar,
Perco os sentidos,
Só em te olhar.
Não morda a maçã.
Você foi pra mim o maior arrependimento de mim,
Gostaria de ter amanhecido em você.
Meu cérebro não te esquece,
Embora meu corpo se insista em te conhecer,
Coração,
Quase perdendo-te em razão.
Quem sou eu agora?
Além de um grito de desejo contido na imensidão da madrugada,
Em resposta o silêncio,
Tão profundo,
Que desaguar-me-ei,
Em transbordar-me
Ao meu próprio espectro,
Invenção de mim,
Sombra amargável,
Como o próprio amargo,
Opróbrio,
Fel,
Rasguei o dia,
Amanheci,
Leito frio,
Cama vazia,
Saudade da história infinda,
Nunca vivida entre você e eu.
O que me ganha,
São as idéias,
Enquanto o físico se deteriora,
Oxida,
A Alma se aviva,
Criativa as palavras,
Despe em versos,
Se acalora,
Palavras inexistentes,
Tornam-se livres,
Liberto-as,
Que se dane o Aurélio,
Que é físico,
Sou um composto de Alma esculpido em versos.
Eu preferia que as pessoas fossem feitas de palavras,
Aparência,
Oxida,
A Alma não,
Mostre-se intrínsecamente,
Para que eu te veja,
E mantenha-se,
Para que eu não me arrependa.