Nuvens
Eu vi lá de cima!
Pude ver acima das nuvens,
eu vi o sol lá de cima saindo da escuridão para iluminar o horizonte,
ainda não sei se aquilo tudo era uma fábrica de algodão doce, de pele de ovelhas ou era um mero sonho nas alturas.
Quimera e sentimentos,
imaginários ou reais.
quero que meus versos
- sejam apenas linhas -
em bandeiras brancas ao vento,
tremulando em busca da paz
Publicado no meu livro - Janelas
Quando o seu chão desabar; erga à cabeça ao céu e lembre-se das nuvens. O criador não permitiu que ambas tivessem a força de contrapor à bravura do vento, mas assim permitiu que à fúria do vento as partissem entre si, e as carregasse para onde bem quisesse, há quem diga que algumas foram para o norte, sul, leste e oeste,
mas ninguém sabe o rumo certo de cada uma, mas o criador sabe.
Adivinho um agora sem nuvens lá fora. Imagine nessa hora todo caos indo embora...
Desejos de emoção pulsa nessa razão. Ação natural, desbloqueia um sinal.
Minha mente ausente libera sensação saída do coração. Função com controle, impossível de explicar...
Breve espaço me permite um simples laço, infinito e liberal sem grades afinal.
Nuvens de raça,
No alto cavalgam,
E soltam pancadas,
Descargas equinas,
Todas no céu relincham,
Éguas voadoras sem couraça,
Nuvens cavalas coiceiam,
A presença de quem a gente ama, por vezes nos preenche tão gostosamente, que nuvens de algodão doce e unicórnios se tornam coisas banais...
Que as escuras nuvens que por vezes vêm, sirvam de motivação para que com mais afinco busquemos nosso Sol interior.
NUVENS (soneto)
Rasgam-se as nuvens no cerrado
Num céu de um azul tão profundo
Mergulhadas num infinito rotundo
Misturadas no silêncio seco e calado
A tarde aviva pro frescor encantado
Invade a imaginação num segundo
Com sua magia ao longe e ao fundo
Que mais parece um painel inventado
Surge estão outras, e outras tantas
Num passeio livre, assim, pelo ar
Bailam de lá para cá, e de cá pra lá
Ah! como algodão, paz, tão brancas
Torvam o céu, sem o céu incomodar
E com leveza, adorno no céu aporá
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de março de 2020 - Cerrado goiano
AFORA DA JANELA
Plumas de nuvens no céu profundo
De Brasília, alvos lençóis esvoaçantes
Se desfazem num piscar do segundo
Ao sopro dos áridos ventos uivantes
Ali, acolá, riscando devaneio facundo
Na imaginação, e sempre inconstantes
Vão e vem tal desocupado vagabundo
Ilustrando o azul do céu por instantes
Em bailados leves e soltos, voejando
Na imensidão do horizonte em bando
Vão em poesia na sua versátil romaria
E num ato divino, faz-se o encanto
Tal como flâmulas por todo o canto
Tremulando no cerrado com euforia
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Brasília
Amor nas alturas
É tão distante onde está
Se caminhar não irei chegar
Só pelo céu é minha esperança
Voarei para te alcançar
Em sua direção, pilotarei um avião
E quando no céu estiver desenhar
Com fumaça uma mensagem
Um coração em sua homenagem
É uma longa viagem até você
Talvez nas alturas consiga te ver
O templo nublado não me impede
Que nuvens cinzas eu atravesse
A tempestade que passar
Não conseguirá me derrubar
Só descerei quando encontar
O lugar onde você está
Já consigo ver você
Falta pouco para eu chegar
Estou descendo devagar
Para poder te abraçar.
Roney
SONHAR
Ponderar os sonhos,
E não se deixar embalar
Por sonhos alheios...
Apropriar-se!
Sonhar os próprios sonhos!
Cumprir os melhores anseios,
Desafiar os limites da força...
Confrontar-se!
Discernir os pesadelos,
Interpretar os sonhos,
Embebedar-se das visões...
Andar nas nuvens!
Nuvens carregadas de calmaria
Chovem uma almejada tranquilidade,
Pra mim, uma aprazível companhia
que faz bem de verdade.
Seus sentimentos te fazem chorar, deite sobre as nuvens e escute a lua cantar seus pensamentos, a música pode ser bela o suficiente para te fazer bem.
Ela vive nas nuvens, há quem diga que ela mora lá. Mas é tão bom poder flutuar de vez em quando né? Quem discorda?
Voa ave,
encontre as nuvens
Voa sem parar,
segue teu destino
sinta tua liberdade,
feliz sempre serás
olhando em detalhes a paisagem,
pouse nela teus olhos, por nós,
pois nunca a veremos
com seus mistérios,
voa por nós e nossa pequenez
em não descobrir o que há mais além...
Sonho com nuvens de algodão,
Sonho com um mundo encantado,
Sonho com um jardim florido,
Sonho com um amor perdido.
Tingiram-se as nuvens de vermelho
Tingiram-se as nuvens de vermelho,
No instante em que a tarde caía
E eu via o céu como um espelho,
Onde minh'alma refletia.
E diante do céu que refletia o infinito,
Inebriante em contemplação,
Ficou meu espírito num gesto bonito,
Em atitude de oração.
E naquele precioso instante
Em que contemplava o belo amor;
Vi a luz da tarde agonizante,
Deixar morrer seu esplendor.
Então como um manto que se estende;
Estendeu-se a noite plena
E quem este mistério desvende;
Não terás a alma pequena.
Sabe, que tal deitar-mos nestas nuvens?
Deixando o vento, morosamente, caminhar sobre o majestoso lençol de estrelas, assim seguindo ao horizonte. Podemos até mesmo pedir a lua que cante aquela insigne música novamente. Aquela, que nos lembra o gélido dia de inverno, onde as mãos era a primordial chama. Vou aproveitar e escrever mais um ingênuo poema, para colocar dentre seus gastados sapatos ao amanhecer. Dentro, deixarei a pena do mais venusto pássaro da região, porém, não sei se te fará voar como desejas. Mas não te inquiete, já estou conversando com meu anjo, para que empreste, mesmo que um pouco, suas asas para tí.