O teu Rosto poema
deixar-me-ei
assim
como tentar
parar
uma tempestade...
encharcada
mas feliz
pelos
pingos da chuva a
molhar
meu
rosto...
O sorriso de ti
Os teus olhos mostram o sorriso de ti.
De ti a tua alma transborda no teu rosto.
Do teu corpo vivem as cicatrizes do tempo,
das mágoas,
das saudades,
das ansiedades,
das certezas,
dos carinhos,
das emoções,
das sensações,
dos arrepios,
dos gemidos,
dos gritos (em silêncio...)
Que foram ficando...
E os olhos, o rosto, os lábios,
o corpo o vão mostrando.
Porque não dizes não.
Porque dizes sim.
Porque não dizes....
E tu és uma amálgama dos "nãos"
vividos como sempre foram os teus "nãos"
para que os "sims" pudessem fazer o seu caminho
Nem sempre o teu caminho.
Nem sempre o caminho.
Os teus olhos são o sorriso de ti.
O teu rosto a tua alma.
O teu corpo o teu silêncio que não sai,
que não sabes dizer
porque apenas sabes ouvir
Alexandre Silva
12/05/2014
Como era bom beija-la e sentir todo meu amor brotar na pele. Como era bom abraça-la e sentir seu rosto no meu.
Como era bom olhar em seus olhos e ver tudo que eu queria na minha vida.
Como era bom dizer que te amava e ver aquele sorriso sorrindo pra mim.
Como era bom, Como era tão perfeito...
No seu rosto as marcas do tempo não tinham idade,
na leveza da sua alma, a melodia do amor edificava,
mas eram no seu olhar e em cada gesto que a felicidade fazia morada!
(Alice Barros)
Não lembro o nome
Muito menos do rosto
Aliás, de mais nada
Gente que não é de verdade
O passado apaga.
Tatuei na minha alma seu rosto
O meu paladar já tem o seu gosto
Então, me fala como apagar
Como não lembrar, como não gostar
Maçã do rosto
A forma como me trata
As palavras de uma mensagem de texto
Capazes de alterar minha mente
Acordando o que tenho de melhor
A ponta dos meus dedos
Passando por todo seu rosto
Suave pela maçã até os lábios
Uma peça única, de valor inestimável
Está chovendo
não apenas lá fora
mas aqui dentro também
Há chuva em meu rosto
As nuvens dentro de mim
estão carregadas
e eu as encho mais
Eu as carrego
com vinho e saudade.
stephanie souza
A FEIÇÃO DO SEMBLANTE É LEAL
Houve dias em que minha felicidade tomou o dia para si, e agora me pego desprevenido e indefeso na limitação do que sou.
A alegria domina o semblante, o garçom grita: "5 segundos para o meio-dia", ao escorrer dos cinco segundos, o semblante que era rico em alegria, se torna rico em tristeza, medo, dor, angústia, gatilhos... Palavras não são suficientes para descrever, pois o que sentia, não soava apenas um sentimento, mas vários.
A verdade foi revelada, ou, estou julgando alguém impiedosamente? No exato momento que a ficha caí, olho para os acontecimentos sem venda, e em minha frente contemplo um quebra-cabeça que se completa por inteiro.
Nunca torci tanto para que eu estivesse errado, pois aceitar essa realidade, alimenta a ansiedade que já não me deixa sossegado.
Quando senti a facada em meu mundo de fantasia, ela doeu! Mas sentir-la em realidade, machucou, e talvez o sangue tenha sido jorrado dentro de mim.
Para aliviar o que eu sinto, determino que estou em um sonho lúcido, mas quando vejo o mundo ao redor andando normalmente, percebo que falhei miseravelmente, e tomo para mim a culpa de que não mereço.
Imagem Refletida
Vou em frente no caminho que escolhi
mas isso não quer dizer que sou feliz
vou no caminho que me restou
mas isso não quer dizer que não posso mudar.
A que destino me levará tão longa estrada
os anos passam e parece que estou parado
sinto a brisa soprar meus cabelos que não balançam mais.
paro de frente ao espelho em reflexão.
Recuso-me a ler a mensagem refletida
de nada adianta, carrego-as no rosto
ao tentar enganar o espelho, não engano o tempo
não engano a mim, imagem refletida.
21/10/2017
Vem dançar comigo a dança da vida...
Vem sentir a brisa que te beija o rosto...
Colha esse carinho que refrigera a alma.
IRMÃOS DE SANGUE
Amados, ainda informes,
Ainda sem nomes,
Ainda sem rostos,
Ainda sem dias contados...
Amados esperados!
Amados sem risos,
Só choros...
De braços inquietos,
De pés ligeiros,
De beiços birrentos, sentidos...
E risos sem jeitos!
Amados das ruas,
Das disputas esquecidas,
Dos abraços de saudades...
Saudades sem ter partido,
Das brincadeiras diversas,
Das inocentes estripulias,
Das rixas instantâneas sem causas;
Amados, irmãos de sangue!
O ROSTO POR TRÁS DO VÉU
Cerro a porta antes que o vento a bata,
E em seu enigmático olhar,
Busco impreterivelmente,
O rosto por trás do véu.
Que revela-se ser tão nostálgico,
Quando assumi-se ser imortal.
E passo trazer-te rente a meu corpo,
Provando da oculação indecente,
Cuja minh'alma rendeu-se.
A mulher do povoado de minha mente,
Incerta e romântica em si,
Transpassada de uma verdade,
A qual, não quis contar a mim.
Pandemia
Hoje acordei com vontade de vento no rosto, areia morna nos pés, murmúrio de ondas nos ouvidos, cabeça nas nuvens.
Só consegui a cabeça nas nuvens...
A menina que dançava
Falaram-me de uma menina,
Que enquanto descobria seu ritmo,
Pensava-se menos leve,
Que o ar que a circundava.
Seu corpo feitio de brisa,
Se deslizando compenetrado,
Já mostrava que havia canto,
Mesmo quando não escutavam.
Parece-me que seu cabelo,
Poderia ser azul esverdeado,
Como se fosse coreografia de raios,
Se estendendo em sua face.
Como a desconheço, dar-lhe-ei o nome Eduarda,
Aquela que guardou nos pés,
A dança como abrigo,
E se foi envolvendo de ritmos,
Pungidos de existência.
Assim lhe surgiram os duetos,
Com seus deleites sonoros,
E também o estrondar de tambores,
Sucedendo sinfonias.
A esperança lhe chegou,
Como um bale compassado,
Mantendo firmes os braços,
Olhando para o alto, a seguir na direção.
As vezes até parece,
Que nem sequer percebia,
Que viver também se aprende de dança,
Que o tempo faz emergir.
Dança-se no silêncio da alegria.
Na tristeza acalentada.
Descobrem-se em distintos momentos,
Cenários convertidos de linguagens.
Na há movimento sem emoção,
Pulsar alheio, sem sonoridade.
Se dança com pó no rosto,
Com o brilho de enfeites costurados.
Mal sabe essa menina, que um dia lhe contarão,
Que estava a dançar com dor e graça,
Feita melodia de passos,
A poesia dançante da vida.
Carlos Daniel Dojja
In Poema para Crianças Crescidas
Toca o meu rosto
Que eu toco o teu
Beijo os teus lábios
Você beija o meu
Dorme no meu abraço
Me aquece no teu
Provei do teu amor, me amarrei
Perdido nos teus braços me encontrei
Pois a vida nos ensina que o rosto de menina
De repente esconde uma grande mulher
OLHOS
Que olhos de sonho
este teu rosto tem.
Iguais nunca vi
iguais ninguém tem.
Junto deles viver,
dias de luz infindáveis.
Amando-os em silêncio
tê-los no coração.
Olhos de amor, olhos de paz,
olhos que serão meus
esses olhos de sonho.
que vivem no rosto teu.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. Aclac
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Face interior
Cada pessoa tem um rosto,
Sua intimidade escondida,
Os sonhos mais secretos,
Os anseios ocultos,
Aturdidos pelo momento.
O desconhecido, o medo.
A façanha de cada um,
Os mais remotos sentimentos,
A mais forte angústia,
Revelando a face interior.
Passe com a sua dor no caminho, mas não olhe tanto para o chão , doutro modo deixa de ver o sol que acena no rosto de quem passa.
António Cunha Duarte Justo
in Poesia e aforismos de António Justo