Noites Frias
Noite fria
Céu sem lua
Sozinha a solidão me abraça
Entorpecida me deixo ficar
Meus pensamentos que me levam a ti, amor!
Quero sua boca na minha boca
Teu corpo no meu
O calor nos aquecendo
Nos levando ao ápice
Quero adormecer no teus braços
Acordar com o seu sorriso, de felicidade!
Quero você amor!
Noite fria
Trouxe a chuva num zumbido
agourento
Vozes a sussurrar recônditos
segredos
Incansavelmente, repetida vezes
Predizendo a longa e ruidosa
tormenta
Vindo do leste em movimentos
ensaiados
Arrastando a madrugada à procura
do amanhecer
Bailando por corredores de
álgido concreto,
Obras de meros mortais
subalternos
Deslizando pela fresta da gasta
janela
Rastejando por entre o estreito
vão da porta,
Como uma astuta e vil serpente
Impregnando o quarto com a
aspereza da noite lá fora
Afagando o espesso cobertor
de lã
Revelando a solidão que o
preenche.
Da noite fria o silencio que aos corações tocam transformando sentimentos em duvidas, desejos em sonhos, mas a esperança de um dia tocar o intimo ser que ao coração faz bater mais forte.
Por mais triste que seja a noite fria, lembre-se, o sol vem pela manhã.
Não sendo uma manhã de verão, sendo essa, nublada e escura, lembre-se que desta imensidão sombria, escorre aguá límpida.
Outono - Noite fria - Madrugada sombria
Brilha a Lua de Outono, noite quase fria, madrugada sombria, assombros da planetária pandemia, que nos atingiu ao romper do dia, quando o povo ainda amanhecia. Implacável, cruel, tornou-se fiel companhia àqueles que com alguma doença incurável convivia, ao infortunado que com baixa imunidade sobrevivia, na esperança que de alguma forma a cura viria. Insone, eu prometia que resistiria, que escreveria e aos quatro ventos postaria, que amplamente compartilharia meus temores, presa fácil da sutil armadilha, da oceânica quinquilharia, da orbital pancadaria. Uma morte inglória assim, é tudo o que eu não pretenderia... Jamais sonhei que assim quedaria, inerte, sem a esperança de um novo e abençoado dia.
(Juares Sasso Jardim / Sacy Pererê do Grande ABC - Santo André / São Paulo - SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Noite fria com ventos gelados, coração nublado.
Hoje nem as folhas estão ao chão! Já não existe mais amor em meu coração!
Sonho acordado, com um mundo encantado e um futuro inesperado.
Dias melhores virão, ou talvez não. Quem sabe eu precise de um novo coração.
Noite Fria !
Que noite fria,
Quanto sinto a sua falta.
Desde quando você me deixou,
nunca mais quis outro amor.
Ninguém preenche o vasio,
que você deixou.
Volte amor, pois sem você,
não dá para viver.
Nostalgia
Numa noite fria e morta
Você bateu em minha porta
Em teus olhos, histeria
Sabor de vermelho, sinestesia
Em teus lábios, gosto de vinho
Em tua mente, muito espinho
A cada toque um nascimento
Fez-me viva para matar-me em outro momento
Os teus traços, poesia
Teus sussurros, sinfonia
O teu gosto, nostalgia
Numa noite fria e morta
Você bateu em minha porta
Sugou o que restava
Incendiou enquanto nevava
O corpo vazio
A alma no cio
Num golpe de sorte
Matou-me e afastou-me da morte.
E de repente era noite,
Onde ficou o meu dia?
- Olá! disse o céu em cores
À medida que esmaecia
- Adeus, respondi baixinho
Enquanto também me ia
E fomos os dois pela estrada
Eu e o céu na noite fria
Um casal feito do avesso
Inconciliável romaria:
Eu o sol, ele as estrelas,
Ele a noite, eu o dia.
(Lori Damm (DESENCONTROS)
Cama vazia, noite fria
Sorriso escondido,
Traído pela solidão
Angústia que aperta a alma
Meu Deus, quanta solidão...
Me olho no espelho
Vejo a sena da separação
Semblante molhado
senado marcado
A flecha penetrou em meu coração.
Ferida aberta sem cicatrização
Sangrando por dentro e
Deixando-me no chão
Não consigo entender
Essa estranha sensação.
Quero viver e luto que agonia
Vejo famílias brigando todo dia
Não percebe o valor de está em harmonia
Não valorizam as pequenas coisas que contagia.
Se alguém hoje chora a perda
Sabe o valor da preciosidade que tinha
Não espere acordar sem os diamantes
Para se lembrar que os tinham.
Abrace, beije ame e perdoe ,
enquanto ainda os tem
Não espere separa, dos que ficaram também.
Para a tua dor quero ser alívio.
Para a tua noite fria quero ser calor.
Para o teu dia seco quero ser chuva.
Para a tua loucura quero ser equilíbrio.
Noite fria! Em vez de me entregar ao sono, tremendo, escrevo versos para você. O vento forte parece sussurrar seu nome."
Chuvitiba
Não vejo nada, só a chuva na noite fria,
que esconde a cidade atrás da névoa.
Nos teus parques, as capivaras
tomam conta dos gramados e dos lagos,
como guardiãs silenciosas.
Um corredor solitário,
indiferente às intempéries,
insiste em demonstrar que pode haver prazer no sofrimento.
Amanhã, com sorte,
haverá de existir mais um dia,
cinzento e chuviscoso,
mais um dia nesta cidade,
que não perdoa os fracos.
Minha amada Curitiba,
onde a melancolia se faz poesia,
onde a chuva é companheira constante,
e a bruma, um véu que esconde os segredos da noite.
"A maior pandemia do mundo
é ter esquecido o caminho
pro lugar do outro"
Livro: (Sol Em Noite Fria)
P.S: eu já não sei mais viver sem o calor do seu corpo nu aquecendo as noites frias. Vem, que sem a macia tez do seu seio e os loucos gemidos da sua boca; sem o incêndio desse nosso lúbrico amor percorrendo a insanidade do seu corpo, eu já não sei mais viver!!...
Em uma noite fria como essa, eu só queria mesmo era deslizar minhas mãos sobre seu corpo, sedutor. Ah!... Seria o suficiente, para matar meu desejo, a fibra corporal de ti, simplesmente com um toque.
Da noite fria o luar, que busco na sua luz encontrar o amor que seduz do olhar ao tocar, do toque o fogo e do fogo uma paixão que se renove a cada beijo...