Ossos do Ofício
Não importa o que você fantasiou. No mundo real somos só nós carregando nossos próprios ossos, pele e medos.
Carrego nós olhos o coralino avistar
Mais ando por caminhos belos
Sufoco ossos e almas com destreza
Mas tenho a fonte da sinuosidade
Na língua o veneno da perdição
Por onde galantes palavras atravessam
Os sons que lhe aspiram parecem ser agoniantes
Mas não passam de eterno chamariz dessa melodia
A beleza de cores e formas letifica
Mas não engana, acoberta enfeitiça
Sabendo não cativar
Aos pobres de alma se entregam e despencam no conto
Letargia que se acha normal
Mal se sabem o fim é uma construção abissal
Como serpente se aproxima, como um leão ataca
Sua fuga nem se vê, sua missão já foi feita
E pelas beiradas buscara os filhos da luz.
Homem Social
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Dói me os ossos ter que me socializar
Colocar a máscara da hipocrisia todos os dias e trabalhar
Fazendo quase me um com minha máscara
Esse meio capitalista narcisista que nós convivemos, impregnou se em nossas almas como um câncer que se não cuidado irá se expandir mais e mais
Nós levando a ter uma morte lenta e dolorosa
A solidão é meu nome
convém-me ossos roer
e sem visão d'outro norte
lastimo a dor de meus cortes
desditoso por aceder
vegetando, sem viver
me amofinando entre enfados
há cada dia há um fado
d'invernos que me consome
a solidão é meu nome
d'infernos fui apenado.
Saber decidir no que esfolar suas mãos, contundir seus músculos, fraturar seus ossos e o que entregar nas mãos de Deus: eis um dos segredos.
(..) e dia após dia eu caía cansado. Eu já não me importava se estava com ossos quebrados, com olhos cansados. Eu estou vazio por dentro, oco. A dor não incomoda mais, a única coisa que eu sentia, era ela. Então a noite eu me deito, ensanguentado, cansado, envergonhado. Os lábios cortados e um coração quebrado, a alma despedaçada e querendo se desprender do corpo. Se não havia tentado tirá-la de mim e falhei propositalmente, agora, faria bem feito. Talvez assim eu consiga ficar em paz.
Um animal, inquieto. Com sedativos ou não
Eu não consigo dormir, sem sonhar
Estes sonhos
São pesadelos
Por que olho pro céu
E a visão embaçada do sangue
Eu vejo o céu
Mas não consigo sentir nada
É horrível viver assim
(..)
A poesia até tem asas e voa,
mas o poema, depende das mãos
de carne, ossos e tato,
para chegar à algum lugar!
Não Consigo Parar a Sensação
Eu tenho essa sensação dentro dos meus ossos
Eletrifica, ondulando quando eu a ligo
Por toda minha cidade, por toda minha casa
Estamos voando alto, sem limites, quando estamos na nossa área
Eu tenho esta luz do sol em meu bolso
Tenho aquela música boa em meus pés
Sinto este sangue quente pelo meu corpo quando soltam a batida
Não consigo tirar meus olhos disso, me mexendo de forma fenomenal
Todo mundo vidrado na forma que arrasamos, então não pare
Sob as luzes quando soltam a batida
Não tem lugar para se esconder quando te puxo para perto
Quando dançamos, bem, você já sabe
Então só imagine, só imagine, só imagine
Não vejo nada além de você quando você dança, dança, dança
Me sentindo bem, bem, dando em cima de você
Então apenas dance, dance, dance, vamos lá
Todas essas coisas que eu não deveria fazer
Mas você dança, dança, dança
E ninguém vai embora tão cedo, então continue dançando
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Ooh, é algo mágico
Está no ar, está no meu sangue, está correndo por mim
Eu não preciso de nenhuma razão, não preciso de controle
Eu voo tão alto, sem teto, quando estou na minha área
Porque eu tenho esta luz do sol em meu bolso
Tenho esta música boa em meus pés
Sinto este sangue quente pelo meu corpo quando soltam a batida
Não consigo tirar meus olhos disso, me mexendo de forma fenomenal
Todo mundo vidrado na forma que arrasamos, então não pare
Sob as luzes quando soltam a batida
Não tem lugar para se esconder quando te puxo para perto
Quando dançamos, bem, você já sabe
Então só imagine, só imagine, só imagine
Não vejo nada além de você quando você dança, dança, dança
Me sentindo bem, bem, dando em cima de você
Então apenas dance, dance, dance, vamos lá
Todas essas coisas que eu não deveria fazer
Mas você dança, dança, dança
E ninguém vai embora tão cedo, então continue dançando
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar a sensação
Então, apenas dance, dance, dance
Não consigo parar, não consigo parar
Não consigo parar, não consigo parar
Não consigo parar a sensação
Não vejo nada além de você quando você dança, dança, dança
(Não consigo parar a sensação)
Me sentindo bem, bem, dando em cima de você
Então apenas dance, dance, dance, vamos lá
(Não consigo parar a sensação)
Todas essas coisas que eu não deveria fazer
Mas você dança, dança, dança
(Não consigo parar a sensação)
E ninguém vai embora tão cedo, então continue dançando
Cantem todos
(Não consigo parar a sensação)
Eu tenho essa sensação em meu corpo
(Não consigo parar a sensação)
Eu tenho essa sensação em meu corpo
(Não consigo parar a sensação)
Quero ver você mexer o corpo
(Não consigo parar a sensação)
Eu tenho essa sensação em meu corpo
Manda ver
Eu tenho essa sensação em meu corpo
Não consigo parar a sensação
Eu tenho essa sensação em meu corpo
Não consigo parar a sensação
Eu tenho essa sensação em meu corpo, vamos lá
Aos cães que ladram sobre meu corpo:
Fiquem e se regozijem com meus ossos.
Lambujem-se com minhas carnes
Matem sua sede com meu sangue,
Mas deixem meus sonhos em paz!
Quando os homens dormem profundamente, o medo toma conta de mim e me faz tremer até os ossos.
Meu castelo é feito de ossos,
ligados por carne, sangue e pus,
em meio aos destroços
e as chamas
é meu corpo que você vai encontrar,
queimando a céu aberto,
trazendo vida àquele lugar,
emitindo luz.
E apesar do vulcão possuir a intensidade,
não era nele meu lugar,
e sim aqui,
construído com meus pedaços,
iluminado pelo queimar da minha carne,
rompendo todos os laços,
e finalmente fazendo jus
a toda a força que me levou
a dar meus próprios passos
e fazer meu próprio caminhar
sem direção na floresta,
em meio as chamas,
aos edifícios de luz...
Força!
Que o fogo seja sempre doador de força!
Seres superiores?! Somos apenas uma massa de carne e ossos dirigida por um computador primario chamado cérebro, que navega imprudentemente pela Internet da vida sem que no decorrer do exíguo tempo de funcionamento seja feito uma limpeza de disco, um escaneamento com antivírus, atualizações, resultando em contaminação por dogmas e crendices, invasão por terceiros, domínio pelos hackers da Sociedade e desempenho progressivamente mais lento, até a falência final.
VALA DE OSSOS
Descobriram n'aquela vala antiga
uma pia de ossos de gente...
E algumas casas de formigas.
Os ossos, todos iguais,
com exceção, da diferença de tamanho
mas na cor, todos brancos e com certeza
... As lagrimas de todos, eram d'água.
Ossos, todos esqueléticos,
sem pele, sem sangue, sem carne
Não dá para saber as cores dos
olhos e da vida dos donos...
De quem vivia em castelo
ou de quem vivia em abandono,
quem era pobre ou rico...
Católico, crente ou descrente
quem nasceu primeiro, ou depois
a única diferença que se dá para notar
é d'aqueles que urinavam no penico.
Aquela vala cheia de ossos de gente
é mesmo aquilo que pode se falar...
Que aqui, somos todos inocente!
Que somos iguais perante a terra
e que todos um dia, irão se acabar.
Antonio Montes
Com o passar do tempo, percebemos que a carne é fraca, os ossos vão ficando frágeis e a vida tornando-se mais dura.
Sinto como se meus ossos varresse o impuro pra dentro da minha alma.
Agora os olhares estão me afundando,
Agora eu estou obscura pelas luzes,
Talvez um dia eu aprenda que a escuridão na verdade é um céu cheio de estrelas,mas que visa nos mostrar a Lua e a direção.
Pois é assim,sempre assim.
Como tudo deve ser.
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