Nao Entendemos nada mas Continuamos Insistindo

A virtude não passa de tentação insuficiente.

O prazer que um objeto nos proporciona não se encontra no próprio objeto. A imaginação embeleza-o, cercando-o e quase o irradiando com imagens estimadas. Em suma, no objeto amamos aquilo que nós mesmos colocamos nele.

A calúnia é como uma vespa que o importuna e contra a qual não se deve fazer qualquer movimento, a não ser que se tenha a certeza de a matar.

Não há no mundo palavras tão convincentes como as lágrimas.

Não é a moeda forte que faz o país. O país é que faz a moeda forte.

O homem moderno não combate as calamidades com a humildade; descobriu que elas devem ser combatidas com os conhecimentos científicos.

Em primeiro lugar é o universo que deve ser interrogado sobre o homem e não o homem sobre o universo.

As oportunidades do indivíduo não as definiremos em termos de felicidade, mas em termos de liberdade.

A vida, para os desconfiados e os temerosos, não é vida, mas uma morte constante.

Não há dúvida, o cão é fiel. E por isso devemos tomá-lo como exemplo? No fundo, é fiel ao homem, não ao cão.

Há quem morra desconhecido por não ter tido um teatro diferente.

O homem pode amar o seu semelhante até ao ponto de morrer por ele; mas não o ama tanto que trabalhe em seu favor.

As oportunidades não abundam, e raramente as encontramos uma segunda vez.

A poesia não está nem nos pensamentos, nem nas coisas, nem nas palavras; ela não é nem filosofia, nem descrição, nem eloquência: ela é inflexão.

O gosto só pode ser educado pela contemplação não do que é razoavelmente bom, mas daquilo que é puramente excelente. Só revisando apenas os melhores trabalhos que já fiz é que posso estabelecer um padrão para o futuro.

O escritor original não é aquele que não imita ninguém, mas sim aquele que ninguém pode imitar.

A força bruta, quando não é governada pela razão, desmorona sob o seu próprio peso.

O mentiroso não se lembra das mentiras que profere.

Acreditar naquilo que é possível, não é fé, mas simples filosofia.

Há que trabalhar, ainda que não seja por gosto, ao menos por desespero, uma vez que, bem vistas as coisas, trabalhar é menos aborrecido do que divertirmo-nos.