Os Velhos Carlos Drummond de Andrade
Somos tão velhos para ilusões e tão novos para o Amor (se éh que para o Amor existe idade). O melhor seria se aproveitássemos mais a vida *-*
"Os velhos jogam dama na praça, professores de tudo o que é dor...fingindo esconder a falta que faz viver um grande amor...nada mudou..."
"Era como nos velhos tempos, era bom saber que ainda arrancava sorrisos sem querer.Era um lamento,mas ao mesmo tempo uma aliviante alegria."
As coisas seguem,
O passado te assombra,
Me trás de volta queles velhos pesadelos!
As mesmas coisas estão lá,
Sempre voltam e me assombram!
Só me pergunto até quando...
Não existe evangelho para crianças, para jovens, para adultos ou para velhos.
O que existe é evangelho.
QUADRAGÉSIMO PRIMEIRO HEXÁSTICO
Dou à tua nova carne sentido
Velhos e novos rios transportam
Verbos sacrílegos… parábolas…
ao poeta cabe encarná-los
dando-lhes luz às novas almas
sequiosas de novos saberes
Domingo... faxinei!
Joguei fora papéis velhos,
lembranças que não servem pra mais nada...
Matei as formigas.
Diminuí as tristezas (altas demais, estavam acordando os vizinhos).
Acabei com tudo o que subtrai...
só pra começar a semana alegre...
Então, uma semana alegre pra você também:
"A Falta de Entendimento dos Irmãos Mais Velhos e Mais Novos”
Entre irmãos existe um laço que parece inquebrável, feito de sangue, infância e lembranças. Mas, ao mesmo tempo, esse laço é atravessado por diferenças que tornam o convívio um território delicado. O mais velho sente o peso da responsabilidade, como se fosse chamado a ser exemplo, guia, quase uma extensão dos pais. Já o mais novo cresce à sombra desse exemplo, desejando liberdade, querendo ser visto por si mesmo, e não apenas comparado.
Daí nasce a falta de entendimento. O irmão mais velho olha para o caçula e o vê como imaturo, irresponsável, sem a seriedade que a vida exige. O mais novo, por sua vez, enxerga no mais velho alguém duro, exigente, que parece ter esquecido o que é sonhar e brincar. Ambos se cobram, ambos se julgam — e pouco se escutam.
Essa distância não é apenas de idade, mas de percepção do mundo. O filósofo diria que cada um vive em sua própria temporalidade: o mais velho já se preocupa com o futuro, enquanto o mais novo ainda se agarra ao presente. É como se olhassem a mesma estrada por ângulos diferentes.
O problema é que, nessa falta de entendimento, se perde algo precioso: a possibilidade de aprender um com o outro. O mais velho poderia ensinar paciência e prudência; o mais novo, leveza e espontaneidade. Mas muitas vezes ambos preferem se proteger em suas certezas, em vez de abrir espaço para a escuta.
No fundo, irmãos se amam, mas também se estranham. Talvez a verdade seja que esse estranhamento é inevitável — e, paradoxalmente, é nele que mora a chance de crescimento. Porque compreender o outro, quando ele é tão diferente, é também compreender melhor a si mesmo.
Assim, a falta de entendimento entre irmãos é uma escola silenciosa: ensina que o amor não é feito de iguais, mas de diferenças que precisam ser acolhidas.
Sou uma criança que envelheceu
Eu sempre quis meus brinquedos
mesmo que velhos e quebrados fossem.
Sou apenas uma criança
num corpo exausto de velho
que não resiste a uma boa gargalhada
sou assim mesmo...
(uma criança cheia de sonhos)
OLIVEIRA, Marcos de. Sou uma criança que envelheceu. In: OLIVEIRA,
Marcos de. Tristeza por Borboletas. Porto Alegre: Alcance, 2012. p. 16.
Morte
Os velhos não se preocupam com a morte;
sabem que o momento é o que importa.
Os velhos se escondem da morte,
como uma criança brincando atrás da casa…
CZERWINSKIN,Marcos.Morte.In:CZERWINSKIN, Marcos. Entre nuvens de
algodão. Porto Alegre: Besorah Brasil, 2015. p. 16.
Quando você passa a compreender o encanto das palavras dos mais velhos... passa a ouvir mais e dar mais atenção!
O amor é uma droga que vicia quando você brilha nos olhos de quem te ama.
Velhos hábitos nunca morrem, igual as chuvas de novembro!
A sabedoria não é coisa de velhos, os sábios apenas envelhecem como qualquer outra pessoa; com uma diferença, eles se tornam mais sábios ainda.
