Não Consigo
É véspera de Ano Novo,
e não consigo sentir
o perfume da liberdade,
Versejo como quem
grita aos quatro ventos
sem ser escutada;
E mesmo assim
com esperança
e fé na possibilidade.
É impossível fingir
que não escutei
reivindicações
pela liberdade
dos presos políticos
que mais uma vez
foi procrastinada;
Dói ver gente
que por ela não
estão fazendo nada.
Há sindicalistas,
nove comuneros,
gente campesina,
militares e gente
de todo o jeito,
e vozes resistindo
o quê os corações
não se calam
neste continente
que foi invadido
por radicalismo;
E me espanta que
há quem se assuste
porque conto tontos
e outros fatos
pedindo pela libertação
de todos e do General.
Se faz parte do passado, não consigo mais mudar, mas, posso aproveitar a lição e jogar o resto no lixo.
Consigo lembrar de todos os pratos gostosos que já comi, mas, não consigo lembrar do que continha sequer em um saco de lixo que joguei fora.
Água com gás
Vou te dizer o que me faz levantar
Sem ela não consigo sair do lugar
Seu gosto é a autêntica satisfação
Mal sou capaz de esboçar reação
Dominada, minha alma desabafa
Desejo sempre mais uma garrafa
O primeiro e o último pensamento
Encantado, elaboro um juramento
Quero tê-la comigo até o dia final
Nossa relação traz prazer abissal
Meu irmão, faz bem para a saúde
Sou tomado pela energia amiúde
Segunda-feira, sexta ou domingo
É parceira para enfrentar o perigo
Me acompanha por toda a pampa
Prenda esbelta e de fina estampa
Que a musa seja, enfim, revelada
E possa assumir qualquer parada
Tu que aqui chegaste descobrirás
Sim, sou louco por água com gás.
Olhando para o meu futuro,
nãoconsigoalçar meu infinito
dá vontade de fazer umas coisas como :
- Chorar o choro engasgado,
sorrir o sorriso permanente,
aventurar em algo surpreendente e indefinido.
Amar-me mais do que amei, perdoar mais do que perdoei
e tentar perpetuar o meu infinito tão desconhecido,deixando então minhas letras ordenadase espero que compreendidas,cravadas em poesia.
VOE COMIGO
Não consigo voar por mim mesmo, não fui agraciado com tal dom, mas é no mínimo curioso, o poder de voou, quando me permiti transcender minha próprio ignorância, e em silencio prestar atenção à vida.
Nisso, uma corujinha tyto se apresenta nos céus entre ás estrelas, seu voou, ninguém escuta, quem pode ver-la? seu canto é puro e poderoso como a fúria de um trovão. Branca como a neve, imagino seus olhos, castanhos avermelhados.
Logo atrás seu parceiro, juntos completam a dança nos céus, e por notar minha atenção, inclina sua cabeça e olha diretamente para mim, quase como que dizendo... "voe comigo".
PRESTE ATENÇÃO
Não consigo voar por mim mesmo, não fui agraciado com tal dom, mas é no mínimo curioso, o poder de voou, quando me permiti transcender minha próprio ignorância, e em silencio prestar atenção à vida.
Soneto da saudade tua
Não consigo ficar sem te escrever
cada cheiro teu que comigo ficou
tornou versos que comigo chorou
aqui nesta ditadura no meu viver
São sonetos que a paixão poetou
São momentos de amor sem ter
perdidos nesta dor, dói pra valer
latejando no coração, ali aportou
Sem o teu sorriso a quem recorrer
o teu olhar a recordação eternizou
os meus retalhos, estou sem coser
Por fim, vagueio, não sei onde vou
é trilha sem som, sem como finalizar
é tal saudade, que ainda não passou
Luciano Spagnol
2016, 07 de junho
Cerrado goiano
Sabe-se que
eles vem
sofrendo
todo o tipo
de castigo
e de sevícia;
Não consigo
ignorar este
gênero
de notícia,
e fingir que
não sinto.
Dizem que
o Major não
deixaram
terminar
o tratamento,
Até quando
Deus seguirá
em frente tanto
sofrimento?
Na prisão
de cinco letras
o maltrato vem
sendo diário,
Rostos corados
se foram pelo
ralo e estão
muito pálidos.
Onde está
a justiça?
Eis a nova cifra
de 193 militares
presos por
motivação política.
Meu Deus!
Essa história
não pode ser
considerada normal,
trago nestes versos
a dor reiterada
no ombro do General.
Nesta noite
latino-americana
de angústias
devastadoras
e urgentes,
não consigo
fechar os olhos
sem pensar
nas dores
crescentes
do ombro
do General
injustiçado
que na pessoa
dele venho
contando
a saga de todo
um povo que
como ele
vem sendo
perseguido.
Saber de
tanta gente
que se foi
e de quem
como ele
segue na vida
resistindo
me traz
ainda mais
para perto;
sei de gente
que o peito dói,
mas segue em
frente sorrindo.
Só não quero
saber de quem
compactua
torturando
e mentindo;
porque gente
assim até Deus
se desinteressou.
Não consigo
tergiversar,
Quando há
autoritarismo,
É recorrente
a lembrança
Do que corre
nas veias,
não vou virar
este capítulo.
Da semente
da rosa nômade:
Eis-me o espinho!
Falo de flores
no calabouço,
Tropas diluídas
e do sequestro
De um povo.
Como letra
do deserto,
Não calo
o verso
da estepe,
Sou poesia
florestal,
Não oferto
vida fácil
para quem
não merece.
Não consigo comemorar o dia 13 de maio enquanto não houver uma mudança drástica de mentalidade neste país. A real abolição ainda está muito distante para ser chamada como tal.
Não consigo conviver com essa guerra dos sexos com asteróides da mídia. Prefiro salvar a minha lucidez, o sonho e o romantismo.
Não consigo tirar você
da minha cabeça,
E tenho certeza que não
estou mais saindo da sua,
Você está na minha
e eu caidinha na sua,
Não consigo mais ir
contra o quê estava
escrito desde o primeiro
dia que te conheci,
E foi dançando Chupim
que pude ter certeza
que você nasceu para mim.
Quero namorar com você,
não consigo me enganar,
Alguma hora você vai
se render ao meu feitiço,
Sei que você está querendo
ficar comigo coladinho,
Um bom Bolo de Pupunha
vai fazer você me colocar
certeiro no seu destino;
Não há ninguém nesta vida
que fará você dar para trás,
porque você represa o desejo
de querer ser meu por inteiro,
e já não há mais nenhuma
perspectiva de ocultamento:
é todo meu o teu sentimento.
O Camboatá-Vermelho dança
um bonito baile com o vento,
Não consigo mais tirar você
do meu coração e do pensamento,
És a poesia d'alma e do sentimento.
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