Nao Chega aos meus Pes
Eu carrego comigo uma caixa mágica onde eu guardo meus tesouros mais bonitos. Tudo aquilo que eu aprendi com a vida, tudo o que eu ganhei com o tempo e que vento nenhum leva. Guardo as memórias que me trazem riso, as pessoas que tocaram minha alma e que, de alguma forma, me mudaram pra melhor. Guardo também a infância toda tingida de giz. Tinha jeito de arco-íris a minha.
* A tua onipresença nos meus pensamentos parece ter feito o resto do mundo evanecer frente aos meus olhos. Eu consigo facilmente enxergar teu vulto sob a luz dos postes, bem como o teu reflexo ao lado do meu, nas vitrines das lojas. A TV tenta, mas não consegue abafar o som da tua voz, cujo calor provocado pela proximidade da tua boca me fez esquecer do frio que faz lá fora. No lugar de onde venho, sempre faz frio lá fora, e eu levo em alguma parte de mim a lembrança desse lugar.
* A vontade de sanar esse frio me trouxe até você. E, agora, com teus passos ecoando junto aos meus, acho que não consigo mais andar sozinho. E, mesmo que eu consiga, não quero fazê-lo. Hoje eu sei como é a sensação de acordar e ver que aquele sonho antigo nada mais é do que a atual realidade.
* Enfim, é mais ou menos por aí.
Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero [...]
Um pontinho no meu corpo ouvia o chamado e voava em sua direção. Senti meus pulmões inflarem, invadidos pelos elementos da paisagem: ar, montanhas, árvores, pessoas. Pensei comigo: “ser feliz é isso”.
Senti a palheta nadar entre as cordas do violão. Meus dedos subiam e desciam as casas de madeira velha. Viajei para longe dentro de mim.
Não se se voltei.
Nos meus olhares psicóticos, carrego
A frialdade de uma alma mórbida.
Eu sou apenas mais um ser subestimado por aqueles que insistem poluírem minha visão com seus rótulos idiotas!
"Diariamente gosto de tornar meus pensamentos visíveis, faço isso porque adoro que os outros apreciem o gosto amargo e ao mesmo tempo doce das minhas loucuras. Afinal que outro motivo eu teria para escrever."(...)
A insônia inspira-me. Em vez de dormir e apenas sonhar, estou aqui acordada escrevendo os meus sonhos, tornando-os imortais.
Meus nervos costumam me dominar, principalmente aos domingos; é quando me sinto péssima. A atmosfera é chocante e pesada como chumbo.
Posso te contar meus segredos?
Meus segredos, nem sempre secretos,
São profundos, guardados no fundo da alma...
Como pérolas, como o brilho das estrelas.
Meu coração é um oceano de mistérios...
Tempestuoso, aflito, desejoso em vê-lo,
Tranqüilo, sereno, quando comigo ele está.
Meu coração nem sempre é rítmico...
Quase explode quando olho em seus olhos,
Quase não bate... quando ele parte.
Meu coração não sabe mentir...
Grita a todos os ventos o quanto o amo,
Silencia... aguardando um aviso... uma resposta.
Meu coração é todo dolorido...
Sangra na ausência do amado,
Estanca... quanto ele retorna, pronto a me amar.
Meu coração nunca envelhece...
Atravessa os tempos, os desvios, os receios,
Renova a cada instante, todos meus desejos.
Meu maior segredo, caro amigo...
É não ter nenhum segredo,
E meu silêncio, consegue a tudo explicar...
Que o limite dos meus sonhos seja a fé.
Que o desânimo seja vencido pela força de vontade.
Que o bem que mora em mim seja mais forte do que a maldade dos que me cercam.
Que o meu foco seja a felicidade.
Que não me faltem motivos para agradecer.
E que eu tenha paciência para esperar as grandes coisas que Deus tem preparado para mim.
Com o coração alegre o dia fica mais bonito! Meus dias ficaram bonitos depois que você alegrou meu coração!
Um dos meus defeitos é que, embora minha língua tenha quase sempre uma resposta para tudo, em algumas ocasiões ela me deixa completamente muda.
(Jane Eyre)
Ai, que saudades que eu tenho
Dos meus doze anos
Que saudade ingrata
Dar banda por aí
Fazendo grandes planos
E chutando lata
Trocando figurinha
Matando passarinho
Colecionando minhoca
Jogando muito botão
Rodopiando pião
Fazendo troca-troca
Ai, que saudades que eu tenho
Duma travessura
Um futebol de rua
Sair pulando muro
Olhando fechadura
E vendo mulher nua
Comendo fruta no pé
Chupando picolé
Pé-de-moleque, paçoca
E disputando troféu
Guerra de pipa no céu
Concurso de pipoca