Nao Chega aos meus Pes
Alcançamos a plenitude quando
através dos ciclos que vivemos,
transformações que passamos,
chegamos ao autoconhecimento e
ao equilíbrio entre mente, corpo
e alma.
Flávia Abib
Um agradecimento a todas as pessoas que fizeram parte da minha história neste ano de 2023,que chega ao fim. Espero manter esta conexão por muitos e muitos anos. Amo todos vocês
CHEGA UM NOVO ANO
Relembramos tantos momentos
Queremos remendar os erros
Buscar no baú as lembranças
Reviver bons sentimentos.
Tentei alinhavar as horas
Enxuguei o rosto molhado
Troquei as lágrimas pelo sorriso
Às vezes sem graça, meio amarelado.
No coração costurei saudades
Rebusquei no fundo da memória
Algo que estava esquecido
Reescrevi a minha história.
Coloquei pessoas do bem
Outras resolvi descartar
Tudo que for negativo
Melhor é eliminar.
Quero levar pra o novo ano
Apenas o que me faz bem
Quem não teve importância
Será eliminado também.
Autora- Irá Rodrigues.
Todas as pessoas que vivem pelo esporte sabe que sempre chega um momento em que se deve renunciar as coisas mais importantes de suas vidas, desde amores até momentos únicos com a família. A vitória tem um preço alto, o topo tem um preço alto e não importa o quanto bom você seja, se não houver renuncias você não viverá tudo que o esporte pode lhe oferecer. Amores passam, conquistas não.
Uma voz, um canto nascido para o encanto de onde se chega e no ar se vai em branco. Leva pois essa voz onde estiveres nesse presente que te recebes estrela, onde repousam todos inícios límpidos e puro.
Cantar como canta um passarinho
Quando voa livre pelo ar
Se a chuva chega de mansinho
Sempre encontra um lugar para pousar
Ele todo sem jeito, mas mesmo assim conquista o coração.
É mal educado,mas sabe ser gentil.
Chega de mansinho com seu jeito leve, daqui a pouco vêm a explosão.
Parece um menino mimado, mas é um homem inseguro por muitas razões.
Jeito de menino levado
Peralta talvez, mas não vi sua melhor versão
Tudo o que apresentou foi o desgaste e muita complicação.
Sujeito insano algumas vezes, sem nenhuma razão
O cara só se mete em confusão
Isolado em seu mundinho, só falta meditação
Quem o conhece até consegue ver um sorriso, mas é pura ilusão.
O coração está tão ferido que não há libertação
Pobre menino frustrado
Que vida essa que leva?
Levou uma surra do amor, já não sente emoção
Conquistar esse coração é trabalho de especialista,
Não sou doutora para curar seu coração
Depois de muito insistir, desisti
É muita confusão
Melhor eu seguir em paz!
Viva seu mundo de aflição.
Quero mais não, cansei de tanta embromação.
Um espantalho no milharal aproxima mais aves que você e sua razão.
Poesia de Islene Souza
Rotina
Põe-se o sol ao cair da tarde.
Surgem as estrelas no céu...
Vem a chuva depois da chegada de grossas nuvens...
Caem as folhas dos plátanos...
O dia segue a noite.
A noite se encerra com o amanhecer.
Sempre tudo igual...
Vem a primavera depois do intenso inverno.
Antes de montar algo se lê o Manual.
Flores se abrem.
Frutos amadurecem.
Sol que tudo aquece.
Coisas de rotina.
E, às vezes, você nem atina.
"Chega o inevitável momento em que o libertário se faz libertino, para justificar sua adesão integral à ideologia que faz da liberdade um ídolo.
Uma liberdade patentemente falsa".
Se todos questionassem e refletissem sobre aquilo que lhes chega, buscando informações, ninguém estaria "dormindo".
Chega de vidas remediadas e medianas, busque a excelência e a realização plena. Diga para si mesmo: Eu escolho ser feliz hoje.
Nem sempre se chega aonde se quer.
Nem sempre se vê tudo o que se pode.
Nem sempre se faz tudo o que se deve.
Nem sempre se vive quilo que é pleno.
Somente a morte se quer plena, mas nem ela é certeza de finitude.
Do outro lado, talvez, até ela se ausente.
Vencê-la será para o homem a sua maior virtude.
Esse amor
Um longe... alhures... distante.
Um som que chega de instante a instante.
Uma lua no céu a brilhar.
Um mar... as ondas num ir e voltar.
Amplexo complexo.
União de duas almas raras.
Um beijo, um sussurro...
Vai-se embora todo o escuro.
Estrelas bruxuleiam no céu.
Uma brisa suave a nos acariciar.
Um amor tão lindo como esse
jamais pensei que fosse ganhar.
O PAVÃO
Por lá o Outono chega anunciado
pelos gritos agudos do pavão
dilacerando o ar; é só então
que se percebe o dardo
vindo da sombra, o arpão
da última luz nas folhas de um para o outro lado.
O outro lado das sombras que se estiram no chão
como mais um bordado
de Penélope fria que tece a escuridão.
Pobre animal! Começa o baile temporão
e ele anuncia aos gritos, seu leque depenado
pluma por pluma na penúltima estação…
Quando acabar de se fechar a mão
que a luz cadente estende ao povoado
das sombras que não vão
a parte alguma, o último emblema do Verão
irá ciscar sozinho, como que envergonhado,
nas agulhas caídas do pinheiral gelado.
É por isso, por causa da desaparição
de um Estio tão breve num bailado
tão rápido, é por isso que o pavão
trespassa o ar, grito por grito apaixonado,
e a reverberação
da luz nas folhas se parece tanto a um dardo.
