Não Ignore uma Pessoa
Acredite, a mesma pessoa que fala mal de mim para você, pode estar falando mal de você comigo. Fica a dica.
Eu não entendo. Honestamente, é demais pra mim. Como pode uma pessoa dizer que ama, fazer juras de amor e milhares de promessas baratas e num belo dia resolver ir embora?
Lá na infância
Qualquer pessoa que já tenha se separado e tenha filhos sabe como a gente se preocupa com a reação deles e procura amenizar qualquer estrago provocado por essa desestruturação. É preciso munir-se de muito respeito, delicadeza e amor para que essa ruptura seja bem assimilada e não produza traumas e inseguranças.
Muito do que somos hoje, do que sofremos e do que superamos, tem a ver com aquele lugar chamado "infância", que nem sempre é um paraíso. Por mais que tenhamos brincado e recebido afeto, é lá na infância que começamos a nos formar e a nos deformar através de medos, dúvidas, sensações de abandono e, principalmente, através da busca de identidade.
Por tudo isso, estou até agora encantada com a leitura de Marcas de Nascença, fenomenal livro da canadense Nancy Huston e que deixo como dica antes de sair de férias. O livro é narrado por quatro crianças de uma mesma família, em épocas diferentes, todas quando tinham seis anos: primeiro, um garotinho totalmente presunçoso, morador da Califórnia, em 2004. Depois, o relato do pai dele, quando este também tinha seis anos, em 1982. A seguir, a avó, em 1962, e por fim a bisavó, em 1944. Ou seja, é um romance genealogicamente invertido, começando logo após o 11 de Setembro e terminando durante a Segunda Guerra Mundial, mas é também um romance psicanalítico, e é aí que se torna genial: relata com bom humor e sem sentimentalismo todo o caldeirão de emoções da infância, mostrando como nossas feridas infantis seguem abertas a longo prazo, como as fendas familiares determinam nossos futuros ódios e preconceitos e como somos "construídos" a partir das nossas dores e das nossas ilusões. Mas tudo isso numa narrativa sem ranço, absolutamente cativante, diria até alegre, mesmo diante dessas pequenas tragédias íntimas.
A autora é bastante conhecida fora do Brasil e ela própria, aos seis anos, foi abandonada pela mãe, o que explica muito do seu fascínio sobre as marcas que a infância nos impõe vida afora. É incrível como ela consegue traduzir os pensamentos infantis (que muitas vezes são adultos demais para a idade dos personagens, mas tudo bem), demonstrando que toda criança é uma observadora perspicaz do universo e que não despreza nada do que capta: toda informação e todo sentimento será transformado em traço de personalidade.
Comecei falando de separação, que é o fantasma familiar mais comum, mas há diversas outras questões que são consideradas "linhas de falha" pela autora e que são transmitidas de geração para geração. Permissividade demais gerando criaturinhas manipuladoras, mudanças constantes de endereço e de cidade provocando um desenraizamento perturbador, o testemunho constante de brigas entre pessoas que se dizem amar, promessas não-cumpridas, pais que trabalham excessivamente, a religião despertando culpas, a política induzindo a discordâncias e exílios, até mesmo uma boneca muito desejada que nunca chegou às nossas mãos: tudo o que nos aconteceu na infância ou o que não nos aconteceu acaba deixando marcas para sempre. Fazer o quê? Em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria. Todos temos nossas dores de estimação. O que nos diferencia uns dos outros é a capacidade de conviver amigavelmente com elas.
Uma pessoa que te conhece verdadeiramente, consegue reconhecer a tristeza, no seu mais largo sorriso.
Cada pessoa sabe a dor que carrega dentro do peito. A caminhada é longa, silenciosa aos olhos do outro e um turbilhão de emoções dentro de si. No percurso de uma jornada de sonhos, existem os muitos obstáculos a serem ultrapassados, quem está de fora, não percebe seus passos, suas dores, inquietude, incertezas e certezas, não percebe os pequenos avanços que para você é significativo. E quando chega o dia da sua estrela brilhar, lá estará você preparado para receber a benção merecida de uma vida de sonhos, lutas e coragem por acreditar no que parecia tao distante. Neste momento, todos os olhares se voltam para você, então, você agora tem a certeza que chegou a hora de comemorar e vivenciar a abundância esperada por tanto tempo. E você enche o peito de orgulho e com a confiança de que valeu a pena abrir mão de tantas outras possibilidades. E agora? Bom, existem pessoas que não se aquieta, lá está ele novamente com novos projetos, com novos sonhos, porque agora definitivamente aprendeu que pode ir mais adiante e com mais lucidez. Um sonho só é possível ser realizado quando se tem um propósito de vida, quando se acredita mesmo quando tudo ainda não está visível aos olhos do outro, quando se aventura e se permite ultrapassar de maneira consciente os obstáculos, quando se deixa transbordar a mais pura essência de uma única certeza, ou seja, a realização de seus sonhos. Eu não acho que seja simples, mas também não acho um absurdo você ter um sonho ou muitos sonhos e se planejar para conquistar. O que muita gente não entende é que essa jornada é solitária, sofrida e doida em alguns momentos, é preciso abrir mão de tantas outras possibilidades em prol do que se acredita, o percurso é longo, a caminhada é lenta e demorada, porque não é no tempo que desejamos. Muitos de nos temos a tendência do imediatismo, do aqui e agora, da busca do prazer rápido, não queremos adiar nada e nos frustramos quando demora. A paciência é uma sabedoria conquistada por poucos, aprender lidar com a ansiedade, o medo, a preguiça e a falta é um passo a ser conquistado em primeiro lugar, pois assim, sua mente clareia, o universo colabora e as coisas caminham numa direção rumo à vitória. Boa sorte aos que estão nesta caminhada e tem um propósito de vida.
Quando a gente acredita que está amando uma pessoa que nos faz sofrer, na realidade o que está acontecendo é que deixamos de nos amar.
Ser fiel está muito além de beijar ou não outra pessoa.
Ser fiel é querer estar ali, mesmo quando se pode estar em qualquer outro lugar.
Há um mero ditado diz assim quem não valoriza a pessoa que esta te valorizando um dia sentira falta dessa valorização
Aquietar a alma em Deus, na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo, não só desenvolve uma paz interior, como serenidade para decidir, força para agir e coragem para reagir.
Sempre fui do tipo de pessoa que se fortalece na solidão. Não que eu adore estar sozinha o tempo todo, mas necessito disso na maior parte do tempo apenas para ter certeza de quem realmente sou. É como se eu deixasse de ser eu quando estou ao redor de pessoas que acham que me conhecem, mas não conhecem. Ninguém conhece. Nem eu mesma me reconheço quando estou na presença de alguém. E se tem algo que realmente me irrita é passar tempo demais presa na presença de qualquer ser humano. Preciso da solidão de vez em quando para colocar as minhas verdades no lugar e não me acostumar com as verdades de outras pessoas. E a verdade é que não estar sozinha me enfraquece, e muito.