Nao Gosto do que Vejo

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O dinheiro não traz a felicidade daquele que não o possui.

Somos inocentes, mas responsáveis. Inocentes perante aquele que já não existe, responsáveis perante nós próprios e os nossos semelhantes.

Uma casa sem mulher não tem tormentos nem glória.

Não há nada pior do que o dinheiro / na sociedade humana.

A morte fala-nos com uma voz profunda para não dizer nada.

A subtileza ainda não é inteligência. Às vezes os tolos e os loucos também são extraordinariamente subtis.

Com a sua intuição a juventude sabe que o mundo está cheio de forças; mas não chega a entender qual o papel que a fraqueza, nas suas diversas formas, desempenha no mundo.

Não sou obrigado a jurar sobre as palavras de nenhum mestre.

Não se é sempre estúpido por havê-lo sido várias vezes.

Em Março de 79

Farto de todos aqueles que com palavras fazem palavras mas onde não há uma linguagem;
Dirigi-me para a ilha coberta de neve.
A veação não conhece palavras.
As páginas em branco dispersam-se em todas as direcções.
Eu dei com vestígios de cascos de corça na neve.
Linguagem, mas nenhuma palavra.

O sonho é um túnel que passa por baixo da realidade. É um esgoto de água clara, mas não deixa de ser esgoto.

Cuidado com quem fixa os olhos no sol e não espirra.

Nenhuma mulher considera o marido realmente inteligente se é ciumento; tenha ele motivo ou não para sê-lo.

Tudo o que não é paixão tem um fundo de aborrecimento.

O dinheiro não pode fazer com que sejamos felizes; mas é a única coisa que nos compensa do fato de não o sermos.

Desprezo o verso que soa e não cria.

o lutador, na velhice,
conta à sua mulher o combate
que não devia ter perdido

Yosa Buson
O livro dos haikais. São Paulo: Massao Ohno, 1980.

Certamente é bom que o mundo conheça apenas a obra bela e não as suas origens nem as condições em que foi gerada; pois o conhecimento das fontes de onde provém a inspiração para o artista causaria frequentemente perturbação e espanto, neutralizando assim os efeitos da excelência.

Como Deus não pode alterar o passado, é obrigado a depender dos historiadores.

O penoso fardo de não ter nada para fazer.

Nicolas Boileau
BOILEAU, N., Epístolas