Ossos do Ofício
Até aqui o Grande Arquiteto do Universo me guiou e me iluminou. E por oficio continuo a desbastar minha pedra bruta.
Falar, é fácil de dizer
crer, é que é difícil
a palavra tem poder
e entender, ofício...
Luciano Spagnol
mineiro do cerrado
Todo ofício que propomos seguir requer paciência e persistência, mas nos guarda, nas devidas proporções, para um futuro melhor.
Não é ofício da arte
nem mesmo da filosofia
estabelecer verdades - mas
fomentar argumentos que abram
portas e caminhos para uma
Verdade Maior que caberá
a cada um buscar
e viver!
Divórcio
Divórcio com o ócio
Divórcio com o ofício
Divórcio com o suplício
Divórcio com o alívio
Divórcio com o tédio
Divórcio com o ódio
Divórcio com o boêmio
Divórcio com o abstêmio
Divórcio com o notório
Divórcio com o simplório
Divórcio com o obrigatório
Divórcio com o voluntário
Divórcio com o adversário
Divórcio com o solidário
Divórcio com o satisfatório
Divórcio com o precário
Divórcio com o necessário
Divórcio com o acessório
Divórcio com o proletário
Divórcio com o empresário
Divórcio com o extraordinário
Divórcio com o ordinário
Divórcio com o primário
Divórcio com o secundário
Divórcio com o que posso
Divórcio com o que não posso
Divórcio com o divórcio.
Ofício Solar
A noite é fria, e o frio fustiga o vão
Onde o coração, sem eco, jaz no chão:
Um cálix sem licor, um braseiro apagado,
Um árido silêncio, desolado.
Mas eis que a pálida aurora, em seu labor,
Fende a mortalha do noturno horror.
O Sol — cíclope eterno, forja em chamas —
Tecendo o dia com douradas tramas.
Não mero fulgor que apenas vela a dor,
Mas alquimia sutil, um ato maior:
Transmuta o gelo em seiva, o vazio em vaso,
Onde a esperança, planta de tenro laço,
Desabrocha — não em júbilo feroz,
Mas em quieta alegria, como a voz
Da fonte que retorna ao seu leito antigo,
Da estrela que persiste no perigo.
Nasce o dia. Não como um grito vão,
Mas como o lume que a razão acende
Na escuridão. É o gesto que desfende
A vida do seu próprio abandono:
O sol, Vênus, a alba... É o eterno dom
De um novo tempo, um compassado som
Que diz: Em ti, a luz se refaz agora."
E o coração — vaso, crisol, forja ignora
O frio da memória, e aprende, enfim,
O ofício de ser luz, de ser jardim...
Você nos esmagou para construir sua monarquia sobre o nosso sangue e ossos. Seu erro foi nos deixar vivos. Foi pensar que nunca revidaríamos!
Sra. Solidão
Oh posso sentir no tutano de meus ossos!
Como estalos de chamas lambendo capim seco
Do cerrado que me pariu
Como chuvas que sobre fazendas vão mais violentas
Ou pior, a geada velha, caquética, incomum
De flácidos braços que me constringindo, me constrangem.
Você não foi chamado para o esquecimento! Sua vocação sempre vai florescer no vale de ossos secos, apenas profetize.
Às vezes, quando você pega seu filho, pode sentir o mapa de seus próprios ossos sob suas mãos, ou sentir o cheiro de sua pele na nuca. Esta é a coisa mais extraordinária sobre a maternidade - encontrar um pedaço de si mesma, separado e fora de você, sem o qual você não poderia viver.
A ociosidade mata as pessoas aos poucos, se mexa ,faça algo e os seus músculos e os seus ossos se alegrarão e a sua mente agradecerá,pois o seu comando não foi ignorado e procrastinado.
Quantas vezes nos incomodamos com pessoas vazias
que parecem um amontoado de ossos, que não lhes faz
a menor diferença se nos magoam ou nos ferem.
Não podemos perder nosso tempo, nem nos degastar...
Temos é que nos afastar.
Crescer dói! Quando se é adolescente, dói o corpo, os ossos, um crescimento físico. Quando começa a doer por dentro, é a maturidade que vem te angustiando.
A língua não tem ossos, mas é forte o suficiente para cortar um coração.Por isso tenha cuidado com o que diz!
"Enquanto meus ossos não virem adubo, e minha alma não sucumba no imenso desconhecido, te amarei até que meu fôlego final nos separe."
Arrepio
"Um arrepio me congela os ossos
Que vontade de poder dizer o que eu sinto
Que vontade de poder
Luzes da cidade ofuscam a minha vista
Luzes da cidade ofuscam a verdade
Por favor me diga o que será melhor
Eu não tenho mais nenhuma condição
Me dê ao menos uma boa razão.''
O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos.
Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão.
Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.
A alma farta pisa o favo de mel, mas à alma faminta todo amargo é doce.
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