Nao Conto Detalhes e muito menos

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Meus sentimentos já não são os mesmos.
Tudo aquilo que um dia existiu em mim por você simplesmente se perdeu no tempo e nas suas atitudes. O que eu sentia morreu aos poucos, até sobrar só indiferença. Não tenho mais a mesma entrega, não tenho mais o mesmo olhar, não tenho mais o mesmo coração voltado pra você.
Hoje eu vejo claro: o que restou não é amor, é apenas lembrança. E lembrança não sustenta nada.

Glaucia Araújo

Ainda lembro de você, mas não como antes.
A lembrança existe, mas já não me pesa. Você faz parte da minha história, não do meu presente. O que um dia foi forte, hoje é apenas rastro, eco distante que não me afeta mais. Lembro porque vivi, mas não porque ainda sinto. Você ficou no passado, e é lá que vai continuar morto e enterrado.

O que você me faz imaginar não é só físico…
é como se vc tivesse o poder de misturar calma e desejo, alma e pele, silêncio e intensidade.Você me faz imaginar um espaço onde eu te descubro devagar, onde cada parte sua revela um arrepio novo, e onde o tempo desaparece porque tudo o que importa é sentir você mesmo que na minha mente. É mais que desejo… é como se fosse um chamado da tua essência para a minha.
"Um encontro de almas gêmeas"


(02 de setembro de 2025)

Despedida


Não sinto mais sua falta
Acho que talvez não.
Faz tempo que não me pego pensando em você,
então não a sinto.


Sua partida me doeu tanto,
tanto que uma escala visual analógica não mensura,
tanto que o mundo se distraiu,
pra mim tudo parece hostil.


Me vi perdido no meio de uma multidão,
enxergava tudo e todos
através de uma TV da década de 1950.
Tanto que chega dói ao pensar
do tanto que estava a te esperar.


Essa história se complicou,
quase que carreguei o peso da culpa.
Agora não será mais o assunto
da minha sessão de terapia.


Tudo isso me causou estrago,
eu não — mas todo mundo via.


— Êmily Santos

E essa invisibilidade dói. Dói no peito, dói na alma. Porque ser mulher não é só existir. Ser mulher é ser inteira, é ser notada, é ser vivida e sentida. Mas eu? Eu só continuo aqui, triste, inteira e ignorada, como se minha essência fosse nada, como se meu ser não importasse

Glaucia B, Araújo

TE VEJO COM OS MEUS OLHOS


Uma presença pesada sussurra em meu interior,
"Não posso mais carregar".
Um vazio me consome, um grito que não posso mais calar.


Memórias que insistem em me alcançar, como o vai e vem das ondas.
Lembranças salgadas demais,
Inundam meus olhos e me prendem as margens desse mar.
Já tentei prosseguir, mas fico com a dor, do que não posso mais lembrar.


O esquecimento é uma sombra, que me segue por toda parte,
Um lembrete constante, do que perdi, do que não posso mais ter.
Tento fugir, mas a dor do esquecimento me alcança.


Ainda vejo, com os meus olhos, fantasmas do passado;
pesadelos que não posso mais sonhar.
Então, enlouqueço;
devo virar as costas para o mar do esquecimento que;
antes fora o meu lar.
Seguir em paz com a dor, que de tempos em tempos;
sinaliza para onde não devo mais voltar.


Kátia Terra.

Há algo divino no olhar de uma criança —
um brilho que não busca entender, apenas sentir. Ela não vê o mundo como ele é, mas como ele pode ser quando o coração está aberto.


A criança não teme o novo, ela o transforma em descoberta. Não se prende ao ontem, vive o agora com o encanto de quem vê milagres nas pequenas coisas.


Com um olhar puro, ela encontra beleza onde muitos veem rotina: num raio de sol atravessando a janela, no perfume da chuva, no abraço que chega sem motivo.


Se pudéssemos olhar a vida sempre assim,
descobriríamos que a felicidade nunca foi distante —ela sempre esteve nos gestos simples, nas risadas sinceras, na gratidão silenciosa de apenas existir.


Olhar o mundo com os olhos de uma criança
é permitir que o amor seja uma fonte natural,
que o tempo desacelere, e que a vida — mesmo imperfeita — seja um lugar de encantamento.


E que o tempo é a gente que faz ♡
Feliz Dia das Crianças!

"Eu sei... talvez não seja a hora certa pra escrever isso. Talvez eu esteja errado em insistir em algo que só existe em silêncio. Mas ainda assim, preo abrir meu coração — talvez pela última vez.

Eu penso em você. Todos os dias. E se um dia a vida mudar de direção e o seu caminho cruzar o meu de novo... talvez, só talvez, exista o nosso tempo.

Hoje não escrevo pra pedir nada. Nem resposta. Só te peço uma coisa: olhe pra dentro de si, com sinceridade. Não pra me responder — mas pra se responder.

Eu me faço essa pergunta todos os dias. E a minha resposta é sempre a mesma: seria um desperdício deixar essa vida sem ter vivido o que eu sonho viver com você.

Meu sentimento nunca mudou. Meu coração nunca te deixou. E mesmo que essa seja a última vez que eu escreva, quero que saiba: sempre que fecho os olhos, você ainda é o meu lugar favorito pra descansar o pensamento."

Você era minha última tentativa, a única que tentei segurar, e no fim tive que deixar ir, pois não era comigo que estaria feliz.
Sinto-me perdido, meu coração pede para não deixar você ir, mas ele precisa entender que não é a mim que seu amor pertence.
Infelizmente, não fui o suficiente para despertar em ti o amor que tanto pedi, com lágrimas nos olhos.
Hoje faço minha pior escolha: deixar você ir.

Não desanime.
Mesmo quando o caminho parece longo
e o cansaço pesa nos ombros,
há um Deus que te sustenta passo a passo.


Ele conhece suas dores,
ouve suas orações silenciosas
e prepara respostas no tempo certo.


Respire fundo, levante os olhos
e siga — o recomeço que você espera
pode estar bem perto de chegar.


— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Se não fosse o arrependimento me ajuda a entender a necessidade de mudar hábitos, crenças e critérios! Poderia viver o resto de meus dias perdendo tudo de melhor por insistir num engano, só por viver na arrogância do orgulho de nunca ter a humildade de assumir os erros do passado.
Por isto valorizo demais a redenção através da verdade.

O bom de não ter fé ancorada no Poder,
É que o templo de Deus não me pode vender.
Eu vejo o ouro farto, a luxúria em excesso,
Em nome da miséria que busca algum acesso.
​O homem transformou a hóstia e o aleluia
Em moeda de troca, em astuta estratégia.
O Cristo de sandálias, despojado e simples,
Virou a estampa rica em templos de cúpulas.
​Exigem o suor, a última moeda,
Prometendo o Céu, enquanto a Terra se veda.
A fé virou imposto, o medo, um credor,
E a Casa de Oração, um vasto cobrador.
​Eu busco o divino no canto do pobre,
Na ação que conforta, no gesto que é nobre.
Pois a verdadeira igreja, o que dela resta,
Não está na opulência, nem em faustosa festa.
​Ela vive no coração que se doa,
Livre do palácio que a graça magoa.
Minha crença é em Deus, não em quem se apropria
Do Livro Sagrado e da sua poesia.

Uma verdade óbvia, mas necessária para o seu ego: se você não existisse, você não faria diferença.





Imagine um irmão que nunca teve e imagine um irmão que teve, porém já se foi. Qual é o mais importante para você?

Você é como o irmão que nunca existiu, a única diferença é que você existe, mas a verdade é que você é substituível.

Não olhe para mim, sem que você liberte o amor que existe dentro de si!
Pois seus olhos são reflexos dos seus sentimentos. Olhe-me, então, da melhor forma que puder: deixe o amor de dentro, transbordar cá fora, livre da matéria. É onde tudo se transforma. Logo, posso ser eu também amor, quando você me vir.

“Gosto?”


por Santo da Favela


"Você não gosta de pessoas",
ela disse,
me olhando como quem tenta decifrar um defeito antigo.


"Eu só gosto do que não me prende",
eu disse,
"gosto do calor que não promete,
do toque que não tenta virar destino."


E no silêncio que veio depois,
percebi que ela entendia:
não era falta de amor —
era excesso de cicatriz.


— Valter Martins / Santo da Favela Poesia Marginal o Poeta das Ruas

As pessoas são complicadas.
Não importa se você já fez de tudo pra ajudar um amigo, se você já passou a noite acordado para ajudá-lo em algo, seja o que for, desde um trabalho até simplesmente seu ombro amigo, sua atenção e dedicação. Não importa o carinho, o cuidado e a cumplicidade que um dia existiu. Importa é se você comete um erro, é como se tivesse sido passada uma borracha na história de vocês. Isso leva à reflexão: Era recíproco ou utilitário? Bem, seja o que for, essas super pessoas à prova de erros não perdoam. E se você não está bem para corresponder à expectativa dessas pessoas? Piorou...
Chega uma hora que cansa demais. E você simplesmente segue.

E NÃO É?

Quem te quer bem e quer te ver feliz sabe de tuas necessidades, sabe te tuas aflições, tuas lutas, tuas vitórias e também de tuas quedas e quanto tu estás lá embaixo achando que não tem mais jeito, a pessoa está ali do teu lado te estendendo a mão pra te puxar pra cima, tá ali vigilante, interagindo, querendo saber de tua vida, sorrindo e chorando contigo, levantando o teu astral, te empurrando pra frente e não precisa estar presente (corpo), mas o fundamental (que é a alma) e mesmo( o que é raro) estando ausente essa amizade e o amor verdadeiro a gente sente!
E não tem essa de ligar pra ti e dizer: - Puxa que coisa, eu nem sabia... Claro que não sabia, se estivesse "presente" em tua vida não ligaria, estaria do teu lado SEMPRE!

O IRREPETÍVEL


Há acontecimentos na vida que não admitem reedição.
Por mais que a memória tente rearrumar as peças, por mais que o coração procure réplicas, por mais que o desejo se vista de esperança, certos encontros pertencem a um único instante do universo, e jamais regressam com a mesma força.


Não porque falte coragem.
Não porque falte amor.
Mas porque o caos — esse dramaturgo secreto — escreveu um enredo que não se repete.


Há amores que não voltam porque não nasceram para durar: nasceram para revelar.
Há paixões que nos atravessam como relâmpagos — belas, breves, devastadoras — e deixam em nós uma claridade que nenhuma rotina suporta.
E, ainda assim, tentamos.


Tentamos reescrever a história.
Tentamos transplantar a emoção de um corpo para outro, como quem tenta acender uma fogueira com cinzas frias.
Tentamos encaixar um novo rosto no formato exato do antigo.
Tentamos repetir o gesto, o riso, o perfume, o tremor, como quem repete feitiços que perderam o encanto.


Mas o coração não aceita imitadores.


O que nos marcou não foi apenas a pessoa — foi o instante.
A circunstância.
O invisível.
Aquela interseção secreta entre tempo e alma, onde algo se abriu dentro de nós e nunca mais fechou no mesmo lugar.


É inútil reinventar o que foi único.
O universo emocional não admite plágio.


Há feridas que só aquele corpo sabia curar.
Há abismos que só aquela voz sabia atravessar.
Há silêncios que só com aquele olhar faziam sentido.
Há vertigens que só aquele toque despertava.


Transferir esse sentimento para outro contexto é como tentar mover uma constelação inteira para outro céu.
Nenhum encaixe funciona.
A geometria do amor é exata demais para ser manipulada.


Talvez seja essa a beleza brutal da experiência humana:
nem tudo é reaproveitável.
Nem todo amor é reciclável.
Nem toda paixão sobrevive à tentativa de repetição.


O que vivemos uma vez, vivemos uma vez apenas.
E é justamente essa precariedade que faz do instante um milagre.


Não caberá em outro corpo.
Não caberá em outra história.
Não caberá em outra tentativa.


O máximo que podemos fazer é honrar a verdade do que sentimos — e seguir.
Não como quem busca substituições, mas como quem reconhece que há acontecimentos que são portas: abrem-se uma vez e nunca mais se repetem no mesmo lugar.


E talvez seja assim que o caos nos ensina:
não para que reconstruamos o que acabou,
mas para que aceitemos que o irrepetível também é uma forma de eternidade.

O IRREPETÍVEL


Há coisas que não se repetem.
Não por falta de tentativa, mas porque o mundo não devolve o mesmo vento duas vezes.


Você até buscou a fresta que um dia se abriu — a mesma luz, o mesmo acaso, a mesma vertigem. Procurou outro corpo onde a memória coubesse, outra pele com o mesmo ritmo secreto, outro olhar capaz de fazer a respiração errar o passo.
Mas não havia réplica.


O que aconteceu — aconteceu numa combinação que não se fabrica:
um gesto que não estava previsto,
uma falha no tempo,
uma distração do destino.
Foi ali que algo passou por você e não voltou.


Depois disso, tentou reorganizar o enigma.
Mudou a cena, trocou os nomes, alterou o cenário — e o milagre permaneceu imóvel, como se dissesse: não me convoque.
Há eventos que não obedecem.


Você percebeu tarde que não buscava outra pessoa.
Buscava o ruído exato daquele instante — aquele som que só seu coração reconheceu e nunca mais ouviu.
Mas não se captura o eco de algo que só existiu no momento em que rompeu o silêncio.


O resto é tentativa.
E tentativa tem outro brilho.


O que ficou não é lembrança, é marca:
um leve desvio na alma, um lugar onde o mundo tocou e retirou a mão antes que você entendesse o gesto.
Não há como refazer isso.
O universo não trabalha com versões revisadas.


Há histórias que não querem continuação.
Querem apenas ser o que foram:
um rasgo preciso,
um acontecimento sem repetição,
um idioma que você só escutou uma vez
e nunca mais soube pronunciar.

O Sofrimento do Jovem Werther

Se não me ver amanhã
Já sabe...
Terminei o livro
que ninguém leu

E se de mim
você sentir saudade
Pode me ver
no meu funeral

Pode levar flores
e um cartão postal
Com selo de estrelas
e um universo só seu

Não existe poesia
sem amor e sonho
E só é feliz
Quem um deles viveu

Se na minha peça
Faltarem personagens
Você pode ser a Julieta
e eu faço o Romeu

Na minha estante
tem espaço pros seus desenhos
Guarda pra mim um espaço
no seu coração

Ensaio o tempo todo
pra te chamar a sair
Mas morro de medo
que me diga não

E por isso continuamos
Assim...
Eu sou um verso
e você meu refrão.