Noite
boa noite,
sob a opera da morte
seus maiores temores
redundante ao prazer,
sobre as obras da alma,
jogos de paixões,
tentações, no intimo...
em definições que sombras o julgo do amanhã...
vendo ser vendido num ar primordial
na lua de amantes...
A cura
eu busquei à Morte
desde os banhos gélidos tarde da noite
aos passeios solitários pelas ruas de Salvador durante a madrugada
à procurei,
como um enfermo busca a cura
eu busquei a minha
mas só a encontrarei quando a primeira pá de terra cair sobre meu caixão
eu busquei à Morte
isolei-me
troquei o calor humano por páginas frias de livros
abracei as sombras
como um órfão abraça seu único irmão mais velho
eu busquei à Morte
pois viver me pareceu mais doloroso
e triste
Encontre sua paz;
Pelo menos uma vez na sua vida deite na grama a noite e observe as estrelas, sinta o ar fresco tocando seu rosto e sua mente tocando o infinito.
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"Pensamento viaja, mil e uma noite de amor, eu e você, você e eu."
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Quando a mente ordena eu simplesmente obedeço, a noite o silêncio me acorda,
e minha alma eu descrevo.
Trago folhas por dentro do silêncio que me acende
À noite, as palavras fugiam
Cercadas de mistérios e dúvidas.
Um círculo azul me envolveu no agora translúcido de ecos.
(Suzete Brainer).
O céu se tinge em aurora
O céu se tinge em aurora
Um véu de cores se entorna
A noite coral de cobras
De mel esfinges lhe douram
No sol bege seco em febre ilusória
O céu de prisma em aurora
reflete dentro do espelho
o centro ego sem medo
O céu existe em aurora
O céu extingue em aurora
Humanos amam e transformam
Humanos ferem e transtornam
O céu insiste em aurora
Iluminando teus segredos
os quais esconde com medo
meus olhos vedo e te vejo
no interior do seu seio
A vida é o meio verdadeiro
O tempo nunca é tarde ou cedo
Passado fim futuro enredo
agora em minha vida escrevo e concebo
O céu insiste em aurora
e eu vou descendo o milharal
até o deserto frio
sertão de sangue pele sal
O céu insiste em aurora
e eu vou descendo o milharal
mãos cheias das colheitas
suor em fogo
no forno alimento do povo
sobra dos restos aos que produzir e a ti
o vazio da fome seca severa e mortal
O céu se tinge em aurora
e eu vou descendo o milharal
as mães em amanhãs distantes
amam em sol castigam em temporal
O céu extingue em aurora
e eu vou descendo o milharal
nos filhos os olhos com medo
joelhos em milhos reza castigal
O céu insiste em aurora
e eu vou descendo o milharal
meus dedos nos grãos do terço
me perco entre o bem e o mal
O céu existe em aurora
e eu vou descendo o milharal
eu vejo um brilho distante
a luz do som soa o sinal
O céu insiste em aurora
e eu vou descendo o milharal
em chamas se espalha a fumaça
cegueira de ignorância e desprezo
fazendo do céu da vida um cinzeiro
ar tóxico veneno
humanos óxido corrosivo elemento
tristes corações derretendo
as esperanças do bem verdadeiro
centelho por centelho
então vou de encontro sem medo
nessa terra de humanos megeros
ao fim do tempo meu final
O céu se extingue em aurora
e eu vou descendo o milharal
Floresta
Em uma noite escura, em que o silêncio é profundo e vasto,
a floresta se ergueu como um mistério absoluto.
Seu verde é como um véu de um segredo exaustivo.
As árvores representam as torres de um reino antigo.
Seus galhos entrelaçados, destino misterioso.
O caminho é entre sombras e ecos.
No labirinto verde, a jornada é repleta de desafios.
Os passos parecem ecoar no tapete de folhas.
Cada caminhada se desfaz em escuridão.
Mas há uma luz que o coração sente.
O brilho distante é a visão eterna.
Na escuridão, brilha um fio de esperança.
Guiando o viajante por meio de um véu.
O brilho é bastante promissor.
A revelação do segredo do céu.
Ao encontro da luz que transcende o véu.
Na floresta, onde o mistério é a principal característica.
O caminho se abre e surge um novo papel.
Onde a esperança dança e a alma, finalmente,
com a luz que é sua própria dimensão.
A noite a luz da lua
no leito em desalinho
languida te escondes.
Entre xales e lençóis
a pobreza do que somos,
dois eternos enamorados
que a distância nos amamos.
Teus lábios,
duas pétalas de flor
orvalhados de amargura
contam segredos as paredes
neste quarto em bolor.
Mais um dia se finda
Com humildade a noite pede licença
Para logo ocupar o seu lugar.
Na mesa da cozinha,
Flores emprestadas da postagem de alguém
Hão ainda de enfeitar a mesa do jantar.
No fogão, borbulhando na panela
Uma doce iguaria,
Com aroma de cravo e canela.
E assim a vida segue...
De verdades e algumas mentirinhas
Que fazem parte do nosso cotidiano
Pois nem só trabalho vive o ser humano.
Paralisia do Silêncio
O silêncio, tão denso quanto a noite, não veio pela calma, mas pelo medo. Ele se instalou nas palavras que nunca foram ditas, nas mãos que não se tocam mais, nas promessas que ficaram no ar, suspensas entre o desejo de acertar e o temor de errar. Cada olhar fugidio, cada suspiro contido, revela uma alma paralisada, sem direção, presa em um labirinto de incertezas.
O silêncio é um campo minado, onde cada passo hesitante pode desencadear uma explosão de dores veladas. Ele é o eco da insegurança, uma muralha invisível que se ergueu entre dois corações que, outrora, pulsavam em uníssono. E agora, o amor que antes era um farol se perde na escuridão, sem saber para onde ir, sem ter para onde correr.
Neste silêncio, há uma busca desesperada por segurança, por não errar mais, por não perder o que resta. Mas, ao mesmo tempo, há o receio de que, ao tentar se mover, tudo desmorone. O silêncio, então, se torna um refúgio doloroso, um esconderijo onde o coração se protege do que não pode controlar.
E assim, paralisados, permanecemos em um espaço onde o medo de perder fala mais alto do que a vontade de encontrar o caminho.
Strega
Nas entranhas da noite, ecoa o murmúrio,
Uma mulher de poder, bruxa, em seu retiro.
Amante de si mesma e da natureza,
Sua alma liberta, dança com a beleza.
Entre véus de mistérios, ela se desenha,
Palavras sussurradas, como folhas que se empenham.
No silêncio, seus passos reverberam,
Na dança da lua, seus encantos se aclaram.
Autêntica, feito pássaro que rompe a gaiola,
No coração da floresta, ela se encolhe e se desenrola.
Em sombras, inspiraria a prosa,
Dessa bruxa que se entrelaça com a neblina misteriosa.
Na solitude, ela é sua própria amante,
A teia de seu ser, um laço vibrante.
Sua magia, um eco nos recantos da existência,
Como em si, em palavras, sutilmente intensa.
Nas sombras danço, bruxa poderosa,
No manto da noite, misteriosa.
Feitiços tecidos com fios de lua,
Minha essência, uma chama nua.
Olhos que refletem o breu estelar,
Magia pulsante no ar a pairar.
A noite, em sombras, inspiraria,
A força que em mim se anuncia.
No silêncio, sussurros de encanto,
Mistérios entrelaçados, a quebrar o quebranto.
Entre feitiços e segredos a esvoaçar,
Sou a bruxa que a noite vem buscar.
Sigo trilhas obscuras com passos firmes,
Minha magia, como pássaro que voa sem rédeas.
Minha alma, nas entrelinhas, desvendaria,
A alma da bruxa que a escuridão guia.
Eu sei que o dia está cheio amanhã e sei que a cabeça está cheia esta noite, mas você concorda que remoer o que não dá para ser feito agora só vai minar teu son(h)o? Então respira fundo, relaxa, esvazia a mente. E tenha um sonho daqueles bons – daqueles que te faz levantar sorrindo.
Verdades / Certezas / Evidências !???
Em noite de sol nascente da manhã seguinte,
Tem mundo que gira no amanhã do ontem,
Palavra entalhada na água,
Um lado julgado de duas versões,
É nó na língua, na letra a se afrouxar,
Do que se vê, verá...
Do que se fala, falará...
Do que se ouvi, ouvirá...
Verdades, Certezas, Evidencias !
Disse-te adeus -
Nessa noite de Setembro
disse-te adeus, bem me lembro
noite fria, noite calma,
nunca mais nasceu o dia
e passou a ventania
pela tarde da minha alma.
Prendeu-se-te aos ombros
por silêncios, entre escombros
uma noite tão funda,
e porque ficaste tu assim
como se fosse o teu fim
mar parado que me inunda?!
Como se acabasses para sempre
o teu corpo já nem sente
que tudo é frio e nostalgia,
em mim não nasce nada
sou todo água parada
nunca mais nasceu o dia.
Completam-se hoje15 longos dias da sua ausência Avó. Dificil. Saudade. Muita. Tanta.
“No Vazio da Meia Noite”
No vazio da meia-noite já fiz de tudo, fiz poesias e deixei algumas sumirem no vazio de meus pensamentos, já joguei e perdi noites na raiva com algumas fases tanto dos jogos quanto da vida, ri bastante e tive crises absurdas.
No vazio da meia-noite já caí de sono ao chegar da faculdade ou ao fazer um trabalho no notebook, já perdi noites de sono ou por insônia própria ou por insônia imposta, muitos amores foram descobertos e perdidos ao silêncio de tais horas, no vazio da meia-noite escrevi esse poema e de repente escrevo mais dez ou perco o foco e vou ler algo, mas por algum motivo independente do Vazio dessa meia noites sempre tive algo em mente. Ela chegará, tenha calma, e aqui estou me deparo com tal promessa em mais uma meia-noite, espero que ela se cumpra, mas não tenho pressa, porque no Vazio da meia-noite eu lhe encontro nos meus sonhos.
Procurei essa noite seu cheiro nas perfumarias da cidade. Me coloquei a cheirar todos, porém nada… Nem os mais caros, nem os mais vistosos, nem os mais exóticos.
Voltei para o quarto, e quando encostei a cabeça no travesseiro encontrei, quando tocou aquela música senti, quando vi aquela cena em que a criança sorri para a mãe e ela o abraça com seu abraço mais fraternal, pensei “ela está aqui”.
Teu perfume me abraçou, sua mão invisível me tocou e a voz doce, ressalto, me disse de novo…
- Por que, meu bem, não me fala sobre o amor?
Ele não quis jantar aquela noite,
Resolveu deixar espaço para as borboletas voarem no seu estômago.
Nem um copo de leite, nem um copo de suco,
Nem um copo de nada,
Não quis dormir.
Ele sentou na cadeira com o rangido quase infinito,
Olhou o relógio,
Olhou pra janela,
Olhou nas memórias,
Mas não quis jantar naquela noite.
À sombra de que nem todo clichê é válido,
A certeza iminente do fim,
A raiva por aceitar que: é a vida.
Falta dó impalpável mesmo achando ter vivido cada segundo como se fosse o último .
Olhou pra dentro
Respirou fundo
Tentou achar razão e até cochilar
Mas não quis jantar naquela noite."
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