Objeto
A felicidade é um contínuo progresso do desejo, de um objeto para outro, não sendo a obtenção do primeiro outra coisa senão o caminho para conseguir o segundo.
A música, esse sublime e fascinante universo, tem sido objeto de meus estudos por mais de uma década. Trata-se de uma forma de expressão que carrega consigo uma leveza singular. Não é verdade? O que seria de nossos dias sem ao menos uma melodia a embalar nossas vivências?
Por vezes, anseio por expressar-me de maneira distinta, mas é inegável: a música sempre se revela como a mais bela forma de exteriorizar meus sentimentos. O amor, a saudade, o luto, a felicidade, a tristeza... Cada um desses estados encontra seu lugar nas notas e harmonias, fazendo-nos derramar lágrimas de alegria ou sorrir de orelha a orelha. Sempre haverá uma composição para cada um desses momentos. E se por acaso não a encontrarmos pronta, não faz mal! Criamo-la, imaginamo-la!
A música é um vasto universo de possibilidades dentro de outras possibilidades. É um fenômeno verdadeiramente incrível, e assim continuará sendo. Fazer música, ouvi-la, cantá-la, tocá-la e escutá-la, tudo isso me completa quando algo parece estar faltando em minha vida.
E diante de tantos erros me pergunto, eu sou um objeto nas mãos de quem?
Não quero uma realidade inventada.
A alma e o desespero da vida são conceitos profundos e complexos que têm sido objeto de reflexão ao longo da história da humanidade. A alma é vista por muitos como aquilo que nos define como seres humanos, a nossa essência, o que nos torna únicos e diferentes de outros animais.
Já o desespero da vida pode ser entendido como a sensação de vazio, de falta de sentido, que muitas vezes nos acompanha ao longo da existência. Esses temas podem ser abordados de diferentes maneiras, seja na filosofia, na religião ou na arte, e podem trazer reflexões profundas sobre o sentido da vida. O cérebro é considerado uma máquina sem consciência que processa informações e responde a estímulos através de comandos neurais. Ele é responsável por coordenar diversas funções vitais do corpo humano, como a respiração, a circulação sanguínea e a regulação da temperatura corporal. Além disso, o cérebro é o centro de controle das emoções, pensamentos e comportamentos, e é capaz de aprender e adaptar-se ao ambiente ao longo da vida. O conceito de id e ego foi desenvolvido por Sigmund Freud na teoria psicanalítica. O id representa os impulsos instintivos e primitivos do indivíduo, enquanto o ego é responsável por equilibrar esses impulsos com a realidade e as normas sociais. A busca pelo poder sobre o Ser pode ser entendida como uma luta entre o id e o ego, onde o primeiro busca a gratificação imediata e o segundo busca o controle e a adaptação ao ambiente. A compreensão desses conceitos pode ajudar na compreensão.
Ignorar o outro e resumi-lo a um objeto de seu prazer é um ato irresponsável. Responsabilidade afetiva é não ser apático ao outro enquanto sujeito desejante nem à sua própria condição de sujeito responsável por seu desejo.
Não amamos ainda bastante se não chegamos a esquecer até as qualidades do objeto amado.
O amor não é um objeto tangível que pode ser possuído ou dado a outra pessoa. É uma energia que circula dentro de nós e entre nós.
O desejo está intimamente relacionado com a distância do objeto desejado. Quanto mais distante algo estiver, maior será o desejo de ter.
Ouro é a redenção dos desesperados, é o objeto (ou seria abjeto?) maior da ambição e da cobiça humanas, a fortuna rápida e a ostentação inebriante de seu brilho. É também o ouro, ele mesmo, que faz com que muitos dos amantes sintetizem de maneira pragmática a intensidade de um sentimento devotado, resumido aos mimos que recebem, divididos entre aqueles que são de ouro e aqueles que não são de ouro.
Um aluno indagou-me: Professor, mas o que é a filosofia?
É um objeto copo, preenchido até a metade de água e a outra metade de ar. Em qualquer circunstância, ele nunca estará vazio.
O amor não precisa ter como objeto um ente, tal qual ocorre no arquétipo romântico. Pode-se concentrar, também, todo o seu poder sentimental em um caro objetivo, em uma Luta. A Luta é a jornada de um indivíduo para concretizar o maior de seus desejos, aquele escolhido dentre todos os outros como sendo o mais puro e necessário, o mais benquisto pela alma.
