O Tempo e o Vento
Era apenas frio...
Começou com um vento frio e denso, nuvens fechadas e paradas no tempo, luz que desafinava do seu tom. Era dia, entretanto, com sensação noturna ele prevalecia.
O obscuro das lamparinas aqueciam os casebres que ali se encontravam, perto das janelas dos quintais, às vezes nos portões ou em cima das mesas de madeira. Elas estavam em todos os lugares, sofridas, rachadas pelos arredores e descascadas de velhice, eram sóbrias e inúteis ao olhar. Aguentavam, pois eram destinadas a isto: Aguentar. ‘Só mais um pouco’ diziam elas, todas com energia vital renovada a cada dia e com a esperança diária de ser “útil” para aquele humilde povo, que vagava constantemente no meio das grandes plantações, a procura do mantimento que os sustentava. As provações eram constantes, fazia parte daquele lugar, uma delas era a névoa que consumia e devorava o trabalho ardo dos homens e mulheres, dia e noite, noite e dia... Difícil, mas compreensivo... Viviam em um lugar onde os rios oravam à mãe natureza pedindo: - POR FAVOR, AQUEÇA-NOS PARA QUE ASSIM VIVAMOS E POSSAMOS LOUVAR A TI, Ó! MÃE NATUREZA. Contudo, a resposta, quem fornecia não era ela e sim, Deus, que fez tudo e todos, mas ninguém compreendia que desde a fundação foi dada a largada de uma jornada árdua e difícil de lidar.
Com esforço eles, (homens e mulheres) descalços em linguajar, mas armados em guerrear, contra o inimigo da fartura, tinham que carregar em seus lombos, as consequências do orgulho.
Assim, mas um dia se passou. O dia que não era dia, e sim um rastro diurno que só impugnava o tempo, e que cada momento ia desaparecendo, lentamente, aos sons das águas condensadas que caíam sem parar em um ritmo dançante, porém, o tempo estava opressivo demais para bailar.
Contradições temporais eram descritas no papel, de um escritor que, sem motivo algum, descrevia detalhadamente o tempo que, certamente nunca vivenciou, e chegando ao alto de sua imaginação, parágrafos e palavras ele recitou...
“Era apenas frio” - continuou...
O vento as vezes
leva...
O tempo afasta...
O mal entendido enfraquece
o amor...
E tudo o que resta é dor,
solidão...
E uma história que se perdeu...
Aquele amor tão lindo de outrora
se deixou sufocar por circunstâncias
alheias à sua vontade...
Mas se não resistiu aos desertos é
porque não tinha força,
não era real.
Incertezas
Uma conversa,um oi,
Palavras jogadas ao vento,
Momentos de um tempo que se foi,
Retratos de um gélido sofrimento.
Eu acreditei em sua profundidade,
Me enganei com tamanho brilho,
Quase perdido nesse abismo da maldade,
Me joguei e virei andarilho.
Andarilho nessas estradas da vida,
Procurando por um belo motivo,
Na imensidão da minha ferida,
Sigo no mapa,tal indicativo.
Mapa da intuição e do juízo,
Dos caminhos duros e sensatos,
Mapa da força de um sorriso,
Mapa de conflitos pacatos.
Conflitos de um acreditar duvidoso,
De pessoas que exprimem sentimentos,
Sentimento de bem e também maldoso,
Emoções vividas por divertimento.
No início um oi,
No final uma certeza,
O meu passado já se foi,
E o futuro recomeçar com firmeza.
Seguindo sempre até encontrar,
Um sentido real para o sofrimento,
Na beleza dos teus rios, mergulhar,
Decifrando todos os meus pensamentos.
Lourival Alves
Sou guiada pelo vento
Por sua força exuberante.
Dou as voltas pelo tempo.
Volto sempre ao mesmo instante.
Mudo meu passos as vezes
Vou até o horizonte
Mas quando me sinto sozinho
Subo bem alto e vou
Onde tudo se esconde.
Lá permaneço quieta
Pois o vento é Minha fonte
Meu parceiro discreto.
Meu eterno amante
Cansou de desperdiçar seu tempo com palavras que se vão com o vento... Pra ela, há mais virtude em quem tem atitude, em quem mostra o que sente e está sempre presente...
Nossa ponte ruiu
Se desfez no tempo e no vento
Ali onde a beijei pela primeira vez...
Onde a beijei e senti seu cheiro ficar no meu corpo
Até ser menos eu e mais você
Seu calor que mudou minha temperatura
Tudo tão eterno como a ponte em mim
A ponte que seu beijo ergueu em nós
Que nos uniu e enlaçou ...
Aliançou além do tempo
Da distância
Ou dos enfrentamos...
Fez um
A ponte que você fez do seu coração para o meu
Que de ilha me deu mundo
Me deu asas
Vida ...
Tudo
Você é meu mundo
E nossa ponte vive em nós
Assim como você habita em mim
E espero estar em você
No teu sorriso
No teu lado
E menos e mais
No teu pensamento...
Que o destino acabe com a ponte dos homens
Mas mantenha em nós a ponte de Deus
Que você ergueu pelo nosso amor
A Vida
Estamos sempre correndo contra o tempo
Voando contra o vento
Um coração alivia um coração que lamenta
Seja sincero e não tenha pena
Seja um sol que vem depois de uma tormenta
Seja oito ou oitenta
Amores vêm e vão
Assim como a juventude
Nesse momento a celebramos como uma brisa de verão
Mas uma hora não haverá mais plenitude
Tudo irá passar
Os rostos bonitos irão se enrugar
Pessoas importantes irão nos deixar
Você começa a não mais se interessar
Deixando tudo longe ou difícil ficar
Lembrando dos tempos áureos
Como dizem o futuro nosso é recordar
E querer aquela época boa poder voltar
E lá para sempre ficar
Tentar voltar atrás de algo que já passou
Consertar algo que quebrou
Algo que não celebrou
Ou simplesmente ignorou ou magoou
Como a vida que nos é preciosa a desperdiçamos
Com coisas fúteis que não tem importância
Partimos para um poço de ignorância
E no fim dela pensamos como teria sido ela se a vivêssemos de forma diferente
Transformação
O vento, o tempo.
Minha vida, teu percurso.
Exige perseverar no seguimento.
Vencer todo lamento.
Com a força de um urso.
Eu, tão frágil e insignificante.
Tão grande a força desse mundo.
Quão desejo nadar profundo.
Inquieto desde moço.
Mergulho, fundo do poço.
Afogando, sufocado.
Prisioneiro desesperado.
Fôlego ferido.
Coraçao, gemido.
Achei que fosse o fim.
O socorro fugiu de mim.
Gritando, saltitando.
Rasgando as vestes confessei.
Lá no fundo, o chão alcancei.
Atormentado, nem eu sei.
Como sai do poço.
40 anos de desgosto.
A saga que passei.
Prantos e sangramentos.
Cicatrizes e fragmentos.
Entregue, adornado pelo rei.
Foi Jesus.
Resgatou me, eu sei.
Lembrei me de anos, uns 500.
Anseios sedentos.
Vivo, viva a esperança do mundo.
Nessa água é confiável mergulhar profundo.
Que limpa, restaura e edifica.
Recebe a quem suplica.
Arranca das garras do imundo.
Giovane Silva Santos
Eu sou a escada que balança
eu sou o vento que dança no varal
eu sou o tempo que ressurge na madrugada
eu sou o nada
eu sou a forma que habita tua alma
sou a plataforma de onde mergulhas
calmo
rumo ao inferno. Ou ao infinito.
Esse tempo tão terrível tempo está passando como vento,e levando junto com o vento,lembranças ,infâncias e amizades, o vento que nós envelhecem, o vento que não para, o vento invencível.
Fica a Dica
Quero continuar olhando para onde o vento empurra as nuvens mesmo quando o tempo estiver nublado.
Ale Villela✍️
DESGASTA
Tanto tempo, tanto tempo...
Papa terra, papa vento,
papa a papa da mamadeira
taca e ataca no jumento
atracando a vida inteira
celibato, papa, convento.
Vou na papa da papada
papando com colherada
as águas batem na proa
engaja,canja gente boa
brisa induze a garoa
e asas, voam por nada.
Tanto tempo, quanto tempo!
passa rispes sentimentos
será a chave da vida!?
Ou enfeite de momento...
Quem sabe, tudo desgasta?
ou se acaba, ou se arrasta
na face do senhor tempo.
Antonio montes
Meados do tempo
Lagrimas de chuva
Corriqueiro vento
Noturno o medo
Como espelho tem falas
Meia Noite ventania
Sobre algoz terror...
Passado o momento
Trêmulo as dores garganta seca...
Sono que se encontra dormindo...
Parece ser último no ar da madrugada.
Ambiguidade de tais formas surgem
Essas almas que argumenta atroz flagelo.
Em gritos se dissolve com amanhecer.
São bem mais o que aparece ser.
Entretanto o bocejo parece mais um dia longo.
Rodopia o vento nas entranhas do rosto ao mesmo tempo que esvoaça o cabelo em direcção ao oposto.
Assim como o dia brilha a noite suspira.
Guarnece o luar e solta a vontade de gritar.
E a tua sedenta garganta, liberta-se e abranda.
Decidir escrever minha historia, na mais firme pedra porque, nem o tempo e nem, o vento poderão apagar.
Ainda que o tempo passe...
Serei o vento,
Serei a brisa...
Serei o sopro!
Vereis - me passar e o ar...
Ah! Onde vereis-me passar?
Ali!
Lá!
Lá fora!
E dentro passou o vento...
Passou a brisa,
Passou o sopro...
E o ar ali, lá...lá fora a passar!
Vida
Foram ao meu ver,
O tempo, o vento,
A chuva, a fragrância.
Restando apenas essa minha pequena esperança.
Foi ao meu ver,
Um veneno a crescer.
Que não importava o que se fazia ele não se esvaziaria do corpo
Por isso sobre medidas eu vou lhe dizer.
Terei sempre um olhar sobre você, minha querida.
A vida e a morte
Eles levam e trazem a nossa sorte,
Pode ser passageiro ou apenas ilusão, mas sei que nunca foi em vão.
E isso me faz perceber,
O quanto quero me fortalecer...
Por que sempre vou cair, mas terá algo que logo me levantará
Sabe do que eu a chamo?
Vida...