Néctar
ARREDIO
Sou beija-flor a suplicar lhe o néctar
Sou sol ameno a acariciar lhes as pétalas
Sou poesia escrita em tabuletas sem valor
Sou vaso de barro vazio e as vezes arredio
Mas sempre aberto e pronto
A se encher e transbordar de AMOR.
As flores do meu jardim
já não são as mesmas...
Levaram delas o néctar sem pedir licença
e num ato de indecência,
plagiaram a fragrância que a natureza lhes deu!
Beija flor...
Que lábios gostosos de beijar;
Saboreando o teu doce néctar eu fico,
Sentindo o perfume de suas pétalas me embriago,
Amo-te tanto flor que para te beijar eu paro no ar...
Sortudo beija-flor;
Que vai de flor em flor, vivendo de goles do amor...
Doces e açucarados sabores,
Dançando e seduzindo seus amores...
Talvez ele só beba do néctar para cicatrizar as feridas;
Vive morrendo de saudades da gardênia amiga,
Que o enfeitiçou com seu perfume e desapareceu, sem adeus nem despedida,
E agora vive assim, acabou de chegar, mas, já esta de partida!
Mesmo amando não se apega mais a ninguém;
É melhor ser solitário do que esperar por um amor que não vem,
Muitos pensaram ter encontrado seu grande amor e hoje sofrem também,
O verdadeiro amor não da para se explicar, pois, das nossas compreensões esta muito além!
Eu vivo de flores...
De beijos doces...
De sabores...
Experimentando todos os dias novos amores...
Por Igor Barros
Lábios de amoras ao sabor do vento.
Doce, transparente, néctar silvestre
aroma cativante, magicamente envolvente
do campo, da terra, paladar eloquente!
Que gostoso me imaginar ser seu beija flor e beijar sua flor, deliciar-me do seu néctar, me perder no meio de suas pétalas sedosas, sentir sua pele quente, úmida e macia, o aroma do seu perfume enebriante e envolvente, encaixar nos seus lábios os meus e entregar -me no seu desejo... provar de você e me perder na fantasia do seu sonho.
E da semente nasceu a flor; da flor a abelha pegou o néctar; do néctar surgiu o mel; do mel o urso se alimentou; do urso o desenho se inspirou; do desenho a criança parou; da criança cresceu um sujeito; o sujeito comprou um buquê de flores; das flores sementes caíram no chão; da semente o pássaro se alimentou; do pássaro a moça se inspirou; da inspiração nasceu o amor.
Tantas formas de amor que sinto, a confusão me toma os sabores, pois em cada néctar existencial, individual e talvez solido, me complico nas escolhas.
Porem aprendi a apreciar este saboroso conhecimento com você...
CALAR DE AMOR
Beija-me, como beija um beija-flor...
Esse néctar, esse aroma florido
esse doce, do doce amor.
E como uma flor de rosa
abrocharei, a prosa da alegria
nesse momento de esplendor.
E no aroma desse dia
flutuarei com meu sentimentos
sobre o céu da nostalgia.
Beija-me como beija um beija-flor
no calor desses lábios fartos
que por ti, cala de amor.
Antonio Montes
...E nesse azul sublime
lambo as flores, sorvo seu néctar,
brinco de ser feliz.
Engano a vida em todos os tons de azul dos meus devaneios.
Quando as flores findam,
As colmeias gritam sem néctar,
O quê sobrou pra mim?
A amargura de uma flor, enfim!
Sonda-te ó minha mente,
Sabes o que tu fizeste?
Fumaça, fogo, ácido úrico,
gritos e gemidos, triste fim!
Se das verdes gramas
Tu desfaz a clorofila,
Com destreza as aniquilam,
Em seu nome as outorga!
"Existe em mim uma estranha mescla entre o néctar dos deuses e o ácido do limão... Difícil é dosar, para que um não se sobreponha ao outro..."
Marli D.H.F.
O ideal é:
Que não se perca a esperança, pois ela é o néctar que sustenta,
Que tenhamos sempre uma palavra que conforta,
Que no rosto conservemos uma sorriso, pois ele enriquece,
Que ofereçamos a quem precise, nosso abraço mais apertado...
Que tenhamos sempre carinho pra dar, mas não na medida certa e sim que transborde e faça bem...
Que nossos olhos estejam sempre abertos e que nada os ofusque, pois assim podemos enxergar a maravilhosa beleza e o quão simples é a vida...
Enquanto Morfeu não me embriaga, experimento o amargo do fel, o azedar do néctar. Quando se ama de verdade, às vezes é preciso soltar a ave, ansiosa por planar na amplidão. É impossível traçar seu caminho entre nuvens tempestuosas outrora céu azul anil límpido. Mas é preciso libertá-la da gaiola, vivendo na dúvida da perca para sempre ou do retorno para casa. Arrependimento inexistente por não podar-lhe a asa, o que seria uma atitude egoísta. Quando se ama, é preciso saber o momento em que se liberta. E o dono, entre aspas, nem tão dono, retorna a ave ao mundo que tanto sonhara. Ao encontro de outra ave. À espera que um dia, ela voe de volta ao ninho.
Fidelidade é... Um néctar raro da rosa, e só é sorvido pelo seleto e também fiel bem-te-vi!
As ilusões das concupiscências da carne, dos olhos, se desvaneceram ao primeiro olhar, voar sobre o jardim paradisíaco.