Não posso
Você é a minha paixão a distância
Como as estrelas no espaço
Eu não posso toca-las
Posso apenas observa-las a distância.
Você é a minha paixão a distância
Como a lua e sua importância para a galáxia
Eu não posso toca-la
Mas posso observa-la
Admira-la apaixonadamente a distância."
Não é que eu não queira, também que não posso, mas é o meu corpo, não eu, e dele depende o meu agora existir. Assim, o meu maior pecado é ser humano, é saber como obter a vida eterna e ainda assim, ser incapaz de justificar os motivos pelo qual repito e me repito naquilo que sei está em oposição ao que é certo, só porque sou apenas um ser humano.
Meu coração pede socorro e ele quer gritar, porque eu te amo, mas eu não posso te esperar.
Quem tem Força, Abusa
Ao escrever esse texto, não posso esquecer de citar Monteiro, àquele Lobato,nascido em taubaté,ativista, diretor e produtor brasileiro. Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções.
"A Natureza sabe o que faz. Põe as frutas grandes no chão e as pequenas em árvores."
Monteiro Lobato, 18 de abril de 1882, Taubaté, São Paulo ; Falecimento: 4 de julho de 1948, São Paulo, São Paulo
A coisa que menos me mete medo é o futuro,nunca no mundo uma bala matou uma idéia. Loucura? Sonho? Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira,mas tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum.
A natureza criou o tapete sem fim que recobre a terra. Dentro da pelagem deste tapete, vivem todos os animais respeitosamente, nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem.
Difícil é amar o próximo, amar quem está longe é fácil. Tudo vale a pena, se a alma não é pequena. Mas, uma alma se apequena quando ela imagina que precisa ficar restrita e guardada dentro de si.
Na vida, quando você vem andando ou até mesmo caminhando com uma vela acesa nas mãos e você encontra com uma outra pessoa que está com a vela apagada, então você cede sua chama a alguém e as duas pessoas são beneficiadas. Afinal de contas, parte daquilo que é a partilha representa exatamente a nossa condição de nós iluminarmos mais a nossa trajetória e uma das coisas é: juntos e juntas seremos capazes do ainda dá. Uma pergunta que me fizeram muito esse ano, é o fato de que tendo uma duração longa para nossa capacidade de paciência, esse momento pandêmico leva as pessoas a terem uma agonia muito grande, impaciência. Eu estou muito angustiado, impaciente, como eu faço para sair dessa angústia? Evidentemente que eu tenho meus limites no campo da filosofia e existem outras áreas do conhecimento que oferecem ferramentas muito mais apropriadas para que a pessoa deixe aquele estado de angústia, inclusive no campo dos fármacos, não é a minha área, mas eu digo que o seguinte e talvez o que eu vá dizer agora, vou repetir dezenas de vezes, mas eu continuarei insistindo: "a única saída para que a gente persista e vá buscar e acima de tudo e não perca a vitalidade que a esperança carrega, é lembrar da frase estupenda de um filósofo americano do início do século 19, Ralph Waldo Emerson, ele tem uma expressão que é fortíssima e que dizia: "torna-te necessário a alguém", a única maneira de eu e você não sentirmos nossa vida perder tempo, esvair-se, inútil, banal, ou autocentrata de modo exclusivo é: tornar-se necessário, torna-se necessária a alguém.Assim como é de cedo que se torce o pepino, também é trabalhando a criança que se consegue boa safra de adultos.
Sobreposição
Não posso desejar nenhuma outra vida, e, não poderia, pois apenas conheço um pouco da minha.
Meditações Metafísicas na sensibilidade
Eu que duvido, não posso duvidar de que quando duvido eu penso, mas para duvidar e pensar, tenho que existir e então eu existo.
Depois de Amanha
Depois de amanha, serei, finalmente,
O que hoje,
Não posso nunca ser
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho sede como dos desesperados de outrora
Tenho jeito, daqueles que ainda poderão existir,
Não que se faça pouco
Não que ainda seja ainda muito pouco
Não que eu não vá até lá
Tenho já o plano traçado
Mas não
Hoje, não traço planos
Apenas
Depois de amanha
Poema: (deso)lamento
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel
já não posso voltar atrás, consertar os desacertos
e desfazer tudo aquilo que me fez quebrar em pedaços tão pequenos,
me restando somente o futuro ora premeditado.
eu tento, tento remar com as mãos,
mesmo em frente à invencível tormenta,
mas, sabe, ainda estou aqui,
sofrendo, chorando e rindo de tudo e de mim mesmo,
ainda estou vivo, mesmo sabendo que o fim me espera.
então me debato,
choro e rio,
também me desespero,
choro e rio,
enquanto o doce abraço espero.
Como posso te amar?
Não posso.
Mas amo?
Acho que não. Espero que não.
Não é medo, é incerteza.
Compatibilidade de almas, incompatibilidade de corpos.
Não é uma miragem vivida,
é apenas uma realidade estendida—
como se o tempo fosse o mesmo para nós.
Mas não é.
Há uma vida de distância.
Talvez mais do que uma.
O que devo fazer em meio a essa realidade assustadora?
Nunca cheguei nessa parte.
Não sei ao certo pelo que me apaixonei,
se é que me apaixonei.
Seria seu riso doce, seu olhar de abrigo,
seu tom de intimidade, sua escuta ativa?
Talvez eu tenha me apaixonado pela forma
como me vi pelos teus olhos—
como se meu coração pudesse bater
e, pela primeira vez,
não houvesse nada de errado nisso.
Mesmo que não seja platônico,
preciso que seja!
Preciso ser como a Branca de Neve,
mas sem o príncipe.
Que ele nunca me beije.
Que eu nunca acorde.
Que isso fique aqui, onde é seguro:
dentro do meu próprio sonho.
Há pessoas com quem não posso tocar em determinados assuntos, pois devido a seus pensamentos deturpados à respeito, essas pessoas acabam me fazendo mal.
ESMAECIDO
Se não posso saciar a poesia, que clama
naquela viva sensação angelical e serena
ao leitor reter a atenção e emoção plena
igual o coração de quem ama, e chama
Que vale a pena atascar nesse panorama
sem afeto, sem ardor, sem qualquer pena
se na inspiração é essa ilusão que acena
versando, versando, e nela o mal derrama
E se a paixão a este sentimento me revela
se conquisto um olhar, e aquele doce amor
logo me vejo curvado ao sonho sem enlevo
É essa a quimera de tudo que eu escrevo
um suspiro cheio de sentir, e cheio de dor
esmaecido, e os versos aos pés da balela.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 junho 2024, 16’40” – Araguari, MG
Ho, Deus me ajude a esquece-lo, a lembrar cada dia menos. Sei que não posso tê-lo, insistir é me levar a um abismo onde já estive e não pretendo voltar. Lms
eu estou aqui todos estão lá ninguém entende minha grande forma de pensar não posso amar nem se permitir ser amado tristeza e genialidade andam lado a lado é um ser ou não ser muito difícil de ser desvendado
Disseram-me, "baixa a sua bola".
Respondi, não dá! Não posso me diminuir, pra caber dentro da sua mediocridade.