Coleção pessoal de Isablah

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Já que tens a pior escolha,não a faça!
Há razões pelas quais deves lutar incessantemente e uma delas é teu próprio grito,sem ti mesmo nada será feito ou contestará a teu favor,luta enquanto há grito!



Desde a infância eu tenho sido
Diferente d'outros – tenho visto
D'outro modo – minhas paixões
Tinham uma outra fonte e
Minhas mágoas outra origem -
No mesmo tom não despertava
O meu coração para a alegria -
O que amei – eu amei só.
Então – na infância – a aurora
Da vida atormentada – estava
Em cada nicho de bem e mal
O mistério que me prendia -
Da correnteza, da fonte -
Da escarpas rubras do monte -
Do sol que me rodeava
Em pleno outono dourado -
Do relâmpago nos céus
Quando sobre mim passava -
Do trovão, da tormenta -
E a nuvem tem a forma
(Quando o resto do céu é azul)
D'um demônio aos meus olhos.

Annabel Lee

Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.

Eu te enxergo
Vejo que pensas
Sei como andas
E reajo aos teus códigos
Só que expurgo
Meu maior desejo
Por medo
Ou talvez anseio
Que um dia chegues
Devagarinho
Do jeito que saiste
Da confusão da minha vida
Portando o mesmo sorriso
Quando entrasse nela.

Por mais anos assim.

Acredito que cheguei na idade certa
nem pondo nem tirando
acredito que foi consequência.

Olhava para baixo,cabisbaixa
sentindo muito,sendo assim
quando na verdade tudo isso teria o fim.

Eu havia expelido todas as raivas
cuspido todas as dores
e meu momento calmo chegou.

Nem meus amores em um mar denso ficou
Nem a solidão me fez infeliz como imaginava
Era limpo,nem nevoa existia.

Eu sorria para esta vida
Eu não me preocupava com homem algum
Eu estava mais apaixonada por mim dessa vez.

Minha vontade é ir com aquelas mochilas cheias de comida e roupa,canivetes e cigarros (e um estoque vitalício de conhaque) cheia de garra pela América do sul cantando belchior e olhando a poeira dos meus sapatos,correr feito o vento sem lugar para atracar,descobrir ao meu lado coisas as quais tive medo de assumir,tomar todo mundo pra mim mesmo que na noite seguinte esteja solitária novamente. ♥

Sou sobra das vidas que vivi.

Quando jogas o desejo te dá uma rodada,a mais fria é aquela ao qual não podes mudar; a chama ardente ainda apavora teus sonhos,teus desejos são escravos da carne,tua alma permanece no mais puro limbo que em falta dos sabores transpõe para o outro,doa no automático.
Quisera eu saber o que é o amor quando corpos se encontram,mãos tremulas juntam e pensamentos dançam mais mortal que isto tornou meus dias pessimistas e sem sabor,até como fantasma vaga,dentro da consciência e que reluta ao mais escroto destino.

Brindem.


Brindem para a vida,para a morte e as linhas do horizonte,brindem.
Cantem,dancem,esbaldem mais vivam de uma vez.
Sua vida é única,agarre-a com força.

Estripar os dias não é uma boa ideia então melhor sorrir para lembrar que a dor deve ser sentida,celebrada.
Ouçam a música e as gargalhadas do passado que te renovam com velocidade ao teu sucesso .

Saia da prisão que te desmorona,eu desejo que sejas feliz e que tenhas bom proveito para que saibas caminhar sem minha presença,sem meus pés e que consigas ver essa "tal" liberdade que prego nos meus mantras,ao qual presenteio o universo.

Estejas plena que tudo que temos é nosso espirito,nem mesmo nossa carne nos acompanhará pois se despregará dos ossos,e os ossos irão se esfarelar como poeira no espelho trágico do tempo,brindem,se amem,se desejem e sejam livres do fim.

O medo do desconhecido ainda afeta ,precisam-se de anjos,deuses para venerar. Não é a toa que se buscam liberdades em outras casas,a primeira é a do corpo,a segunda a da mente,a última da alma.

Melhor arder no inferno do que corroer os ossos.

Porventura és escravo dos prazeres que atiçam a carne e o espirito,então sabes que não há paraíso,perder o telhado ainda é privilégio.

Pelo menos se morrer
terei uma foto séria
aquele retrato estranho
que ninguém ousa colocar na casa

Colocaram esquadros,quebrou
detonaram as paredes com pregos e racharam
ninguém entendia aquela foto,nem ela mesma
"que azar" - retrucou assustada!

"Atmosfera é unica" - me desculpa
disse que havia se tocado
não se põe foto de defunto
na cabeceira em um porta-retrato.

Vamos todos morrer.

Vamos todos morrer algum dia,daquele jeito estranho que começa e do modo inesperado que para,iremos morrer.
os mesmos barcos que sairão no dia do seu nascimento voltam com a mesma embarcação,velhos marujos procurando apoiar suas lembranças no vinho e nos prazeres.
Para onde iremos quando a farra terminar,onde recolhem as assinaturas para o passeio eterno quando nuvens sobressaem pela cabeça? O martírio da vida ainda toca nossa porta,nos abraça carinhosamente na forma de gente grande (você viu que gente grande é uma merda?) e apodrece ao amanhecer.

Para que brotem palavras é preciso que abortem ilusões.

Quem é este ser que questiona seus medos na felicidade,se move ao desconhecido e permite-se mergulhar em um mar denso?
Ela está dançando no mar denso.
- Ela?
O Problema é que não ir atrás é o problema.
- Porquê?
Ela não ama o que têm vida,o amante mais próximo são seus medos,ela os ama e os alimenta.
- Quão triste!
Para ela a única doença é a felicidade que tem validade porém ninguém avisa,e ela se tocou sobre isso o mais depressa possível.
- Então fugiu?
Ela fugiu dela mesma dos outros não e foi embora para uma temporada no inferno,aquele rosto doce se perdeu para dar vida aos seus demônios,para que eles mostrassem sua verdadeira intenção;tornar parte de seu espirito e explicar dessa existência miserável,é triste estar sozinho num mar de gente afogada.

Imagina o que deve acontecer dentro de você,nem você imagina o mundo dos demais,o terror matinal por todos os lados consomem os dias,despreza toda felicidade.Alguém ri,outros choram e os pensamentos florescem em um túmulo regradas do silêncio dos Iconoclastas ,jazem com o sussurro do vento aos caminhos de pedra que ali moram
Eis a assassina do mundo amante da escuridão,do escarro vermelho,das carcaças dos defuntos que obscura arte se fez encarnar nos vivos como simbolo resistente e que ninguém tenha o prazer de desvendar pois perderá a graça.
Vagar assombrado pelos caminhos da manhã em um olhar preto e branco que cortam o corpo em uma época longínqua.

Os estímulos de uma outra vida calejada nos braços,aurora dos meus dias,na minha juventude
lamento não ser teus olhos ,em meu túmulo narciso encontras descanso,na pele e unha plasma da carne que envolve o exoesqueleto cobrem o putrefato ser.

Eis que a vida é presente da morte e a morte presente da vida.
Não têm como saber qual das duas são compreensíveis,não há explicação para ambas quando o momento chega.
Já imaginei como seria minha morte, ( não pelos outros) mas a minha partida,quantas partes dos meus sonhos se chocariam pelos meus olhos enquanto estalassem o vazio, será que saberia me dar com o final?
Já flutuei em abismo,dancei em corda bamba astral para encontra-los mais nenhuma resposta no momento foi dada e então comecei a escrever sobre os devaneios de outrora quais não decifrava falando,só descrevendo e intimidando meus dedos para criar a mais bela forma de expressão,para os curiosos que não entendem o sentido que me leva,mas que compõe esta matéria.
É fácil decifrar a morte quando estamos vivos,um toque e acabamos ali,finalizados no meio fio,sem sentido,sem existência a não ser de encontrar com nossos pesadelos que estão reais naquele momento,só nele pois não haverá outros para acordar.

Não espero que compreenda meu olhar sobre as estrelas antigas pois de mim só se vê estouros,luzes inacessíveis,marés altas e inconstantes,a falta,o estimulo,o incessante,o maremoto,a perca,os demônios,os pesadelos,a história,o mal feito,a queda,e tudo que nele exista.
Não sou feita do abraço que estive esperando,nem dos passos que foram dados antes do nascimento,nem quando o nada se formou através de mim,nem quando me tornei por ele.

É fácil ver luar por baixo do cobertor quando estamos privados da verdadeira liberdade? O que mais excita e te dá prazer,te preenche,te envolve? Será que és o paraíso perdido dentro dos teus próprios medos?Ou consequência dos teus atos,infortuno a vida que levas?Não sabes responder,ou não te deixam falar? Digo,quem são teus verdadeiros amigos no silêncio,quando pedes? Para muitos minha poesia é uma loucura,uma criação anormal das coisas que almejei,mais esquecem do que acredito,da pura verdade.

Meu corpo existe por um simples momento,ninguém é eterno ou se transpõe sendo,mais eu por forma elevada não me encontro aqui,não me encaixa o mundo com suas tendencias e movimentos aos quais retraem qualquer pensamento do pequeno ao grande,e até os meus momentos.
Quando estou com uma câmera capturo o lado ruim das pessoas,digo;capturo sua solidão inerte,aquela que todo mundo faz questão de não conhecer,de não importar pois o momento do outro não traduz muito do seu ou do nosso momento,pois do meu traduz muito.