Outono
O outono da vida me puxa,
cada vez mais, para o passado.
Acontecimentos que eu julgava esquecidos
e de nenhuma importância para o presente,
batem-me, à porta, com frequência.
Essa tem sido a grande surpresa
que a idade madura tem me trazido:
A capacidade de rememorar fatos ocorridos há muito tempo
e de transformá-los em relatos.
Cika Parolin
Manhã de outono
Que a manhã de outono acalente o seu coração
Que a quietude da chuva e a timidez do sol te traga a paz
Que as flores do seu jardim exalem o perfume do bom ânimo
Que as gotas de chuva nas pétalas das flores te tragam a leveza do meu amor por você...
Meus dedos estão em silêncio. O silêncio do outono quando tantas folhas estão caindo na passagem para uma nova estação. Minha boca aguarda em silêncio. O silêncio “das línguas cansadas” ansiosas por uma nova linguagem. Meu ouvido se aquieta em silêncio. O silêncio de quem necessita ouvir o que diz o universo. Meus olhos dormem em silêncio. O silêncio de quem reconhece a urgência de enxergar o invisível. Ah! Mas esse meu coração menino não consegue ficar em silêncio. Inconsequente, irreverente, leviano, quer soltar pipas, rodar pião, pular corda, bolinha de gude, carrinho de rolimã, amarelinha. Ainda quer bater palmas, cantar a canção, ouvir histórias, ver o mundo. Insiste ainda em brincar de esconde-esconde com a vida.
Conheço pessoas, conheço cidades, fazendas, montanhas, rios e rochas; sei como sol poente de outono se esparrama pela face de um certo tipo de terra arada; mas qual o sentido de impor uma fronteira a isso tudo, dar-lhe um nome e deixar de amar o lugar onde o nome não se aplica? O que é o amor pelo seu país? É o ódio pelo seu não-país? Então não é uma coisa boa. É apenas amor-próprio? Isso é bom, mas não se deve fazer dele uma virtude ou uma profissão de fé. Na mesma medida que amo a vida, amo as montanhas, mas esse amor não tem uma fronteira traçada pelo ódio.
São várias noites, pensando na vida. E sob essa chuva de outono, procuro soluções de fácil uso nesse planeta!!!
Quando o dia estiver cinza outono, peguemos essa cor e transformemos em adubo para a alma, deixando germinar nela uma semente de esperança.
Se houver apenas um pequeno raio de sol que tenha escapado por entre nuvens, façamos dele uma fogueira para aquecer o coração.
Se houver chuva, ah...que maravilha então! Que em cada gotinha venha um banho para a alma e o coração, deixando tudo mais leve para seguirmos a missão. Logo veremos um arco-íris no horizonte a nos encantar, é linda obra da natureza que Deus mandou pintar.
Vamos agradecer essas coisas simples e poderosas que são de graça? Cada um perceba sua parte e receba como bênção dentre outras que poderá observar e não citei. Tudo que nos rodeia é um quadro e fazemos parte dele, isso chama-se : poesia.
_____Neusa Marilda Mucci
OUTONO
estação de renovação. de transformação. dos zéfiros que sopram, levando com suas as folhas, tudo o que não deve permanecer com você. as flores se despem de alegria e sorriem agradecidas pela estação que nos deixou. o equinócio traz dias mais curtos, ampliando as noites, e os céus de vanilla espalham o frenesi para que você possa aproveitaros momentos intensamente.
outono é época de se reinventar para ressurgir das cinzas e enfrentar todas as mudanças que a vida te conceder. é para você que precisa desapegar de algumas coisas para que novas possam nascer.
outono chegou para nos mostrar a importância das quedas; de sermos receptivos ás transições e de como tudo na vida é cíclico;
aproveite para deixar suas emoções fluírem, feito as folhas que se permitem a cair naturalmente, e junto com elas, as convicções, as antigas desilusões e as versões que não te vestem mais.
seja revolução: respeite mais a sua essência. brote e valorize suas raízes como fazem as árvores. outono é uma estação de alma. renasça.
"Outono
na natureza
ventania
espalhando folhas
na vida
nostalgia
escolhas
viver o momento
ou a melancolia."
Na manhã gelada de outono não há paisagem, nem maquiagem suficiente para pintar sonhos coloridos no sono dos excluídos...
A ira irá se acabar de vez,
o vulto pálido se extinguirá,
essa noite de outono escrevo,
um poema sem claustro ou dono,
respingado no céu de estrelas.
Outono
As folhas caem, proporcionando a renovação das árvores.
Os doces sabores da terra, se multiplicam. E a gente faz o mesmo. Aprendendo com a natureza que a melhor forma de se estar neste planeta é praticando o ciclo das estações na nossa vida.
Ano a ano, devemos qualificar a aplicação deste método, provadamente eficiente, que resulta no aperfeiçoamento do nosso comportamento, das nossas relações, no nosso ponto de vista, e do nosso bem estar no mundo.
Se o coração for um pomar de bons sentimentos, é tempo de colher os frutos no seu outono interior. Aproveite para nutrir a alma, mas não esqueça de reutilizar as sementes, pois, como as estações, a vida são ciclos e é melhor garantir a próxima colheita. Lembre-se que antes da alegria da primavera há o inverno e as folhas caem, nem sempre dá para esperar o verão para reanimarmos com a energia do Sol, é preciso que, minimamente, estejamos com a alma fortalecida em todo os ciclos até que, novamente, o outono a alimente com os seus frutos divinos.
Lembre-se, é outono. Liberte-se das suas amareladas angústias, dos seus empoeirados medos, das folhas sem vida que encobrem o seu potencial para ser diferente e fazer diferente. Mude, porque faz parte da natureza nada ser eterno.
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