Nao me Peca pra te Esquecer
Eu não sei dançar, eu não sei contar piada, eu não sei escrever bem, eu não sei ser meiga, eu não sei tirar foto, eu não sei beber, eu não sei pular, eu não sei ser sexy, eu não sei ser nada… Eu não sei fazer nada, mas eu faço, eu danço mesmo, eu canto alto mesmo, eu tiro foto feia mesmo, eu tento ser meiga, eu bebo mesmo, eu conto piada sem graça mesmo. Só porque isso me faz feliz, eu não sei fazer, mas pelo menos eu sei ser feliz!
Sempre fui o tipo de garota que perdoa, que não julga, faço de tudo para ver a outra pessoa feliz, não sei dar um fora em alguém quando penso que vou magoar a pessoa, sempre tento fazer de tudo para um relacionamento dar certo por mais que eu esteja odiando. Penso muito nas pessoas, talvez devo parar de pensar nos outros e pensar mais em mim...
Porquê este meu jeito de ser? O que eu ganho ?
Ganho pessoas que fazem o que querem comigo se aproveitando deste meu jeito, pessoas que me magoam e fazem meu dia ficar ainda pior, ganho lágrimas e sofrimentos. E depois que tudo isso passar, a pessoa volta a pedir perdão e eu como sempre volto a dar confiança.
O que será que acontece com as pessoas ao meu redor, aparentemente ninguém possui sentimento algum, a maioria não se importa.
Mas não posso fazer nada se sou o oposto da maioria.
Não tenha medo de ser o que você exatamente é. Se alguém tiver de gostar de você, olhara primeiro seu coração. E se você demonstrar ser o que não é, como alguém iria gostar de alguém que não conheci de coração?
Quando os cavalos-marinhos encontram um companheiro, eles envolvem suas caudas para que a maré não os separe, e ficam juntos pro resto de suas vidas. Quando um deles morre, o outro morre também.
ALGUÉM QUER SER MEU CAVALO MARINHO?
Eu luminoso não sou. Nem sei que haja
Um poço mais remoto, e habitado
De cegas criaturas, de histórias e assombros.
Se, no fundo poço, que é o mundo
Secreto e intratável das águas interiores,
Uma roda de céu ondulando se alarga,
Digamos que é o mar: como o rápido canto
Ou apenas o eco, desenha no vazio irrespirável
O movimento de asas. O musgo é um silêncio,
E as cobras-d´água dobram rugas no céu,
Enquanto, devagar, as aves se recolhem.
digamos que você não seja assim
tão seguro e inteligente como diz
vai ver me trai toda semana
leva pra cama minha melhor amiga
faz intriga a meu respeito
fala mal dos meus defeitos
garanto que não usa a gravata que dei
pode ser que você não goste
dos beijos que diz gostar
faz tudo só por fazer e me testar
vai ver não tem nem emprego
pede dinheiro emprestado
bate com o carro no meio-fio
você não tem nenhum caráter
passou por mim e fingiu que não viu
vai ver você morre de medo
de se olhar no espelho de dia
seu saldo está no vermelho
seu cão morto de fome
e você com raiva da vida
digamos que você não seja solteiro
e eu entrei numa fria
O espelho reflecte certo;
não erra porque não pensa.
Pensar é essencialmente errar.
Errar é essencialmente estar cego e surdo.
Posso de repente entender e não sentir.
Estou habituada a não considerar perigoso pensar. Penso e não me impressiono.
Mas é que a verdade nunca me fez sentido. A verdade não me faz sentido! É por isso que eu a temia e a temo.
Ah, que banal. Até que ponto as circunstâncias não me favorecem, ou eu é que não favoreço as circunstâncias?
Um homem me disse que no Talmude falam de coisas que a gente não pode contar a muitos, há outras a poucos, e outras a ninguém. Acrescento: não quero contar nem a mim mesma certas coisas. Sinto que sei de umas verdades. Mas não sei se as entenderia mentalmente. E preciso amadurecer um pouco mais para me achegar a essas verdades.
A verdade não faz sentido, a grandeza do mundo me encolhe. Aquilo que provavelmente pedi e finalmente tive, veio no entanto me deixar carente como uma criança que anda sozinha pela terra. Tão carente que só o amor de todo o universo por mim poderia me consolar e me cumular, só um tal amor que a própria célula-ovo das coisas vibrasse com o que estou chamando de um amor. Daquilo a que na verdade apenas chamo mas sem saber-lhe o nome.
Quando resolvi fugir daquelas coisas torpes lá de fora não pensei que fosse tão fácil: na verdade foi tudo muito natural, como se um dia isso tivesse mesmo que acontecer, e exatamente dessa forma. Não precisei fazer esforço algum. Só deitar e esperar. A princípio ainda classificava lembranças e memórias, tinha consciência de um antes, um durante, um depois, de um real e um irreal, um tangível e um intangível, um humano e um divino: separava minha memória e meus conhecimentos em partes cuidadosamente distintas. Depois que ele começou a rondar minha janela, ou antes, não sei, tudo se confundiu num só bloco, e fiquei assim: esta massa compacta toda à superfície de si mesma. Não lembro de ninguém assim tão à flor de si mesmo: raiz, caule, folhas e frutos. Talvez eu esteja sendo gerado, não sei. Sei que falta pouco. Eu queria que não fosse assim, que não tivesse sido assim. Mas não consegui evitar. A semente recusava-se a vir à tona, eu nem sempre tinha tempo ou vontade de regá-la, e não chovia mais – foi isso que aconteceu.
Se soubesses da solidão desses meus primeiros passos. Não se parecia com a solidão de uma pessoa. Era como se eu já tivesse morrido e desse sozinha os primeiros passos em outra vida. E era como se a essa solidão chamassem de glória, e também eu sabia que era uma glória e tremia toda nessa glória divina primária que, não só eu não compreendia, como profundamente não a queria.
A pior descoberta foi a de que o mundo não é humano, e de que não somos humanos.
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