Nao me faz Andar pra Tras e nem Ficar Parado
MEA-CULPA
Quando eu enfim
desembarcar desta viagem -
pelo andar da carruagem,
bem sei, não tardo -
eis meu pesado fardo
de pesares
culpas
remorsos
arrependimentos:
não ter aprendido
a dirigir, nadar, dançar
tocar um instrumento
não deixar herdeiros
nem legado
(além de um punhado
de poemas inacabados
planos frustrados
sonhos interrompidos)
ter magoado fulana, que não merecia
ter ofendido beltrano, e não me desculpado
ter amado sicrana, sem ter sido amado…
Mas deveras
hei de partir de coração partido
só por te haver jurado
amor eterno, e não cumprido.
Foi aí que o elevador parou e você entrou. Não sabia se antes ou depois ou no andar exato. Não sabia ainda se fugia ou cumprimentava. Era tarde. Você se comprimindo cada vez mais no canto. Encontro. Os olhos se esbarram doces, oblíquos. Perto da tua, minha pupila se dilata lenta. Náufrago em teu olhar de aparente mistério. Me perco. Fico aflito. O frio do suor nas palmas das mãos, tenho sempre tanto medo, os andares avançam depressa, vejo os cabelos, a boca, os ombros. Mas só nos olhos fixo em mudo apelo, clara maldição. Você ri. Alguma coisa se adensa. Também rio. O momento me esmaga por dentro. Preciso falar, e mais do que falar, preciso dizer. Essa coisa vasta, tola, funda ou ainda mais confusa. Preciso falar, preciso dizer. Repetir mil vezes a amargura de estar esperando por inteiro preso dentro dessa quietude indefinível. Um toque. O teu corpo cola-se ao meu, de leve, tão de leve que não arrisco um movimento sequer. Suspiro. Suspiras também. As respirações trêmulas descosturam o silêncio, os olhares alheios. Devassam pensamentos. Depois não sei, não sabemos. O elevador parou e você saiu. Na mesma espera soturna, no mesmo medo. Em outra direção.
Não disse nada.
Eu não disse nada também.
Eu gosto de dias com chuva
Eu não gosto de retas
Eu gosto de andar por calçadas mal feitas
Eu não gosto de poemas decorados
Eu gosto de um “Eu te amo” inesperado ao pé do ouvido
Eu gosto do manchado, do quebrado
Eu não gosto de rosto sério
Eu gosto da gargalhada na hora imprópria
Eu não gosto de estradas sem flores
Eu gosto do cãozinho sarnento solto na rua
Eu gosto do desenho rabiscado da criança
Eu não gosto de agendas
Eu gosto do alfabeto dos bebês
Eu não gosto de restaurante francês
Eu gosto do que está por vir
E eu gosto de um modo especial de quem me faz sorrir..
Navegar no ar, andar no mar, mas de alguma forma alcançar onde aspiro chegar. não lamentar os tropeços e sabendo que as lagrimas me irrigam os olhos aperfeiçoando a visão.
"Melhor que andar e jogar migalhas de pão para não se perder no caminho, é espalhar sementes. Embora venha a se perder, jamais passará fome".
nosso ser não é feito só de pensamentos pois nada diz mais sobre você do que seu jeito de andar e falar.
Sonho apenas em ser feliz
Em encontrar um só caminho
Para que por outros
Eu não volte mais andar
#Gianiffer_Stella
Andar Agreste
Autor: LCF
1
Se pretendemos caminhar neste mundo tão insaciável;
Porque não fingimos também ser outras pessoas?
Um novo caminho para andar... um novo sonho pra sonhar... o deserto não é o teu lugar.... uma nova vida Ele prometeu, a todo aquele que nele creu... O mar à sua frente se abrirá..."
Dar aula é como aprender a andar de bicicleta... você lembra dos tombos que já levou, mas não sabe dos tombos que te esperam
Não diga que queres andar sozinha se não entende o significado da solidão... Tenha coragem para continuar a sua própria busca sem depender de nada nem de ninguém;
Amor sem esperança é um amor mórbido... Sem emoção de viver e sem exemplo para quem a admira...
Hoje sou toda não sei da onde
Nada me cabe bem
Essa voz desafinada
Esse andar meio torto
Essa tendência a ver graça
Essa criança que me habita
Não sei nem de onde vem
Essa minha cara de gringa
E sem medo algum, pulei do ultimo andar, de cabeça,e o chão não me assusta. O que eu gosto mesmo é esse vento no cabelo, o frio na barriga e a sensaçao de liberdade.
Não quero ser igual a toda a gente
Eu gosto de andar na contramão
Me diz mais um silêncio eloquente
Do que as vozes de toda a multidão.
