Nostalgia
Pra não dizerem que não fui mediocre - Ao meu amigo Alexandre
Tudo é podre no mundo. Que importa?
Se a ferida que tenho está morta
Maldito tédio; bates minha porta.
Ferida do tempo, ainda me corta.
A dor ao meu passado me transporta
O Peito bate mais do que suporta
E sinto explodir à minha aorta
Apenas minha fronte me conforta
Embora a coitada esteja torta
Vive presa e leve como esporta
Cai guardada, em um vaso de retorta.
Que à minha alma à distância exporta
Por isso o sofrimento me recorta
Como, na pior das safras, a horta!
DOR E AFETO
Me vem ligeiramente na mente,
uma nostálgica lembrança.
Tempo em que os pés viviam empoeirados.
Poucas atribuições, muita ciranda.
Avistava as andanças pela fresta do
portão .
As mesmas pessoas rotineiramente por ali passavam, enquanto eu, ansiosamente lhe esperava descer da condução.
Infância que dói, sentimento que constrói.
O semblante é nítido da pureza,
e com tantas pedras no caminho,
esqueceu-se da dor e voltou a brincar de vida.
O poeta da triste figura
Inspirado por D. Quixote, contemplo o mundo com esperança, carregado de idealismo, nostalgia e honra. No meu peito, pulsa o coração de um sonhador, alimentado pelo desejo fervoroso de ver a humanidade e o mundo ao meu redor alcançar sua mais nobre e elevada essência. Sou um eterno idealista, espero sempre o melhor, mesmo quando o horizonte se mostra tempestuoso e sombrio. Sonho com o V império, aquele renascimento espiritual que impulsionaria a sua essência mais profunda para o cenário global.
Avanço cautelosamente, passo a passo, sem temer fazer o ridículo por me agarrar firme à convicção de que vale a pena erguer o estandarte dos valores que parecem esquecidos e enterrados.
Em meio às brumas do tempo, encontro a melodia da nostalgia e da melancolia, uma canção que ressoa profundamente em mim. Sou tocado pela tristeza que vem da percepção da imperfeição do mundo, mas tento vislumbrar beleza mesmo nas sombras que cobrem o mundo profano.
O meu sentido de integridade e retidão guia os meus passos, são os valores que me mantêm firme no meu propósito, mesmo quando o universo, e eu mesmo, questionamos a minha sanidade. Sigo um código de conduta que pode parecer antiquado aos olhos do mundo, mas que para mim representa a essência mesma da integridade e da autenticidade.
Assim, como poeta da triste figura, sou uma sinfonia de contradições, navegando entre sonhos e realidade, idealismo e desilusão, coragem e vulnerabilidade. Sou um reflexo da complexidade da condição humana, buscando incessantemente por significado e beleza num mundo que muitas vezes parece indiferente à minha busca.
Às vezes, lembro-me de esquecer tantas coisas. Mas, na maioria das vezes, continuo lembrando-as desnecessariamente.
Quando jovens, nutrimos grandes expectativas para o futuro; quando adultos, sentimos uma profunda nostalgia pelo passado.
Ela, a saudade
Se ela de novo à minha inspiração
Dolorosa, para a minha serenidade
Hei de dizer-lhe tudo com exatidão
Dum mártir vingador, na crueldade
Pouco importa o gesto, a suposição
Não se fez crente a minha piedade
Pois bem, serei frio e sem coração
Dar-lhe-ei alheação, infiel saudade!
Mas, ai! sentir-te é ter uma fração
É suspirar, imaginar e fazer parte
Que ainda aperta o peito, emoção
Tento, evito, devaneio, desmedido
Caio num versar de ti, tão covarde
E, me ponho a sonhar, ter podido!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 agosto, 2023, 16’26” – Araguari, MG
A Evolução dos Gostos na Vida Adulta
Hoje, me deparei com um fato que pode parecer um pouco triste. Quando eu era mais jovem, gostava muito de comer leite em pó com açúcar. Era um pequeno prazer que me trazia conforto e alegria. No entanto, à medida que cresci e entrei na vida adulta, percebi que nossas preferências e gostos podem mudar de maneira surpreendente.
Hoje, ao preparar um café com leite em pó, decidi colocar um pouco de açúcar no leite em pó antes de adicionar o café. A nostalgia me envolveu enquanto misturava o açúcar, mas logo percebi que não gostava mais daquela combinação que costumava me trazer tanta felicidade.
A vida adulta muitas vezes nos torna mais seletivos, talvez devido às experiências que acumulamos ao longo do tempo ou às mudanças naturais em nosso paladar. O que costumava ser um deleite agora parece estranho e até desagradável. No entanto, isso não significa que nossos gostos não possam evoluir novamente no futuro, trazendo de volta antigas alegrias ou descobrindo novas.
Essa pequena experiência me lembrou da importância de aceitar as mudanças em nossos gostos e preferências, pois elas fazem parte do processo natural de envelhecimento e crescimento. Às vezes, podemos redescobrir antigas alegrias ou encontrar novas que nos surpreendem. Enquanto a vida adulta pode nos tornar mais seletivos, também nos oferece a oportunidade de explorar e experimentar coisas novas, mantendo nossa jornada emocionante e cheia de surpresas.
Cinéfilo
Você me frustra como uma comédia romântica,
Me deixa triste como uma novela da record.
Já me alegrou como os doramas,
Tão previsível como os filmes de terror.
Já me encantou com as suas fantasia,
Criando alguns mundos imaginários
Já foi intenso como um filme de ação,
Que me deixava sem fôlego e coração acelerado.
Hoje você é um filme da sessão da tarde,
que ninguém aguenta mais ver.
Se tornou tão chato como Um príncipe em Nova York,
Tão esquecido como as novelas do SBT.
Sábado
Dia dos pensamentos longínquos
Dia da saudade
Do beijo não dado
Da vontade de abraçar...
Sábado
Dia de passar o dia procrastinando
Dizendo que tenho direito de descansar porque ontem foi sexta
Dia de deixar tudo pra depois e acumular.
Sábado
É dia de ficar quieta, inquieta até dá sono
Vontade de ficar mais um pouco e partir
Dia de ficar zangada, feliz, amuada no canto falando baixinho pra vida ir de vagar...
Sábado
É dia de querer dançar na chuva
Quando pela janela o sol tá rachando tudo.
É dia de esvaziar o coração e sentir o peso que ele carrega e, ficar ansiosa porque depois de amanhã já é segunda.
Já é sábado
E ninguém chegou.
Só saíram e esqueceram de voltar.
Solidão Silenciosa
Em quartos vazios, a solidão reside,
Um eco vazio nas paredes canta,
Um coração solitário bate em segredo,
Nas madrugadas longas e malditas.
Palavras não ditas, pensamentos sós,
Um vazio profundo em cada olhar,
Na solidão silenciosa, a alma chora,
Por um abraço, por alguém a amar.
Solidão no Peito
No peito, a solidão tece sua teia,
Uma sensação de vazio e desamparo,
Como uma sombra que nunca se esvanece,
A solidão se torna um constante amparo.
Nas páginas da vida, um capítulo solitário,
Caminhando por estradas desconhecidas,
A solidão é um verso triste no diário,
Um eco de saudade em noites esquecidas.
Poemas de Amor
Não gosto de poemas de amor, nunca gostei.
Poemas devem ferir, excitar, provocar fugas, mudança de página;
Poemas devem ser escritos não para serem lidos, ou suportados, até o final,
Mas para serem sentidos, admirados ou repudiados, desde o início.
Gosto de poemas hemorrágicos, catastróficos, assassinos, incendiários;
Gosto de poemas malcheirosos, estúpidos, invasivos;
Aqueles que denunciam, provocam, ofendem;
Aqueles que desenterram cadáveres esquecidos
E com eles dançam um bom twist sobre mármores e flores artificiais.
Gosto, sobretudo, da poesia que denuncia os significados
das insignificâncias do mundo
a natureza é a minha ilha de luz, onde me protejo do esquecimento e dos sobressaltos da vida, adoro a nostalgia do outono, é com ela que desempoeiro as melhores memórias.
A memória e o tempo são transcendentais à nossa vivência. Contudo, não é necessário se preocupar com sua ausencia, pois a seta do tempo serve como o principal lembrete. Ao tratar da nostalgia, um sentimento trágico e belo da efemeridade, relaciono-o com a mordida eterna de Eva, que simboliza a responsabilidade que temos ao percorrer a vida e julgá-las diante das experiências da existência.
O quanto vale uma vitória?
No peito eu sinto esse ardor
Que aumenta o meu amor
De querer conquistar
Mesmo com o pouco que consegui
Vou seguir, para honrar aqueles que estão comigo aqui
Meu pai vai se orgulhar
Minha mãe vai se alegrar
Meus amigos estarão brindando numa mesa de bar
O tanto que eu aprendi, com a pouca passagem de tempo que tive,
pode ser resumida dentro da palma da mão de um recém nascido.
dentre tanto conflito, dessas mesmas emoções que um dia amargaram meu peito, hoje me sinto realizado com o pouco que conquistei, e essas mesmas façanhas são semelhantes a um grão de mostarda, são apenas significantes para aqueles que não me conhecem, mas para os que tem conhecimento sobre mim,
Se tudo pode acontecer, de tudo poderá ser feito.
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