Paixao Perdida
Pior do que uma causa perdida é uma causa ganha sem ninguém para defender... Mas enquanto segue uma alma no direito de lutar pelo correto, segue também o milagre de uma luta que vai além do campo de batalha.
Abrace as oportunidades da vida com celeridade e afinco. Muitas das vezes, a oportunidade perdida hoje não se repetirá no amanhã.
Viver, por que?
Se viver é acender uma vela toda manhã e rezar para que uma bala perdida não cruze o seu caminho na rua, não queremos viver, por que? Se viver feliz é conquistar a felicidade o indivíduo que não é feliz é considerado falho. Se viver contente é ser contente por ser feliz, você é falho, porque viver é conquistar, e não conquistamos, vivemos. Se conquistarmos o inconquistável ainda temos o que conquistar? Temos! A vida!
Bala perdida
Meu coração sente primeiro
Rasga a carne as palavras
Descriminalizar a confiança em mentes frágeis
Foi atirar por medo de morrer sem nunca reagir a maldade sofrida
Um projétil perdido pelo ar
Se pelo menos fosse o ladrão, porém o inocente sofre sempre em dobro
Eu estava parado a observa a vida
Senti um aperto no peito
A bala atravessou sem medo
Também quis atirar:
Abraços em um amigo
Beijos em minha mãe
Carinhos na guria de azul
Palavras de amor
E agora estou incapacitado de usar a arma mais eficaz que tenho
Alguns largam a arma arrependidos e outros dizem que foi culpa do bandido
Mas a marcação da bala era de que arma?
Grito por dentro toda as vezes que paro pra pensar:
Não descriminalize a confiança em mentes frágeis
Sinto medo de mim por isso, posso estar errado
Mas meu fardo é leve e se acontecer comigo minha fé é a certeza de que vou esta nos braços de Deus ao fechar os olhos
Não sou bobo, confio na polícia
Não sou bobo, confio no amor
Cada um tem uma missão
EE "missão dada é missão cumprida"
Meu coração sente primeiro
Uma pessoa a observar a vida me ajuda a levantar
Diz que é só dinheiro, podia ser pior
Rasga a carne as palavras
Senti um aperto no peito
A ideia atravessou sem medo
Naquele dia:
Abraçei um amigo
Beijei minha mãe
Dei carinhos na guria de azul
Palavras de amor foram minha arma.
Sanidade perdida
Eu sou a parte de sanidade
Que faltou na sua vida,
E agora está faltando na minha,
E é destampada sua parte de culpa
Que um dia esqueci minha alma,
Hoje você simplesmente diz:
Que colecionava um beijo,
Para cada vez que te vi.
BALA PERDIDA
VAGAVA LONGE DE SUA MORADA:
UMA PISTOLA CALIBRE 7.65mm.
SEM GPS, SEM BÚSSOLA E SEM DESTINO,
FOI PEDIR INFORMAÇÕES À UM MENINO.
Passagem
Não quero lembrar o meu
Leito de morte, das dores
Perdida no tempo da escravidão
que se encontrava o meu ser.
Do mundo parado na solidão
Profunda do mar envenenado
onde as lágrimas que rolavam dos meus olhos
descarregava toda a dor do meu ser.
não quero lembrar o sofrimento agudo de
quando apago as luzes do meu quarto,
E chorando às vezes da lembrança
Que motivou essa eterna solidão,
Quebrada apenas pela passagem
Sublime da ternura do ser da fotografia.
Passagem de uma vida que busca
Na esperança, em que o tempo
Passa-se na embreagem do viver.
A solidão busca espaço contradizendo
O coração que esta querendo esquecer
o ser da fotografia, que insiste em permanecer,
No caminho do meu viver.
Mais tão contrario é o caminho
Dos que buscam acalentar o vazio
Do coração... E assim, querendo apagar
Da memória a inspiração que me fez
Sonhar, desenhar, pintar,
O conto de fada que não se
Realizou... E o amor... Ainda existe,
Apesar da dor... Dor... Do desconhecido... Há coração
Que conheces a dor... Dor da rejeição... Da luta, por
Um pouquinho desse amor que vive na passagem
do tempo de um coração sonhador.
Passagem talvez comprada no sonho
Naquela rodoviária onde os corações
Esperançosos fazem parada.
Um lugar do passado onde
Encontram-se belos motivos
Para não parar de sonhar.
E a lembrança do ser inspirador
Retratado com zelo e esplendor,
Surge por entre as estrelas na noite
Invernada nas montanhas desertas
Do coração que apela por um
Pouco do seu amor.
SOU EU
Fiquei perdida entre as tuas coisas
Magníficas ou pequenas. Por pouco
Achavas o meu riso solto ou embrulhado
No papel que escrevias os teus versos.
De amor não pude tecer nosso namoro
Debruçada na janela da tua alma embebida
Nas paixões que entornaste toda a tua vida.
No trovejar da voz que soltas quando atinges
O ápice do amor. Então, navego por telepatia
Na mesma magia.
Não é comigo, mas atinjo, também, grande ironia
O auge de ser troca, ser o outro, ser um só.
E quando sentes o arrepio de uma alma que te busca e
Beija-te até secar todo o desejo.
Afaga-te tanto que desemboca noutro lampejo
De mais querer. E tudo se repete.
Infinitamente,
Em pensamento apenas, lamento.
Ai sou eu. Apenas eu.
Vazio
Não tive dedos suficientes pra contar
As dores vividas no calabouço
Da minha alma perdida entre mentiras
De que eu sabia que o meu cantar
Levaria com o vento
Para os amados, alento.
Eu nada aprendi dessa troca
De idéias e ideais
Não guardei um só instante
As memórias do aprendizado
Sobre o amor
Que eu vim buscar
Tive apenas ilusões arredias
E apostei em atitudes tresloucadas
Correndo atrás dos que me renegaram.
Acreditei que estes
Poderiam preencher o vazio despudorado
Da agonizante despedida
De quem parte solitária e oca
E solta.
Desprovida de alegria.
Vazia de vida.
Desnutrida e carente
Completa indigente.
Já foste uma página encantada
Uma alucinante leitura..
Hoje és página virada
Perdida...
Não encontrada.
"Eu ainda me sinto perdida, sufocada, uma sobrevivente na multidão... Mas, eu ainda tenho esperanças, mínimos sonhos que andam em paralelo aos meus medos... Uma eu tão confusa, as vezes irrelevantes, mas as vezes tão viva... Como diria Raul Seixas, uma metamorfose ambulante."
Foi quando me vi perdida e as vezes ainda creio está assim, que encontrei todas as formas de me salvar. Eu não tinha saída . Era seguir ou seguir, pois eu fiz uma promessa a vida, eu nunca vou deixar que minhas lágrimas sejam maiores que meu riso. Mesmo quando dói, e as vezes dói profundamente. Mas eu acredito em dias melhores, acredito em instantes eternos. Acredito no hoje que é um milagre para mim.
Lene Dantas
O que o amor tira.
Eu queria falar sobre o amor hoje. Pelo menos sobre essa visão tão perdida e estranhamente vivida que eu tenho dele. Eu estava lendo a Marla de Queiroz numa dessas manhãs antes de ir ao trabalho, e ela dizia: “O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora”.
O amor tem seus sintomas. Um amigo está conhecendo uma garota, e sempre que terminam de se falar ele sorri pra mim e diz: “Cara, acho que me meti numa roubada”. Nem presto tanta atenção nas palavras dele, mas no sorriso. O amor é sintomático. Ele tira o nosso olhar sisudo sobre o cotidiano, e nos faz lembrar de sorrirmos mais, nos importarmos mais, nos enfraquecermos. Ele se esgueira em nosso dia a dia extremamente igual, e o torna diferente. É a tinta colorida de um dia preto e branco, e a pitada secreta de anis do meu molho bolonhesa.
Esses dias me disseram: "Depois de tudo que eu amei, eu descobri que tenho um coração de pedra". Eu quase o abracei e disse: “Tamo junto”. Mas estou tentando ser diferente agora. Penso que, ainda assim, o amor faz doer pra lembrar que ainda estamos vivos. Por isso não gosto da “lei do desapego”. Ela não se paga. As mesmas pessoas que têm se declarado desapegadas, no fundo não escolheram isso. Elas não praticam o desapego, são reféns dele. Para elas amar pra valer doeu demais.
Então, eu também gosto do que o amor tira de mim, Marla. Ainda que seja meu chão, ou um sorriso eventualmente. Não somos feitos de pedra para vivermos à sua regra. Pois no curso natural da vida precisamos aprender que o correto nunca será desistir das coisas, mas amá-las profundamente. Porque esse é o paradoxo: Se amarmos até doer, talvez não sobre espaço mais para a dor, mas só pro amor.
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