O Frio Saudades
Manhã quente. Banho frio, roupa leve, chegando à cozinha servi-me um pouco de chá gelado, sentei-me à mesa, e contemplava pela janela meu intangível modo de vida. Os jasmins orvalhados já perfumavam aquele primeiro momento do meu dia, e seu aroma já se afinava num acorde perfeito junto com os cheiros do banho e com o perfume do amaciante de roupas, fazendo uma serenata à solidão, que já invadia meu dia afim.
O que eu menos queria era sair dali, quem sabe, quisera naquele momento apenas voltar ao meu leito, e debruçar-me sobre minhas doces lembranças, e viajar no mundo dos meus pensamentos, tão belos, tão cheio de amor, de paz, felicidade. Nesta manhã, por um momento, eu desejei que tudo fosse diferente, tive vontade de correr, vontade de fugir da minha vida, que se concretizou nesse vazio tão profundo.
Tive vontade de fugir, levando comigo apenas poucas coisas, e a mulher que amo. Queria sair pela porta dos fundos, passar o dia tomando sol, à noite pegar o sereno, e depois juntar-me com ela aos outros casais românticos que se beijam no coreto da praça do centro da cidade. Queria fazer-lhe todas as juras de amor eterno que tenho em minha mente, para poder cumprí-las depois, sentir as luzes da cidade nos iluminando, e respirar como se fosse a última vez que inspirava o ar serenado da noite amena.
Hoje eu tive vontade de fazer tudo diferente, ao menos por hoje, nada de drama. Hoje eu só desejei que a minha vida fosse suave, tal qual a água fria que me banhou, tal qual o aroma dos jasmins que enfeitam a minha janela. Mas tudo não passou de um sonho de uma manhã de verão, acabou-se junto com o chá que me refrescava antes de sair pra trabalhar. Ficou a vontade de me sentir gente, humano, que erra, tropeça e cai e sabe se reerguer; ficou a certeza de que não sei mais me erguer sozinho.
Eu fui a flor de alguma primavera eu fui o frio de algum inverno , fui o calor de algum verão e hoje eu sou só vento de alguma estação ...
O novo
Sábado, 17 de Março de 2012
E o outono anuncia sua chegada. Dia nublado, vento frio, fina garoa. Moletom, meias, edredom, chá. Ele ainda nem acabou e já sinto saudades dele: o verão.
A mudança das estações é algo natural e que temos que aceitar. Embora não goste muito, tenho que me adaptar a nova estação. Na vida também é assim. As mudanças são naturais e inevitáveis. Sinto que o outono se aproxima, não só pelo arrepio causado pelo vento, pelas janelas fechadas ao entardecer, mas sinto o outono se aproximar na minha vida também. O outono é uma oportunidade da natureza para chegarmos ao inverno de maneira gradual. Mas só de pensar que tenho que enfrentar o inverno em breve, fico desejando pular as estações e chegar logo à primavera. Mas isso é impossível e antinatural.
As plantas e os animais vivem seus ciclos. Nós também.
Sentir o coração mais acelerado pode ser um sinal do corpo tentando se aquecer, mas também pode ser um sinal de que uma grande e irremediável mudança está porvir.
O outono anuncia: “O inverno logo vem... aproveite a oportunidade para se preparar. Se esconder embaixo do edredom não vai evitar sua chegada”.
Então é isso. Vou levantar do sofá, esquecer o chocolate, abrir a janela e enfrentar o outono. E que venham as mudanças. E que venha o inverno.
Então começo a entrar em colapso. Me sinto frio, trancado.
Ouço barulhos, rumores, parecem pessoas orando em um tom bem baixo.
Dizendo como deve ser, como tem que ser tudo ao meu redor.
São milhares de pensamentos, todos em minha direção.
Começo a entender a minha angústia.
Como as pessoas fazem ela ficar cada vez mais próxima de mim.
Me sinto rodeado de emoções distintas.
Escrevo mais uma frase, e então paro, e penso que alguém está digitando cada palavra do que estou vivendo. E quando percebo, entro em colapso.
Autumn
Eu te desejo
um dia de outono...
nem tao quente que te bronzeie..
nem tao frio para que te recolhas.
... Eu te desejo
um cheiro de folhas douradas..
como tapetes no chao...
e um cheiro de fruta madura.
Se mudei, foi porque algumas pessoas fizeram com que eu mudasse. Se estou mais frio, é auto-defesa. Se sorrio menos, é as forças que me faltam. Se me escondo de alguns sentimentos, estou me protegendo.
Não quero te ver partir
Já estou sentindo a tua falta
Não me abandone agora
Sinto frio, preciso do teu calor
Volta pra mim, por favor!
Como eu te amo verão!
Agora eu sei que as nuvens do meu céu me acobertam de carinho e razão.
E quando vier o frio, os raios do Sol trarão pra mim o que as nuvens não podem me dar:
O calor de um verdadeiro amor.
“Hoje nem mesmo o frio que os nimbos trouxeram me acolheu. Hoje nem mesmo o tempo pode prever a minha dor. Hoje o álgido vento trouxe sua saudade, só para me lembrar que eu não sou completo sem você. Hoje te guardo na noite, e te encontro nos meus sonhos […]”
Eu senti o frio da sua distancia, senti o enorme espaço que sobrou com seus passos regredidos. Doeu e ainda dói saber que as coisas não ficam por muito tempo. Mas, se resolver voltar, o espaço em branco, frio e cheio de lembranças ainda é seu lugar. Meu coração ainda é seu lugar.
Ou é oito, ou oitenta. Ou esta quente, ou frio. Ou quero muito, ou quero nada. É talvez seja extremista, mas é por um bom motivo. Porque querer pela metade é como estar na metade do caminho para a felicidade. Se não posso toca-la, prefiro nem vê-la.
Ser sua saudade. Vontade. Alimento. Ser seu calor, arrepio e frio. Sua casa. Seu caso. Morada. Ser seu cá. Seu lá. Seu nós.
Quero paz. Quer guerra? Lute contra o frio, contra o desamor, contra a injustiça... Mas jamais contra teus semelhantes ou contra teus objetivos.
Meu corpo queima enquanto minha alma congela por você, e esse frio que vem de dentro da alma, esperando uma palavra, acaba sempre sendo uma frustração.
Sem Você
Frio, escuro, fraco, inerte
Incompleto, é o que sou
Sempre faltará algo enquanto não estiver aqui
sempre sentirei seu cheiro,
sempre ouvirei sua voz
sempre sentirei o gosto do seu beijo
Quente, claro, forte, enérgico
Completo estarei quando estiver aqui
Nunca a deixaria partir
Nunca ousaria a lhe deixar
Pois nesse caso,
Sempre algo faltará.
UM NA VERDADE
Já não sei mais respirar
Sem saber se o magoei
Você está tão frio
Tão distante...
Mas sei que um dia
Voltaremos a ser-nos um na verdade
Pai
Filho
Espírito Santo.
Amar-te é beber sem sede...
É matar o que não vive...
É sentir frio no verão...
É abrir e não fechar-te...
O meu pobre coração!
Não ter que deixar na fonte...
Uma gota de água apenas...
Secá-la com a minha boca...
E achar que é sempre pouca!
E nunca mentir dizendo:
Todo o dia que te amo...
E ver na água transparente...
Se o meu coração mente!
Novidade, de encontro marcado, descendo em direção à feira, frio na barriga, mãos tremulas, minha perna sucumbia de emoção. Emoção a flor dos lábios, sentimentos expressos na face e na voz embargada de nervosismo. Seguro na tua mão. Uma energia me toma, energia atraente, pensamentos sacanas e ao mesmo tempo futuristas percorrendo ruas estreitas e escuras, em busca do local perfeito para destilar minha gama de sentimentos em seus lábios, no toque em seu corpo frio, que pedia um abraço duradouro para esquentar a tal. Encosto minha boca na tua, coração dispara, o suor frio toma conta da escura viela. Do amasso, do acariciar de suas mãos, do cheiro adocicado do teu perfume. Sorriso contido por simples vergonha. Vergonha que vai se perdendo nas curvas da sua cintura desnuda. Teu acariciar parecia dos mais sinceros impulsos estimulados por uma simples fungada no cangote. Carícias que são interrompidas por uma ligação maldosa que impediu que fossemos a outras dimensões.
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