Nuvens
Ela vive sempre a sonhar
E caminha entre as nuvens
Alma ingênua só quer amar
Sem pensar nas intempéries
Mesmo no orbe de ermas planícies existem nuvens para exaurir ensolarados raios que insistem ferir carmins corações no eterno devir. Assim são palavras – nuvenzinhas pintadas – que de longe surgem para fazer-te sorrir, trazendo consigo gotinhas – pinguinhos de chuva – a desertos florir.
Eis, então, que to trago, em cada palavra, um floquinho de água para de ti extinguir todo desamor, toda mágoa, toda dor, toda névoa do teu existir. Que tais fadas aladas – de algodão emplumadas – possam, do deserto de ti, um adornado jardim fazer surgir. Estas palavrinhas singelas são, pois, lágrimas de velas que em meu âmago, por compaixão, queimam por ti. São ainda – como escrito, mas ainda repito – gotinhas de chuva a ressequidos espíritos que, um dia nascidos, encontram-se aqui.
Arcos etéreos no encalço recurvam
Nuvens borrascas de setas luzentes;
Flechas silentes, então, se desabam:
Sublimes, cróceas meiguices candentes.
Sinto, pois, que inteiramente me encruzam,
Partindo os elos de minhas correntes;
Descativando esta essência amargada,
Cá murmurando canções na alvorada.
"Um dia vou conhecer o céu, abraçar-me ás nuvens e falar com as estrelas...vou contar todos os meus segredos e, só depois é que sigo a minha viagem para me encontrar com Deus!"
Não importa se o dia está coberto de nuvens; o importante é lembrar que por detrás delas o sol continua brilhando !
Segunda de tarde
Entre nuvens o sol insiste brilhar
E na sua infinidade
Eu deixo a vida passar
Mais calma e menos triste
Setembro de 2003 em Portugal
Está um lindo dia
O sol brilhante o céu sem nuvens
Dá vontade de sair.
Imagino o mar deve estar magnífico
Mas estou presa as raízes
Dos meus sonhos infantis.
Coisas que idealizei
Momentos que revelei
Decisões que tomei
Estão agora reflectidos
Em minha face lânguida
Da perversidade que não imaginei.
Sofro ora agora
Pelo destino que me dei
Que outrora não consegui, livrar-me.
Chora meu coração
Pela empatia que concebe
Pelo outro sofrimento.
O quê deu errado?
Quem foi o culpado?
Que magia negra foi esta?
Que consegue sempre me consternar
Colocando-me com o ego arrependido
Daquilo que não quis fazer?
Foram erros de placenta
Que a regressão não consegue explicar.
Concepção talvez indesejada
Que reflecte na pessoa mal amada
De forma desesperada
Mas não consegue se livrar.
Passo agora este mal presságio
Para os entes mais queridos
Que no futuro se acharão esquecidos
Do ventre que os gerou
Moribundos e mal amados
Na mesma cadeia de valor.
Nem sempre as nuvens trazem tempestade, assim como nem sempre os problemas trazem a derrota.
Acima das nuvens, o sol brilha com toda a sua intensidade.
E os problemas???
Hááá, esses são apenas mais um degrau até minha vitória, pois eu vou conseguir!!!!
Acreditar sempre...
Tentei encontrar nestas nuvens de noite enluarada, a forma mais parecida
com teu rosto, mas a brisa foi generosa e mostrou-me na claridade da lua o teu amor...
Ressurgem
E se espalham
Lindamente
As nuvens
Brancas
De muito longe
Capazes de pararem
Por uns instantes
E assim
Fico olhando
O azul do céu
Descansando no sofá
Poesia é navegar sobre as nuvens e mergulhar entre sonhos, causando adrenalina com palavras e voar na realidade sem segurança e sem planos;
Poesia é estar no silêncio de um pensamento, buscando o impossível e transformando em presentes;
Poesia é o mais e jamais a menos, poesia é a vida, poesia é talento no querer é conquistar surpreender para amar;
Você no seu castelo de areia
intangível como as nuvens no céu.
No seu silêncio tocável
confessa que é só meu.
E isso então
você repara de mais em mim
é todo amor, é todo emoção
por que não grita o que está no seu coração?
Castelo de areia.... castelos no ar
seu amor em mim fez milagres
me ensinou o que é amar.
Agora, só falta você falar.
Quando o amor nos alcança a alma fica leve, e flutua entre nuvens de sentimentos delicados e indizíveis.
Olho para o céu
Será que vai chover?
Nuvens do céu
Para onde vai
Assim tão carregadas
Nuvens do céu
Dá para ir até
A terra seca
Todos estão à espera
Olhando para o céu
O céu espera pelas estrelas
No anoitecer.... espera por elas!
E pousam elegantes, entre nuvens de algodão
As estrelas espalham-se para refletir nas
janelas!
Como pontinhos de tintas brilhantes,
esculpidos nas telas.
AMANHECER
A aurora da minha terra,
Tem os mais belos nascentes,
O rosicler doura as nuvens ,
E faz de ouro a serra,
As fontes são cristalinas
Formando águas correntes
Caindo do alto das pedras,
Formando um “véu de noiva”
Matizado de brilhantes.
A aurora da minha terra,
Tem um amanhecer dolente,
O sol olha de soslaio
Pro verde oliva das matas,
Os pássaros cantam românticos,
Apaixonados nos ninhos,
A natureza viceja ,
Na névoa branca e fria,
Que se desfaz com os primeiros
Raios dourados do dia...
O sol e a lua se encontraram no fim de tarde
Tão feliz ficou o sol, que transbordou entre as nuvens, seu sorriso alaranjado
Emocionada a lua ficou, depois de 5 anos sem ver seu velho amigo
E saíram os dois passeando pela rua, esqueceram das horas e o dia acabou
Mas ele sabia que novamente a veria, dois meses, um ano, cinco ou mais
Quando o fim de tarde chegar
No próximo eclipse solar
Madrugada de garoa fina,
a lua menina, à desfilar na minha janela,
um tanto inibida pelas nuvens à encobri-la,
mesmo assim ainda bela.
