Os Inocentes de uma Guerra
De fome de sede ou de guerra
Qual será o fim do homem na terra?
Alguns matam pra viver
Outros vivem pra matar
De um jeito ou te outro
Mulheres bebês ou garoto
O fim, sim chegará.
" ...Deus Nos Deu Armas...
Não Pediu Para Ir À Guerra..."
" ...Deus Nos Deu A Vida...
Você Quem Decide O Quanto
Quer Viver..."
A guerra
Foi tudo tão rápido, inesperado
Em um instante você estava aqui
E no outro não
E todo o peso que dividíamos caiu sobre mim
E tudo que existia aqui desapareceu
Eu me vi presa em uma arena
Os soldados começaram a chegar
Um por um
E suas armas estavam apontadas para mim
Foi tão confuso, assustador
Eu me lembro de quando estava lá
Sem o chão e as paredes; sozinha
Eu me lembro de toda a dor
Ainda carrego a marcas da batalha
Eu me lembro, eu me lembro de todos os momentos
Eu estava no escuro; sozinha e insegura
Vagando por terrenos desconhecidos, áreas perigosas
Eu tive medo de cada passo que dei
As sombras sussurravam, elas me chamavam
Elas vieram sorrateiramente e me disseram para desistir
Fizeram-me esquecer quem eu era
Me atacaram, me torturaram, me sufocaram
Elas me quebraram
Agora
Eu só tenho as cicatrizes e as memórias
Eu ergui e destruí barreiras
Eu caí incontáveis vezes
E você não estava lá para me levantar
Eu superei os meus próprios limites
E descobri que era mais do que você me fez acreditar
Eu transformei minha dor em armadura
Eu transformei minha esperança em espada
Eu me tornei uma guerreira
Uma guerreira solitária
Eu sorri quando deveria chorar
E chorei quando cansei de ser forte
Eu sangrei quando baixei a minha guarda
E gritei quando a dor me incomodou
Mas eu me levantei quando você menos esperou
Eu sobrevivi, eu venci
Agora
Eu vou apenas deixar para trás e ir embora
Inquebrável
Sem armas.
Não temos armas pra guerra
a seca domina o sertão
não tem mais verde na serra
não tem mais planta no chão
mais rachado do que a terra
só mesmo o meu coração.
Sabe aquela guerra interna, que todo ser humano trava dentro de si, entre o bem e o mal? Hoje estou num conflito mais difícil que esse, estou pesando em mim o que prevalece, se a joia rara ou a bijouteria...
Quando conseguimos vencer a guerra que acontece dentro de nós, estamos preparados para enfrentar qualquer outra.
o mundo é assim por que é mais fácil brigar que ama, a preguiça declara a guerra, a guerra encoraja os maus.
entusiamos de um, comove pouco, se o entusiamo surge de esperança e sonhos.
a realidade que da a dor, e a esperança que alivia.
O homem, a guerra, o desastre e o infortúnio
“Que estranho bicho o homem. O que ele mais deseja no convívio inter-humano não é afinal a paz, a concórdia, o sossego coletivo. O que ele deseja realmente é a guerra, o risco ao menos disso, e no fundo o desastre, o infortúnio. Ele não foi feito para a conquista de seja o que for, mas só para o conquistar seja o que for. Poucos homens afirmaram que a guerra é um bem (Hegel, por exemplo), mas é isso que no fundo desejam. A guerra é o perigo, o desafio ao destino, a possibilidade de triunfo, mas sobretudo a inquietação em ação. Da paz se diz que é podre, porque é o estarmos recaídos sobre nós, a inatividade, a derrota que sobrevém não apenas ao que ficou derrotado, mas ainda ou sobretudo ao que venceu. O que ficou derrotado é o mais feliz pela necessidade iniludível de tentar de novo a sorte. Mas o que venceu não tem paz senão por algum tempo no seu coração alvoroçado. A guerra é o estado natural do bicho humano, ele não pode suportar a felicidade a que aspirou. Como o grupo de futebol, qualquer vitória alcançada é o estímulo insuportável para vencer outra vez.
Imaginar o mundo pacificado em aceitação e contentamento consigo é apenas o mito que justifique a continuação da guerra. A paz é insuportável como a pasmaceira. Nas situações mais vulgares, nós vemos a imperiosa necessidade de desafiar, irritar, provocar, agredir, sem razão nenhuma que não seja a de agitar a quietude, destruir a estagnação, fazer surgir o risco, a aventura. É o que leva o jogador a jogar, mesmo que não necessite de ganhar, pelo puro prazer de saborear o poder perder para a hipótese de não perder e ganhar. A excelência de nós próprios só se entende se se afirmar sobre o que o não é.
Numa sociedade de ricaços ninguém era feliz. Seria então necessário que por qualquer coisa houvesse alguns felizes sobre a infelicidade dos outros. O homem é o lobo do homem para que este possa ser o cordeiro daquele. Nenhuma luta se destina a criar a justiça, mas apenas a instaurar a injustiça. O homem é um ser sem remédio. Todo o remédio que ele quiser inventar é só para sobrepor a razão ao irracional que de fato é. Toda a história das guerras é uma parada de comédia para iludir a sua invencível condição de tragédia. A verdade dele é o crime. E tudo o mais é um pretexto para o disfarçar. A fábula do lobo e do cordeiro já disse tudo. A superioridade do homem sobre o lobo é que ele tem mais imaginação para inventar razões. A superioridade do homem sobre o lobo é que ele tem mais hábitos de educação. E a razão é uma forma de sermos educados.”
Vergílio Ferreira, in Conta-Corrente IV
Herdeiras da Guerra
A liberdade acordou
Com o elmo de scipio
Cingiu sua cabeça
Onde está a vitória?
Lhe estenda a mão
Que escrava já não és mais
Deus a criou, estreitando-nos ao livre arbítrio
Estamos prontos para a comemorar a vitória da liberdade
Estamos prontos para outra guerra se assim for e será
A liberdade chama
Estreitamo-nos em campos do trigal
Estamos prontos para a liberdade
A ela que nos chama , sim! nós a esperamos há séculos
Pisados, escarnecidos,
Porque não somos povo
Porque estamos divididos.
Reúna-nos uma única
Bandeira, uma esperança:
De fundirmo-nos juntos
Já é hora, não percamos tempo
Unimo-nos, amemo-nos
A união e o amor
Revelam aos povos
Os caminhos de amor e fé
Juremos libertar
O solo nativo:
Unidos, por força, esperança de todos juntos num só trovão
Quem nos pode vencer?
Não há mais inimigo
Estreitamo-nos , juntemos-nos
A liberdade chama, sim
Dos alpes à sicília,
Qualquer lugar é legnano
Todo homem ferruccio
Tem o coração e a mão;
As crianças da Liberdade
Se chamam Justiça, Esperança e Igualdade
O som de cada sino
As vésperas tocou.
São júbilos que dobram
As espadas vencidas
Já a águia inimiga
As penas extraídas
O sangue da liberdade
O sangue da Justiça,
Bebeu com o vencido guerreiro
Cujo o coração lhe queimou.
Estreitamo-nos em coorte!
Estamos prontos lutar para proteger nossas filhas,
A Justiça, esperança e Igualdade
Estamos prontos sim para o caso da morte chegar,
Todavia, antes da Morte, a Liberdade já se aprumou e não tardou, eis que entre nós se instalou para definitivamente e para sempre ficar
A guerra está feita e estamos perdidos
as pessoas se matam ao se olharem
e as crianças já crescem com medo de viver ignorância, violência, crueldade
procuramos abrigos para não sermos pegos por essa onda que domina
uma boa parte do mundo
é dor irmão
é dor
e ela ta fazendo a festa
Está vindo aquele que nunca perdeu uma guerra
Está vindo aquele que nunca deixou de amar
Está vindo aquele que é o salvador da terra
Está vindo aquele que virá para nos buscar
Está vindo aquele que é o alfa e o omega
Está vindo aquele que traz nas mãos a salvação
Esta vindo aquele que tudo estemece quando chega
Esta vindo aquele que é bem mais que campeão
Ele esta vindo sei que Ele virá
Pois Ele nao muda e nunca mudará
Levante a sua mão e comece ao adorar
Pois sei que Ele virá, e virá para nos buscar.
Maranata! ora vem Senhor Jesus!
