Outros

O louco pensa que todos os outros são loucos.

São pouquíssimos os homens capazes de tolerar, nos outros, os defeitos que eles próprios possuem.

Fazer com facilidade o que os outros acham difícil é talento; fazer o que o talento acha impossível é genial.

O ódio e a guerra que declaramos aos outros gasta-nos e consome-nos a nós mesmos.

Quem está descontente com os outros está sempre descontente consigo próprio.

É fácil censurar os outros; difícil é ser censor dos próprios atos.

A melhor maneira de sermos enganados é julgarmo-nos mais espertos do que os outros.

É mesquinho passarmos a vida a dizer de que maneira os outros foram grandes.

Alguns tiveram a forca como preço pelo próprio crime, outros, a coroa.

Queixam-se muitos de pouco dinheiro, outros de pouca sorte, alguns de pouca memória, nenhum de pouco juízo.

A linguagem é como uma pele: com ela eu entre em contato com os outros.

É próprio da natureza humana, lamentavelmente, sentir necessidade de culpar os outros dos nossos desastres e das nossas desventuras.

Você pode falhar muitas vezes, mas só realmente será um fracasso quando começar a culpar os outros.

O humano estabelece-se na imitação: um homem torna-se um homem apenas imitando outros homens.

Se queres convencer os outros, deves parecer pronto a ser convencido.

Nada é feito neste mundo até que os homens estejam prontos a se matarem uns aos outros para que seja feita alguma coisa.

Geralmente, quando detestamos alguma coisa nos outros é porque a sentimos em nós mesmos. Não nos aborrecem os defeitos que não temos.

Ter firmeza de caráter é havermos sofrido o efeito dos outros sobre nós próprios.

O dinheiro assemelha-se a um sexto sentido sem o qual não podemos fazer o uso completo dos outros cinco.

Desejo tanto que respeitem a minha liberdade que sou incapaz de não respeitar a dos outros.