Noturno
LUNAR
O dia esconde-se
Noturno
E tudo o que se vê
é céu
Feixes de luz automáticos
Ditos-estrelas.
Há um recanto arredondado a aparelhar a reza do poeta.
Há a espera
Voluntariosa mas de duração presumida.
Há a vida
Previsível eloqüência do inesperado
Há o acaso
O curto
Circuito infinito
Há o oposto
Ao dito
Há o amor a prazo
O nosso
É ao vivo.
BRAÇO FORTE
Este Sol é o mais temível e puro
Reflexo de Narciso sobre o Lago;
Um clarão noturno em dia escuro,
O futuro do passado em que indago.
Diz-me ele que o dia é o seu trabalho;
Traz a Justiça, sobre o Amor, mitigada
Não vai remissa a Sabedoria, apartada,
Do entendimento, a Voz do ordálio.
A essência da Poesia é a metáfora;
É ontológica a santa obviedade,
Tão curta, quanto longa a Eternidade.
Quando respiro, te embalo, te mitigo.
Corpo frágil é fértil e forte na Infinidade,
Pois em ti resvalo, te afago, expiro contigo.
(Fonte: http://wp.me/pwUpj-140)
Pintou seu coração com cor de céu noturno e tornou escuro o sentimento que antes era dia claro e de sol a pino.
Se já nos contentávamos com um chuvisco noturno para inspirar as pequenas raízes a germinarem, Deus em seu exagero divino para nos agradar, resolveu mandar também esta chuva de estrelas.
Talvez até para que voltemos mais os olhos aos céus, pois em nossa displicência, acostumados com tantas dádivas, Dele advindas, esquecemo-nos do motivo mais importante
desta nossa existência.
(Teorilang)
Sou noturno. As influências externas do dia me distanciam do meu eu. Sigo o fluxo, sou só mais um. Na calma da noite eu me acho, a noite é só minha e eu sou dela. Nela eu exprimo o meu eu na essência. Na noite eu me diferencio!
PANDEGOMANIA*
Um voo noturno sem direção, porém, inquietante, é sempre sombrio e sofro o grave frio do pânico, coronavírus. Diante das considerações, colocações eu sinto que estou em um país acéfalo.
Não sei decodificar o que é informado e arriscar a imaginação como uma águia que aos quarenta anos, sem qualquer compromisso coerente com a razão se confina.
Diante do panorama mundial até esta manhã é cinza em nosso horizonte, em Palmeira dos Índios, Alagoas, 25 de março, como nosso destino.
Deixo a águia na sua renovação e me vem, como um insight, o alerta do especialista Jean-Claude Manuguerra, em 2012 que há seriíssimos riscos de pandemia.
Portanto, quem fala diferente da linguagem literária da ciência e dos fatos de outros países contradiz o que está na literatura, na ética, no compromisso e responsabilidade do profissional.
A nossa vida e saúde estão em risco.
- Socorro!
Diante dos especialistas, qual é o pândego que diverge da veracidade da ciência?
* Pandegomania – neologismo
Sabe a diferença que existe entre um guarda noturno e um anjo é que um anjo como eu sempre esta contigo e um guarda noturno só a noite.
CÉU NOTURNO
Vem a noite no céu do meu roçado,
Posso ver as estrelas bem ao lado.
Não há postes, fumaça, impureza,
Só céu limpo, ar puro, natureza.
Parece até um quadro bem pintado.
E a Lua? Lado tão iluminado!
Vejo do telescópio, com clareza,
Via Láctea, céu limpo e beleza!
Constelação, cometa, meteoro…
Astrônomo? Sou mero amador.
Mas no cosmos, eu nada ignoro!
Céu noturno, imenso esplendor!
Tens noção do quanto te adoro?
Mais que os sóis e todo o seu ardor.
Meu Noturno Amor
Vento em volta bate, vento que abraça e envolve a alma, vento que não vejo e sinto é o amor tão leve que chegamos a flutuar.
Vento que sai dos seus lindos doces olhos, seus lindos doces olhos que me fazem delirar e perguntar se o amor em sua grandiosidade é assim, ah, o amor transbordou seus olhos, inundou junto com meus. O amor é surpreendente, até nos fazem ficar sem ter nenhum só medo de ficar sem chão, o amor é uma ponte para o coração, Como nas manhãs de sol os pássaros cantando ou badalos de sinos entoando as belíssimas canções de amor os nossos dias resplandecerão com certeza se com nossas asas voarmos além dos nossos horizontes pelo céu de amor sim, no azul e pelas nuvens somente eu e vc voaremos, se eu tomar suas mãos, no impulso sua face acariciar com tamanho e apaixonante beijo, então voaremos para o mais além, no mais azul dos céus, se eu me atrevo a sequer um dia não me lembrar de vc, meus dias ensolarados em escuras densas nuvens se tornariam, eu sinto esse vento, espantando os meus piores pesadelos, e de tudo o que eu sei é o que nós precisamos está bem aqui ao nosso redor esse vento é que enfim nos guiará. Nós sentimos é impossível negar, lembra daqueles pássaros em sinfonia que afirmam você afinal sentiu que o embalo dos sinos são provocados pelo vento do amor, é o amor, é o amor, é o amor, é o amor.
Estrela
No show do céu noturno, com sua tão bela e espetacular negritude.
Estrela, dança ao luar, que a lua ilumina como holofote.
Se nos passos de sua dança, sentir um oculto buraco, não permita que sugue e esmague seu brilhar.
Não vale a pena, perder seu brilho, sua energia, sua vida, por nada.
Se um dia se for, que seja pela natural explosão estelar.
Continue brilhante, como merece, no palco da vida!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Quando a noite chega,
meus pensamentos acordam.
Meu turno é noturno.
Uma mente avoada, sonho acordada.
Sim, vivo no mundo da lua!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Enquanto brilha o sol
secando o orvalho noturno,
e florescem as violetas,
sinto o amor perto de mim
Sopra a brisa na manhãzinha
em carícias e serenata,
ela canta leve como eu,
e sinto o amor perto de mim
Para mim isso é carinho ,
porque palpito um coração sonhador,
sorrio para a vida, sem nada questionar,
perto de mim ... sinto o amor !
Quando atravessamos a porta, o fraco ruído noturno das ruas desapareceu e tudo que restou foi um silêncio tão profundo que fazia meus ouvidos zumbirem. Era como entrar em um túmulo.
Meu anjo de guarda noturno
Você é quem sabe de tudo
E quando eu peço proteção
Não é pra fugir do ladrão
Nem pra me esconder na igreja
Eu quero que Deus nos proteja
Das dores do coração
Dizem que a noite inspira as corujas do apagão noturno, mas a cidade por si só fica radiantemente iluminada, como o sol em meio ao universo, esplendida capacidade de acender-se diante as escuridões.
Andarilha
Chegou como um pássaro noturno
Em plena sombra da escuridão
A princípio uma andarilha
Vestia preto com cabelos desalinhados
Olhar perdido preso ao passado
Disse-me que era voluntária
Trabalhava com os filhos da ilusão
Seu nome era Ana como a avó de Jesus
Morava num bairro afastado da cidade
Tinha um crucifixo preso entre as mãos
E não se preocupava com a solidão
Sentia-se amparada por abençoadas mãos
Pediu licença, puxou a cadeira
E sentou-se ao lado do meu coração
Contou-me muitas histórias antigas
E libertou a criança da infância reprimida
Falou de fé, cura e libertação
Do poder da chave de Davi
Para expulsar dores e cicatrizar feridas
Transmutar mágoas de um passado infeliz
Hoje, sozinha, caminha na noite sem destino
E agradece quem ouve o seu lamento
Seu sorriso indecifrável é mais uma súplica
De quem perdeu a memória e segue sem direção
Do livro:Extasiada de Infinitos
Há algo a dizer sobe o céu noturno de São Paulo: é dos mais escuros possíveis. O brilho artificial da cidade oculta todas as estrelas do céu, enquanto a iluminação precária dos postes, suas luzes amareladas e caídas, dão a impressão de que, ao andar pelas ruas, você está procurando seu caminho por um mundo de sombras.
O escuro noturno não se nivela com a cegueira de corações sem fé. Tem estrelas, luar, pirilampos e o luzir no olhar dos gatos.
Conduz nas suas bordas volúveis auroras.
Deusas
No silêncio noturno, pestanejando,
Audível tão somente o ruído da ampulheta,
Memórias da temporalidade,
Tessituras da areia e do vento,
Conflitos prementes da razão,
Uma tempestade de partículas,
Juntas, formando consciência...
Irresignado com o legado cultural,
Entrevi, dentro do Panteão mitológico,
Vênus, a Deusa do feminino.
Ela, envolta de requinte arguto e versado,
Pôs-se a recitar...
“Existe uma verdade cientifica, filosófica,
A mentira, quando repetida
gera crenças profundas, conforta.
A verdade, por sua vez, inquieta...”
Eu, com o cálice na mão,
Condiciono-me, compenetrado,
Ela, com magistral beleza, prossegue:
“Afloramos arguidas,
Distintas biologicamente,
Provemos a vida,
Únicos contrastes.
No corpo social,
Estipêndios menores,
Sem enaltecer o intelecto,
O inventivo, a inovação.
Quanto mais à “alta roda”,
Menos varoas encontramos.
Queres tua prole assim, fadada a essa herança?
Ensina-lhe o caminho da revolução!
Equidade, Respeito,
Sem possessividade...”
Desperto, observo a ampulheta,
A transitoriedade dos grânulos,
As âmbulas intermeadas
Com a consciência formada...
Há tempo, quero te recrutar,
Ativista da causa,
Não me Kahlo!
Paulo José Brachtvogel
