Nao Chega aos meus Pes
Assim como a terra pisada
Batida, surrada
Minha resistência vem dos pés dos passantes
Me contraponho;
Por isso a força.
Me rebelo;
Por isso o endurecimento
Me fiz vermelha pela enxurrada.
Assim sou o pó
No momento em que o vento levanta a poeira
dos muitos desertos que habitei...
Das poucas águas às areias misturadas, formando o barro...
Sou o barro quando não quero resistir...
Quando me entrego;
Quando andam por mim e me deixam marcas.
Irei vender a morte ao desejo.
Vou vender beijos aos marinheiros, acorrentar as ondas aos pés da minha amada, semear anarquias no vento para que tudo se vá.
Abraçarei uma estrela à noite, ouvirei os segredos de um búzio, sobre a vida que ela leva em alto mar, onde quer que eu pernoite.
Trarei nas mãos castelos de areia, e dentro deles sonhos, cometas, sereias e roletas.
Andarei vagueando e despido no cais, puxarei conversa com os gatos vadios, enquanto vou polindo a vida de um ouriço.
Esperarei pela maré baixa, para que as ondas me tragam as correntes.
Esses nódulos espalhados pelo corpo, das palmas das mãos à planta dos pés, esses que com o mínimo pronunciamento reavivam-se, recidivos, são todos os nãos que deixaram e deixam de serem ditos. São esses nódulos que, irremediável e invisivelmente, nos curam. Só quando atravessamos o negrume estamos prontos para abraçar a claridade. O tempo humano não é o mesmo de Deus.
Caminhando sobre cacos de dores e amores.
Esperando o descanso para os pés, sentindo o gosto da amargura.
Escorrendo pelos olhos lembranças e sangrando com coração esfaqueado de arrependimentos.
Seguindo em frente, enfrentando tudo que me mata, para que quando descansar olhar, sorrir e me curar esperando que no fim tudo possa cicatrizar
_marcello silva
Os teus pés percorrem
milhas e milhas e milhas
dentro de mim.
Os teus olhos bonitos,
serenos, singelos, completos
dizem que sim.
Os teus sonhos
tão longe ao vento
refletem o fim.
Guarda - Chuva Vermelho
" Na ponta dos pés,
ela se põe a divagar.
Será que é amor
esse leve palpitar?
Ah, como é bom
ter alguém
que faça seu coração pulsar....
Se é amor, o tempo lhe dirá.
Com seu guarda - chuva vermelho,
ela se põe à caminhar.
Um sorriso à faz suspirar.
Sim! É amor!
E já vem lhe encontrar.
Tem espaço debaixo do guarda- chuva,
vem! Do sol e da chuva
hei de lhe abrigar.
Ah! Como é bom amar...
Ela se põe a dançar..."
Mostrarão progressos falsos,
as cidades adiantadas,
enquanto houver pés descalços
em suas ruas calçadas !
Presente Divino
E um anjo está
á segurar - lhe
as mãos.
Por onde seus
pés passarem,
jamais estarás só.
Ele guardará
o seu dia e a sua noite.
Pousará sobre
teu coração
sublime paz.
E amor...
Assim Deus me confidenciou.
Pousará sobre ti
constante alegria.
Vida abundante.
E amor...
Pois assim Deus me disse.
Disse - me também
para eu cuidar de ti.
Pois tu és o meu amor.
O presente que à mim,
Ele bondosamente
enviou.
Sabe quando em um filme, alguém deixa um papel escapar de suas mãos e é carregada pelo vento? a pessoa corre loucamente atrás pois, é algo importante. E quando finalmente esta quase conseguindo alcançar, o vento sopra novamente. Levandao a folha para mais longe.
E fica nesse ciclo, até finalmente a pessoa conseguir a folha novamente,ou a folha se perder para sempre. As vezes na nossa vida é assim. A diferença é que, se a folha se perder, Deus vai estar ali para te dar outra, e outra. Até finalmente termos a estrutura necessaria, para não deixa -la escapar pelos os nossos dedos.
Chegando ao destino final.
Só um pensamento.
Sorvete de sol
Olha o sorvete! A orla começando a caminhar...
Vento leve da brisa, pés no chão... ah! como é tão, tão...
Olha o sorvete!; ...devaneios, delírios-delirantes...
Como pode existir um sorvete de sol?!..
Agora?! Ainda com este frio?! Sorvete, sol, intrigantes!..
Com quem eu reclamo?!.. Como pode? Aqui é praia!..
Como se lá' não pudesse frio estar!
Louco, loucura, a quem contestar?!..
Tudo que peço 'e um pouco de SOL, tão, tão...
Olha o ônibus!...
Preciso ir ao trabalho! Seco os pés, mas não esqueço!..
Compromisso comigo mesmo; a praia, sol, sorvete...
ELE ajoelha e lava seus pés, muitos de pé, pedem que fiquemos de joelhos e honremos!
ELE, toma forma de servo, abre mão de todo Reino, muitos, cheios de jactância, demandam direitos;
ELE tira o peso e alivia a carga, muitos colocam pesos além de nossas forças, tiram a lã, espetam e nos fazem sangrar;
Enquanto seus discípulos não aceitam reverencias, até em sua morte não se sentem dignos, muitos "formadores de discípulos" multiplicam a morte;
Quando as asas falharem aos pés,
Vou cair sem aparar a queda,
Um movimento de sensações
Num corpo coberto de cicatrizes e arranhões.
Cada dor terá de ser perdida,
No final desta quadra acaba a minha vida.
O MUNDO ESTÁ DOENTE - João Nunes Ventura-04/2021
Fui do tempo e andava de pés no chão
No campinho jogava bola uma gritaria,
Ia para o roçado plantar milho e feijão
Assim eu era feliz e doença não existia.
Em minha terra era festa do padroeiro
Eu na infância com mocinhas do lugar,
Por esse dia eu esperava o ano inteiro
O baile da roça com meninas a dançar.
Como gostava a deitar em minha rede
Que vida sadia sem pragas de repente,
Hoje e vejo na saudosa foto da parede
Saudades e os amores de antigamente.
Na igrejinha eu rezava a minha oração
No rio da roça passarinho a água bebia,
No campo santo do milho na plantação
Volto para o sertão mundo que eu vivia.
Gente discutindo pelo mundo brigando
Abraços e amizades não existem mais,
Saudades do tempo casais namorando
Volto ao meu sertão aqui não fico mais.
Minha palhoça cabe ainda um coração
Agora vou sentir o encanto novamente,
De malas prontas vou voltar pro sertão
Aqui não fico que o mundo está doente.
Tem o dia do sonho, que é o dia
que resolvemos ser nossos sonhos,
fazer das asas imaginárias, pés
e sair por aí, talvez sem planos, mas com um sorriso
capaz de conquistar todos eles juntos.
Me entreguei a depressão, virei escravo da minha mente e companheiro da solidão, amarrando os pés e as mãos olho pro lado só vejo escuridão, peço socorro ninguém estende a mão, será que essa dor e da mente ou vem do coração?
Escrevo versos e no meio deles escrevi esse refrão, e uma forma de mostrar amor e paixão, caminho na sua direção desorientada sem organização e o reflexo da bagunça que tá no coração.
Cala frio dores e tensão, até aonde vai essa sensação? Será que e frescura ou e exaustão?
Dilúvio animal
Com os pés sujos de lama, o hipopótamo entrou na arca esbravejando:
─ Bah! Quem mandou essa chuvarada?
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