Paisagem poema
Cânion de Paulo Afonso
Uma bebida gelada,
A paisagem de um cânion perfeito,
O Sol refletindo o poder da vida,
A magia exuberante do lugar,
Uma imagem para ser guardada e reverenciada.
"Visão panorâmica"
Na paisagem acima das montanhas as nuvens passavam como um rio de água corrente,
a floresta em volta de galhos secos quase sem vida tinha o aspecto sombrio e silencioso,
entre uivos e o barulho de passos lentos a sensação de ser vigiado era de bater os dentes,
um lago refletia o céu nublado, logo a frente na outra ponta um leão me olhava atentamente como se me conhecesse, ao meu lado direito um pé de rosas parecia ressurgir das cinzas em meio aquele cenário frio e tenebroso,
psicologicamente falando a "visão panorâmica" tornou-se um refúgio dos medos, das passagens de uma vida e da beleza de ter vivido intensamente o todo.
Paisagens
A paisagem que vejo a minha frente é intensa e ao mesmo tempo me trás uma imensidão de paz,
da pra perceber a sintonia do sol com o mar, eles se entendem, formam uma imagem bonita e completa daquilo que é único e complexo,
as nuvens passando, os coqueiros balançando, um grupo de pássaros passam cantando e tudo isso sendo fotografado pelo espelho da piscina,
de mãos dadas, olhos nos olhos, respiração quase sem pausas,
naquele momento nasce uma memoria para a eternidade, a partir dali surge uma infinidade de histórias contadas e cantadas por uma vida repleta de várias belas paisagens.
A paisagem
Pétalas de rosas flutuam suavemente rio a baixo pela força da correnteza,
a natureza sorrir alegremente com o banho da chuva, a floresta entra no clima e dança ao sabor do vento, os animais se escondem mais apreciam a imagem com seus olhares esbugalhados.
As pétalas das rosas continuam a cavalgar nos braços fortes do rio sendo beijadas por pássaros e borboletas a todo momento.
Na colina uma queda de água se forma e é vista com surpresa e muita beleza.
Em um espaço aberto próximo ao acampamento o sol se faz presente, a animação toma conta dos macacos, dos porcos selvagens e de tantos outros animais, a fauna e a flora estão em festa.
O sol, a natureza vibrante, dois amantes pulando no rio, muitas borboletas em volta, uma pétala de rosas é colocada sobre a orelha dela, entre muitos abraços e sorrisos o amor da o tom da temperatura.
A fogueira está acesa em frente a nossa cabana, é hora de nos aquecer, o resto fica na imaginação.
Noronha
Descendo as escadarias da pousada vi a minha frente uma paisagem deslumbrante, o topo das montanhas e a imensidão do mar.
Fui tomar meu café bem acompanhado como de costume, o lugar era de se perder em elogios, os pratos, a receptividade, a riqueza nos detalhes estruturais do local, enfim, tudo em perfeita harmonia.
Depois de um belo passeio de barco com direito a mergulho e tartarugas a vista fomos caminhar no centrinho nervoso da ilha principal, me impressionei com tanto carinho conosco e o tratamento respeitoso com a natureza ofertado pelos nativos.
Muita cultura, muitos lugares com aparência de roteiro de novelas, eram cenários de tirar o fôlego.
O que dizer daquele pôr do sol com música clássica ao vivo! Meus amados eu garanto que é de se emocionar, a minha querida mulher quase sumiu em lágrimas.
Um arquipélago, muitas memorias, uma história construída e a sensação de um aprendizado pra vida.
'TEMPO...'
No alto, casa de taipa, coberta de palha e uma paisagem deslumbrante à frente. O rio era enorme e provocava admiração. As casas eram próximas uma das outras. O acesso dava-se por uma trilha, onde, na escuridão, dificilmente se saía dele. Nas noites de lua cheia, sempre nos reuníamos, sentados à frente da casa para ovacionar àquele retrato real. Sentados em 'banquinhos', ficávamos a cantar em coro com a ajuda de um velho violão empoeirado. Nas tardes frias e cinzentas, gostávamos do frescor dos ventos. Eles falavam uma língua que só agora, depois de muitos anos, entendemos.
A vida simples do interior, marcaram nossas vidas. Muitos tiveram sua primeira paixão. O primeiro beijo no escuro. A primeira namoradinha. Eu sempre ficara vislumbrado quando via a mulher dos meus sonhos passando. Divina como sempre, esbanjava sensualidade no andar e sorriso. O amor sempre chega prematuro. Eu a amava. Era a dona das minhas direções e dos meus sonhos. Sempre escrevera poemas líricos em pedaços de papéis e imaginava filhos, muitos filhos.
Por essas e outras muitas razões, sempre digo que sou inimigo do tempo. Ele enterra tantas lembranças. Ora por vezes atormenta. Cura uma ferida e deixa tantas abertas. A vida se vai com ele e quando percebemos, ele nos diz que já estamos caído, trancafiados. Ele escreve ferozmente sua própria linha. E nos leva, não importa para onde, seja para as mais altas nuvens ou para a lama que atormenta. Quem somos? Para onde vamos? O tempo, rodeado de desamparo, nos falará ao ouvido.
Janela
Paisagem distante
Tem coisas que não dá
Pra enxergar ou definir
Espaço e tempo
Prenúncio de tempestade
Um buraco no Céu
O Sol ainda arde
Mas agora é tarde
Difícil
Segundo a segundo
O dia escurece
Não se pode dizer
Quando a chuva cai
Mas é fácil dizer que ela vem
Janela aberta
Paisagem distante
Nada ou ninguém
Calado
Penso no passado
Tem dias que tudo passou
Eu murmuro uma oração
Ela há de ecoar pra sempre
A janela se fecha
Deserto por dentro e por fora
Agora só me resta uma certeza
Fechou-se a janela certa
A tarde parecia tão morna
Noite morta
Esquecida eternamente
Essa sensação parece boa
Somente a oração
Que no silêncio ecoa.
Edson Ricardo Paiva.
Terça-Feira, Madrugada
Noite enjaulada
A Cidade parece escondida
Paisagem parada
Não vejo sinal de vida
Trancaram todos os portões
Estou sozinho comigo
Chego a ter medo dessa paz
Que se abriga em todos os quintais
Todo Mundo foi dormir mais cedo
A cor da luz da noite
É daquelas que se vê raramente
E eu ouço aquele característico
Som que sempre emana do silêncio
Seu tímbre tem algo de místico
Abafando os ruídos da noite
Estalidos e crepitares
Imagino ouvir distantes
Quebrares de ondas que vêm de algum Mar
A Lua tem ar suspeito
Daqueles de quem sabe algum segredo
Mas não conta pra ninguém
De jeito algum
Há anjos em pé, por sobre as nuvens
Fachos de luz, quase que imperceptíveis
Cruzam os Céus em movimentos lentos
Modorrentos
Parece que a qualquer momento
Virão pairar pertinho da janela
E anunciar que é hora de partir
Pra algum lugar
Onde eu não quero ir
Desejo boa noite
Apago a vela
Vou dormir
A terra vai secando
ao calor da tarde clara
de vez em quando chove
nada se move na paisagem
Nem mesmo a imagem de um anjo
Que mesmo assim, não mostra a cara
De repente um bando de pássaros
aparece em busca de água
e a bebe aos cântaros
A tarde se torna um Pântano
Infestado de ìcaros
Maltratado por tardes passadas
Que somente silencia
No calor da madrugada
Nesse espaço de tempo
Eu percebo que perdi tudo
Não há mais nada a fazer
e eu, portanto, nada faço
Os pássaros carregam
Um curto espaço do dia
Quando vão
e eu não sei pra onde vão
se esconderam no desvão que havia
entre o Céu e o chão.
Para poder olhar a paisagem
Acima das nuvens
E imaginar como agem os anjos
Descobrir como é feita
A chuva
Contemplar as imagens perfeitas
das coisas que acontecem
de maneira natural
Desvendar
Se existe ou não
Receita
Pra criar as coisas que aparecem
como se ninguém mandasse
Assim como nascem as paixões
Ilusões e amizades
Que põe nos nossos corações
Saudades tão doídas
Quando, de repente
O dia nasce
E renascem recordações
Das ruas
onde nunca mais passei
Sonhos nos quais acreditei
Histórias que parecem
Sempre
Ter chegado ao fim
e mesmo assim
Sobrevivem nas paisagens
Aonde
Há desenhos singulares
Criados em momentos
de ímpar inspiração
Que a gente somente percebe
Quando finalmente
Elas simplesmente desistem
de chamar a nossa atenção.
Olhando pela janela
Contemplo a paisagem parada
da viagem que prossegue
A gente não consegue parar o tempo
Não adianta querer e nem tentar
Escolher o próprio destino
O caminho já estava traçado
Pode parecer que não
E alguém dizer que havia escolha
As folhas não escolhem
A direção dos ventos
Seguindo meu coração
Pois não sou folha
Acabei por seguir a direção
Que alguém traçou
Levou-me pelas mãos
Talvez estejamos todos perdidos
ou os trilhos traçados
estejam seguindo, enfim
pelos caminhos
Que o tempo vai traçando assim
Enquanto passa por mim
Pode ser que eu
traga aqui, nesse coração despedaçado
desde o início
O caminho por onde passa o tempo
mais nada
E é por isso que olho pela janela
e vejo a paisagem parada
Sentados lado a lado no banco a rodar,
olhávamos o mundo pela janela a passar.
"Que paisagem linda," eu disse sem pensar,
ela virou o rosto, e começou a brilhar.
Olhou pela janela, com um toque de encanto,
"É verdade," respondeu, como um suave canto.
Mas eu, com o coração acelerado, não pude esconder:
"Não falo da paisagem, é de você que falei."
toquei seu queixo devagar,
os olhos dela se fecharam, um sorriso a flutuar.
Naquele instante mágico, tudo parecia parar,
pois a mais bela paisagem era ela a me olhar.
MELHOR COMPANHIA
Em algum momento do destino
Duvidar ter um só caminho
Uma paisagem a florescer
E assim, mesmo sem perceber
Deixar tudo fluir natural
Não creditar retorno anormal
Confiar em tudo que te animas
Mudança em boa companhia
Pois não haverá nada mais puro
Que estar em ti o Porto Seguro.
Paisagem Muda
Cada dia é um desafio,
Pobre o pássaro que perde o pio
Mas se voar que voe em silêncio então,
Pois será na beleza de uma paisagem que ele sentirá que a sua viagem jamais foi em vão.
Imagens de você - Renê Góis
(Direitos reservados)Composição: 03/09/2008
Existe uma paisagem ali.
O tom do entardecer,
Resquícios da manhã que se foi.
O dilema é discreto, exceto a noite que virá.
O vento que conduz pra lá, é o vento que retrai,
Mostrando sua arte no ar, sinuoso brincar,
Nos levando aonde quer que vá,
Sem destino exatamente.
Não vejo a hora de lhe falar das coisas
Que sinto por você. Prevendo o melhor pra no dois,
O que eu sempre quis. Garimpando imagens de você
Me faz mergulhar ainda mais, num mundo submerso
Das paixões que eu sempre quis.
Fico perto e afastado de mim
Quando estou perto de ti, que
Faz com que eu me sinta feliz
E triste do outro lado por não ter você
Pra mim.
O vento que conduz pra lá, é o vento que retrai,
Mostrando sua arte no ar. Sinuoso ao brincar,
Carregando-nos aonde quer que vá,
sem destino exatamente.
Qualquer que seja ...
de onde quer que seja...
uma paisagem da Natureza
é sempre um colírio para os olhos,
mas ... o Oceano
Oh! O Mar!
como seja...
calmo ou tempestuoso ...
e de onde quer que seja...
do Norte ou Sul ...
do Leste ou Oeste do Planeta...
é sempre uma benção eterna
para o olhar da Alma.
Nessa quarentena
decoro o meu olhar
na paisagem outoniça dessa minha janela
onde o luxuriante verde da Serra da Tiririca
enaltece a poesia feraz do meu ser.
Estendo o meu lirismo
entre os galhos desnudados
da paisagem invernal...
Saboreio os versos
um a um
como gomos cítricos...
O olor potente da inspiração
penetra n'alma espreguiçada
E como o cheiro de tangerina
que refresca e entoa energia ...
Meu ser, fascinado,
inebria-se no néctar
de vocábulos iluminados ...
Então,
sem opor resistência,
entrego em total efervescência
a minha epiderme arrepiada,
como página revirginada,
à emoção de escrever
como espelho da minha essência...
✍©️ @MiriamDaCosta
O Inverno vem pincelando
a Região Oceânica
de cinéria paisagem
inspirando silêncios
que se alongam
como brumas na enseada...
As árvores sussurram
memórias poéticas
nas folhas que não caem
mas se encolhem no frio
esperando o lume
do sol tardio...
O mar
austero e cinzento
reflete nuvens em meditação
e as pedras da praia calada
guardam segredos
em oração...
Nesse palco
de frios e ventos
a alma caminha descalça
colhendo versos
no sopro gelado
da manhã cinéria...
Cada passo ecoa
nas calçadas
úmidas e vazias
onde os ventos
riscam arabescos
na superfície da nostalgia...
A Serra da Tiririca
velada no mistério
traz no dorso
a bruma espessa
como se fosse
um manto antigo
tecido com a lã da saudade...
E há beleza
nessa ausência
de cores vivas
de vozes altas
há poesia no incolor
na respiração contida
do inverno que acaricia
com mãos frias
e delicadas...
✍©️ @MiriamDaCosta
Minha alma sempre se alegra quando os meus olhos estão contemplando uma graciosa paisagem da natureza, uma pintura que está viva, expondo sua beleza bem detalhada com cores cativantes, logo, comprovadamente, uma alegria rara, profusamente, fortificante.
Só consigo acreditar que é um dos meios que Deus usa para acalmar meu coração, afugentando minhas angústias, atraindo uma justa gratidão por Ele compensar as minhas lutas até por intermédio de uma simples contemplação.
Significa tanto que se posso, paro um pouco e contemplo a bela naturalidade que está simplesmente exposta em cada parte da fauna, dos céus, das águas e da flora, portanto, graças a Deus por esta forma divina de força.
