Nao Entendemos nada mas Continuamos Insistindo
Tudo que pudermos fazer no bem, não devemos adiar... Carecemos somar, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal... Ninguém tem o direito de se omitir.
Eu não quero dor. Eu não quero olhar no espelho e ver você escorrer, manchando minha maquiagem. É pelo medo de cair de novo que meus joelhos tremem. Eu quero, no mínimo uma garantia. E eu só preciso me desfocar do sonho que me deixa míope e enxergar além, ou melhor: enxergar o que está na minha cara. Antes de dormir rezei, pedi a Deus que perdoe tanta ingratidão de minha parte, por não enxergar tudo de bom que a vida me oferece.
Ah! quem há de exprimir, alma impotente e escrava,
O que a boca não diz, o que a mão não escreve?
— Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e, em breve,
Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...
O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava;
A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...
E a Palavra pesada abafa a Idéia leve,
Que, perfume e clarão, refulgia e voava.
Quem o molde achará para a expressão de tudo?
Ai! quem há de dizer as ânsias infinitas
Do sonho? e o céu que foge à mão que se levanta?
E a ira muda? e o asco mudo? e o desespero mudo?
E as palavras de fé que nunca foram ditas?
E as confissões de amor que morrem na garganta?
Não interprete ao pé da letra. Pelo corpo do texto estão as partes que compõem o sentido.
Esta regra vale para as relações humanas. É no conjunto dos detalhes que nos revelamos.
Mas na revelação há sempre a prevalência do mistério, o que no outro nunca é acessível.
A Hermenêutica é sempre bem vinda.
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho.
Nota: Trecho da música "Sozinho"
"Amar é sofrer. Para evitar sofrer não se deve amar. Mas então uma pessoa sofre por não amar. Portanto, amar é sofrer. Não amar é sofrer. Sofrer é sofrer. Ser feliz, é amar. Ser feliz, então, é sofrer. Mas o sofrimento faz-nos infelizes. Logo, para se ser infeliz é preciso amar, ou amar para sofrer, ou sofrer por se ser demasiado feliz."
[...] Mas imperfeito é tudo, nem há poente tão belo que o não pudesse ser mais, ou brisa leve que nos dê sono que não pudesse dar-nos um sono mais calmo ainda. E assim, contempladores iguais das montanhas e das estátuas, gozando os dias como os livros, sonhando tudo, sobretudo, para o converter na nossa íntima substância, faremos também descrições e análises, que, uma vez feitas, passarão a ser coisas alheias, que podemos gozar como se viessem na tarde. Não é este o conceito dos pessimistas, como aquele de Vigny, para quem a vida é uma cadeia, onde ele tecia palha para se distrair. Ser pessimista é tomar qualquer coisa como trágico, e essa atitude é um exagero e um incómodo. Não temos, é certo, um conceito de valia que apliquemos à obra que produzimos. Produzimo-la, é certo, para nos distrair, porém não como o preso que tece a palha, para se distrair do Destino, senão da menina que borda almofadas, para se distrair, sem mais nada.
Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde ela me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os
que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cômodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.
Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro. Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem. Se não o lerem, nem se entretiverem, será bem também.
Não descobriremos terras novas se não nos atrevermos a perder de vista a margem durante longo tempo.
Embora me desse a impressão de que era dessas pessoas que não podiam ser feliz em lugar algum. Era um homem muito reservado e às vezes eu achava que o mundo e as pessoas tinham deixado de lhe interessar.Eu tive a impressão de que Julián vivia no passado, fechado com as suas lembranças. Julián vivia dentro de casa, para seus livros e dentro deles, como um prisioneiro de luxo.
Era muito impressionável e acreditava em tudo o que existia e no que não existia também. Mas não sabia enfeitar a realidade. Para ela a realidade era demais para ser acreditada. Aliás a palavra “realidade” não lhe dizia nada. Nem a mim, por Deus.
Também Maneca Dantas não sabe por que diabo essa gente engana marido, com tanto perigo, ainda se dá ao luxo de escrever cartinhas de amor. Coisa de idiota...”
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