Ócio
Quando o criador desocupado
cria pra matar seu ócio
a criação é confusa
e quando ela se vê criatura
e pensa, pensa, por quê?
é nesse momento que vemos
a arte questionando o artista.
Eu não tenho paciência
Pra quem não tem tempo livre
Liberdade é uma ciência
Ócio também cabe no louvre
Música sem nós!
A gente
Na gente
Na parede
No teu quarto
No armário...
ócio criativo
sexualmente desinibido
dentro desse carro
no amasso
do teu braço...
dentro dessa geladeira
da sua varanda
e do seu espaço
dentro da tua classe
tua aula
e teu disfarce...
Na gente
a gente não se perde
e você me perde
no seu leque
de moleque...
quebrando o tabu
do seu calção
desbotado
e do violão
dentro da sua música
melodia
e canção
dentro da sua copa
da sua rede
no seu tapete
beijando o teu cangote
peito forte
mãos enormes
perto de sua sala
na janela e
no porão
dentro do seu jardim
do alecrim
do capim
e do portão
e depois de
tantos dentros
tantos foras
tantos meios
a gente se perde
e se acha
no anseio do desejo
e nosso
corpo
cansa...
mas a boca não descansa...
assobios no ar!
o passarinho
nos vigiando
e cantando
e olhando
nos entregando!...
e nosso corpo
cansa
mas nosso desejo inflama
e nossa
boca
não descansa!
dentro em mim
dentro em ti
dentro ali
e acolá...
fora em mim
fora em ti
fora ali
e acolá...
voando!!!
Beijando!!!
Gostando!!!
Sentindo!!!
teu gosto!!!
em meu corpo!!!
Atualmente o ócio, ainda que seja o ócio criativo, tem trazido sentimento de culpa diante da indústria por produtividade (ou produtivismo) nas diversas áreas de conhecimento ou de atuação.
A autoculpabilização dos indivíduos na permissão do ócio é consequência da indústria produtivista nas diversas áreas de conhecimento ou de atuação.
No exercício do pensamento, no ócio do não fazer, cabe a nós, cada qual a sua maneira imaginar a possibilidade de mesmo que sem medida querer o que não pode...
Nada do que crio
serve ao ócio,
serve ao ópio,
serve ao cio.
Nada do que sou
serve a mim,
serve à míngua,
serve ao engano.
Prossigo adeusando
tudo que vejo,
tudo que desejo,
esperando o fechar das portas,
o apagar das luzes,
o descer do pano.
Quando o ócio alimenta alma e tem um gosto doce, os seus nutrientes para o corpo são sempre amargos, e com consequências indigestas
A introspecção por vezes é fundamental bem como o ócio, para introjetar a mente dentro do ser, e descobri-se como indivíduo... A sociedade impõe ao homem social os conceitos apropriados aos gestores sociais, enquanto o indivíduo é desprezado na profundidade de sua essência desconhecida... Eis a descoberta, do homem mental.
“Pare de descartar suas oportunidades. Pare de trocá-las pela televisão, pela diversão ou pelo ócio. O tempo perdido não pode ser recuperado. Só administrado. Sempre temperado com o amargo do arrependimento e o ardido das lágrimas.”
QUANDO NOS AUSENTAMOS DO TRABALHO PARA PRATICAR O ÓCIO SAUDÁVEL, TAL ATITUDE RENOVA A FORÇA DA CRIATIVIDADE.
ÓCIO PRODUTIVO
Há meia hora, estava à toa. Agora estou sem fazer nada.
Pelo menos, há quase uma hora não atrapalho ninguém.
O ócio é o sucesso perfeito na vida do preguiçoso, que busca todos os dias aquilo que não deseja produzir e ainda reclama da vida.
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