Nostalgia
O amor é uma melodia suave que invade a nossa mente, mesmo quando a dor da nostalgia sufoca a nossa crença.
E canto a nostalgia de uma vez
inebriado por teu olhar em fantasia
que timidamente ousava, talvez
O brio insano dos olhares em demasia.
E o teu corpo salpicado de ilusões
que os meus sonhos salteavam
Poetizando mil corações
que ao redor do seu se despedaçavam.
E do teu olhar, daqueles breves olhares
que o tempo cintilava junto aos meus
Se vai as visões inebriadas e desesperadas,
Do meu olhar procurando o seu.
E eu canto a poesia das invenções
que encenou as suas melhores versões
De um amor que meu amor viveu
E já dizia as vagabundas desalmadas,
Que saíam gritando pelas ruas abandonadas:
- as estrelas brilham, ainda brilham,
ainda brilham essas ruas desoladas,
Aos céus elevo o meu canto
ao encanto dos anjos, oferenda a Zeus,
De um amor que meu amor viveu.
URZES FLORES DE TRILHOS
Há dias que invade-me a nostalgia
Pelas urzes de vales, lameiros, montes
Nas planícies da minha memória
Brisas que as lembranças trazem
Nos rios e caules de caminhos já gastos
Que em muitos casos deixaram saudades
Sobre o silêncio das árvores
Ou talvez seja do vento que as balança
Com a suavidade como as águas correm no rio
Na solidão do verso, das pedras escorregadias
Urzes de adoração noturna pedindo silêncio
Nostálgico caminho feito pelas estevas pegajosas
Deste quente dia, entre as fragas do trilho
De tantos nostálgicos sentimentos que se perdem.
Um antigo professor, uma vez me disse que a felicidade se encontra na nostalgia e realmente parando para pensar eu cheguei a conclusão de que eles está certo, afinal quando em uma conversa relembramos os bons momentos do passado, ou quando vemos uma foto, Gif ou vídeo é comum pensar o quanto estávamos felizes naqueles momentos, por isso, hoje acredito que a felicidade meio que é a tristeza por algo que sabemos que nunca mais viver. Há momentos no presente em que a gente reconhece o quanto somos felizes mas estes momentos são raros neh? Porque somos muito cabeças duras para conseguir enxerga-los na maioria das vezes.
Nos momentos em que me sinto nostálgica me pego pensando o quanto a vida é bela por isso e até menso cruel em sua beleza.
NOSTALGIA
Às vezes percebemos que pequenas coisas nos faz falta, não é um beijo, não é um abraço,
às vezes um prato não cheio mas abaixo do meio,
um sorriso que anda escondido atrás das máscaras,
uma palavra de carinho ou xingamento, a brisa do vento no final da tarde aonde crescemos e hoje a casa é de outro dono,
sentimos falta não da casa sim da brisa no rosto ao nascimento de cada noite, às vezes a nostalgia nos fazes feliz nos ausentando do presente,
às vezes tudo quereremos é o que temos e não percebemos.
Volto meus olhos para o pôr do sol
Seu encanto me trás nostalgia
Minha cabeça mergulha em lembranças
Daquela infância, doce euforia!
A vida era simples, longe de tristeza
Trago guardado desse tempo minha eterna alma arteira
Era joelho ralado e nem sentia dor
A vida se resumia em brincadeira.
Todo dia de tardezinha
A meninada ia brincar na rua
Era pique pega e amarelinha
O fim não tinha, enquanto não chegava a lua.
Um dia ensolarado caia feito luva
Não tinha tempo ruim
Se não tinha sol
O jeito era brincar na chuva.
Era um tal de corre cotia na casa da tia
E jogava bola sem pré requisito
Rancava a cabeça do dedo
E o grito da mãe era o apito.
É difícil de acreditar mas se parar pra pensar
Era o melhor sentimento
Correr, cair e levantar
Leve como o vento.
Eram tantas brincadeiras na infância
Hoje em dia nem se encontra
Gasta-se muito dinheiro em jogos
Mas aquela essência nenhum dinheiro compra.
Quer sabe quem é rico,
É só observar o extrato retirado
Se no cofre da alma tá guardado metade dessa lembrança
Hoje vivo sentindo falta das minhas brincadeiras de infância.
A nostalgia é a mãe de todas as inovações, de todas as vitória passadas, de todo o prazer de viver mais um segundo em um mundo inseguro e cheio de aventuras.
Em minha vida
Jazia a alegria
Disfarçava a nostalgia
Em um rosto que sorria
Até que veio este dia
Que me trouxe
o que eu já sabia
Um novo tempo de
Amor e poesia
Os cantos do Natal já ecoam nas nossas mentes, a nostalgia das alegrias e tristezas vividas durante o ano se refletem a cada passada das horas dançando nas nossas esperanças, mas, um silêncio se esconde nas nossas falas e, nos lembra que seremos felizes no novo ano que nos renova.
Saudade.
Essa tristeza e nostalgia
Porque aquela guria
Do rancho foi se embora
Essa angústia do meu dia a dia
Também essa agonia
Que me devora
Quando morava aqui tudo mais belo era
Não tem mais quem me espera
Como outrora
No rancho agora é só melancolia
Não tem mais alegria
E isso me apavora.
Apesar dos planos, já não estamos mais. A brisa do outono trás a nostalgia do que nunca será: o inverno juntos.
Quando penso que não deu certo, que não é possível, que não tem futuro. Penso também no que sinto por ti: um grande afeto que não sei entender ou explicar, que transborda. E muito, muito carinho. Continuas sendo um mistério pra mim, não cheguei até tua alma, não fui capaz de acolher teus segredos."
FERA SEDUTORA
Solidão, essa ferra genial
Faculta-me companhia
Delegando-me nostalgia
Uma inspiração colossal.
Sob o pátrio Juazeiro
Nesta tarde mórbida e fria
Em verso e prosa lhe faria
Juras de amor em segredo.
Ó! Minha magistral parceira
Dama de minha inspiração
No Juazeiro ou na ribeira
Essa pantera me conduz
Caminha comigo ao lado
Em inspiração me seduz.
NATAL DOS TEMPOS
Ele teve sempre aquela mania
Talvez até doentia,
Uma espécie de nostalgia,
Quase tara silenciosa
De vestir de cor de rosa,
O Natal da meninice.
E naquela sua tontice:
Saudade da lareira da avó,
As botas velhas engraxadas
Com cheiros a anilinas
No pial limpo do pó,
Simples, sem coisas finas,
À espera do Deus Menino.
Tudo era genuíno
Naquela noite de breu,
Duas meninas e eu...
Que a outra ainda não nasceu...
Noite longa em palha nova
Dos colchões de dormir
Na cama de ferro velhinha,
As fantasias à prova
Num sono que não quer vir.
Sonhavam aquele brinquedo
Ainda que fosse de pau,
Um barquinho ou uma nau,
Talvez uma bola de pano
Bonecas de faces rosadas,
Como as fadas.
Batiam as badaladas
Da primeira missa do dia,
Pé ante pé, em segredo,
Naquela manhã tão fria,
Lá vão eles ao pial...
Nas botas, algo ia mal,
Nenhum brinquedo de pau,
Somente um magro e fatal
Rabinho de bacalhau.
E até ficaram contentes,
Sem chorarem pelos presentes,
Que a vida é feita de nadas...
Restavam as rabanadas,
O que já não era mau.
(Carlos De Castro in Há Um Livro Por Escrever em 21-12-2023)
SAUDOSISMO, NOSTALGIA
O tempo passa para todos, e quem não morre cedo fica mais velho.
Muito se vê de pessoas com 70,80,90,100 e até mais.
Estou chegando aos setenta, lembrando de minha vó Zula que nos deixou já faz quase 30, de minha minha mãe que nos deixou a quase 40, de meus avós paternos que nos deixaram há quase 70.
Aos 90 dizia, não tem mais ninguém de minha era.
Estou só aos 70, mas já começo enxergar mais para traz do que para frente,
E ver que muitos que comigo viveram, já não estão mais aí.
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