Pálida
Jamais Esquecer
Entre construções pálidas, desfilam figurinos
voam pássaros, outrora inquilinos.
Aves viajantes, modelos mascarados
Se misturam no ambiente, novo mundo atordoado.
Cidades aflitas, ruas caladas, o rio clareia o ar melhora
E menos pessoas pelas calçadas.
Uniforme, sirenes, informação,
Música, sacadas, janela e saudades,
Ciência política e religião.
Respirando um sistema febril,
Nas próprias gaiolas
De um novo Brasil.
Entre a esperança do abraço e o aperto de mão,
Ações solidárias, pra jamais esquecer...
Somos todos irmãos!
Ventinho
Eu vejo
O tímido vento que segreda sua admiração
Pelas pálidas flores de laranjeira
Que se soltam e flutuam até o chão
Trocando carícias com o vento
Eu imagino
Leves flocos de neve que marcam a estação
Viajando pelos caminhos secretos do vento
Pelas curvas tempestivas de seu turbilhão
Até pousarem como um tapete de marfim
Eu lembro
Do vento desenhando ondas no mar de verão
Descabelando palhas dos pendulantes coqueiros
Esculpindo em nuvens as tempestades que virão
Vento nômade que cativou os que ficaram
Me seduz
O uivo do vento que parece uma canção
Seus cheiros que contam histórias escondidas
Serei sereno ao receber a concessão
Irei morar no vento com suas magias
Nas camélias pálidas sem vida, eu vejo a vida
falida, a vidaávida por vida, a vida como ela é.
E assim nesta triste lida, vejo a flor tristonha e
morta, totalmente sem guarida, morrendodesfalecida,
quase até que desflorida,desprovida de beleza.
Murchando quase sem vida, chorosa entrestecida, querendo sobreviver, lutando para ter vida,
a pobre não quer morrer.
PÁLIDAS PAREDES BRANCAS
Quando olhei, pálidas paredes brancas
Tão gélidas que congelavam-me o pudor
Cercavam um pequeno espaço irregular
De um lado o peso do tempo
Intacto e sólido
Do outro, o peso do corpo
Disperso e flácido
E no centro de tudo
O olhar do retirante
Ríspido e desconexo
Acuado pelas pálidas paredes
E pelo esboço de uma era
Que sucumbiu ao veneno das meias verdades
E do riso frouxo e estéril
Eu me acostumei com paredes pálidas, quartos enfeitados com fantasmas, pessoas de almas pálidas, podem ser meus olhos, mas não há graça nas pessoas, em sua maioria, são vazias.
Me acostumei com salas vastas, e vazias, sem objetos, não há o que eu possa colocar para manter o ambiente confortável, então me acostumei com o amplo vazio.
Comecei a evitar conversas sem graça, sem sentido, cansativas de suportar, tediosas.
Sempre escutando músicas que torturam minha mente, talvez seja um um belo jeito de tortura, ouvir algo que te deixa triste de um jeito tão magnífico.
Escrever se tornou um fardo, textos que para mim, não há grandes emoções, sempre profundos nessa sensação de solidão.
Sempre evito falar sobre mim mesmo, descobri que evitar nosso próprio reflexo nos faz menos entediante pra nós mesmos, afinal sempre sabemos quem somos, e escrevemos apenas para aquele leitor que escolhemos confiar nossos mais profundos pensamentos sobre nós mesmos.
Sempre trocando os sonhos por pesadelos, não porque assustam, mas porque são tão conhecidos que chegam e pesar nosso sono.
A lua sempre tem a companhia das estrelas, porque ela é sempre triste, então por que o sol está sempre sozinho no nosso campo de visão, se é ele que ilumina a todos?
A rapinha da garrafa.
Dois dedos translúcidos
mergulhados em energéticas bolhas
douradas.
E já, já seguirei
o habitual caminho do prazer.
Os balcões dos bares costumeiros
aguardam pelo cuidadoso atracar
do meu cotovelo esquerdo.
Lá vou eu, já vou eu
colorir meus olhos marrons
com o brilho ensurdecedor da multidão
vazia.
Procurarei princesas pálidas,
ou cervejas gélidas,
ou a saciedade gordurosa
de um x bacon.
Perdi-me no tempo sem volta.
Sem volta perdi-me no tempo.
Páginas em branco desta dor.
Sentida sem perfil, sem aroma.
Crepúsculo de lírios perfumados.
Lágrimas pálidas, gotas sem destino.
Sem caminho na penumbra de uma sombra.
Plagiam os sonhos, com um pacto de morte.
Cicatrizes de uma página em branco costurada!
E nas noites cinzentas aprendemos o valor que resta no brilho do sorriso sincero e nas tímidas cores que não nos empalidecem
A LUZ DO POETA
Na silenciosa escuridão, resta solitária uma pálida lua vigiando os portões da noite. De longe um coração descontrolado chora aos soluços por uma desilusão, afogando o pranto em pensamentos que cheiram a álcool e nicotina.
Na velha janela, do mesmo quarto da pensão de quinta, a caneta e o papel são os velhos companheiros da agonia. Contadores da dor e do amor, deles nascem palavras chorosas que contam experiências de um platonismo de dar pena.
O poeta, então, recluso e trespassado pela realidade encontra forças sabe-se de onde e arde como uma estrela em plena revolução nuclear. Subitamente, a pena apaixona-se pelo papel envelhecido e tudo é luz. Anjos e Deuses sopram flores, sonhos e amores e no minuto seguinte colhem os mais belos versos.
A mágica se fez. A Luz interminável do poeta fecundou a realidade mais uma vez, transformando a poderosa escuridão na luz das estrelas.
PÁLIDA À LUZ DA SOLIDÃO SOMBRIA
Pálida à luz da solidão sombria
como a dor na alma dilacerada
sobre o leito de ilusão reclinada
a amargura e uma paixão fria
A satisfação que na perca jazia
e pela melancolia era embalada
a ruína e alegria embalsamada
no desprezo e, na beira dormia
Prantos, e as noites palpitando
gosto amargo no peito abrindo
os olhos esverdeados chorando
Não rias de mim, sentir infindo:
por ti – o amor busquei amando
por ti – na teimosia eu vou indo...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Setembro, 2020 – Triângulo Mineiro
A morte pálida com medo agudo deveria fazer as cavernas do oceano nossa cama, Deus que escuta as grandes ondas, permita que salve as nossas almas suplicantes.
Só a Graça Divina pode nos conceder sentir o verdadeiro amor, do qual o amor que conhecemos ordinariamente é uma pálida sombra
Sábado bucólico.
Solidão.
Preciso muito encontrar minha princesa pálida.
Ou alguma mucama de ébano...
Minha força flui quando a pálida lua emergi no céu sombrio; não tenho medo nem da penumbra e nem dos seres que se esgueiram nas sombras, pois eu também sou um deles.
Eu olho pra ti e, cara, eu piro. Piro nessa cara pálida, na covinha no queixo e na falta de barba. Piro na tua boca em formato de coração... será que o beijo é tão gostoso quanto eu imagino?
Piro nos teus olhos, eles têm uma cor que eu ainda não sei exatamente qual é, mas gosto mesmo assim.
Cara, eu piro na tua pele bem branquinha em contraste com teu cabelo. Dá vontade de morder, de beijar, de deixar um rastro arroxeado no teu pescoço, teu peito e teus ombros. Morro de vontade de te abraçar e fazer cafuné nesse cabelo escuro como noite sem luar, de fazer uma massagem nos teus ombros e aproveitar para fazer cócegas, quem sabe assim você se rende e para de fazer essa cara de sério.
Você é poesia pura. E todos sabem da minha paixão por tudo que envolve literatura.
Pequena.
Seus cabelos e olhos já não brilham mais
Sua boca está seca
Em sua pele pálida marcam os ossos
Em suas mãos um lenço branco
Para enxugar as lágrimas que já não caem mais.
Delírio de amor!!!
Quando n'alta noite na amplidão flutua pálida a lua com seu fatal esplendor. Não sabes, querido, que por ti suspiro e que deliro a suspirar...
AMOR!!!
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