Não Acredita em Conto de Fadas
Conto de clichês
Pararam de acreditar em “no para sempre”. Como se o amor não existisse. Ou como se os olhares não fossem tão sinceros. E como se as juras de amor não fossem reais. E como se as amizades não mais existissem. É o que aparece, é o que as pessoas manifestam, em suas poesias, em suas músicas, em suas fotos.
Mas acontece, que a vida é feita de momentos. Provavelmente nas juras de amor, que um dia fora rotuladas como falsas. Em algum momento, aquelas palavras eram mesmo reais. Naquele exato momento, o que as pessoas viam diante seus olhos, era o mundo delas. Do mesmo modo de que, seus momentos de confusão, de tristeza profunda, ou de desespero interno, também tem seus prazos de validade. Alguns momentos duram milésimos, alguns duram dias e semanas. E dependendo do modo que encara seus acontecimentos, alguns momentos podem ser eternos & imutáveis.
Então, neste exato momento que você vive algo, seja esta uma dor, uma alegria, uma angustia; saiba que, o momento é relativo. Ele passa, ele fica. E se você não abrir seus olhos de verdade para enxerga-los e viver tudo aquilo que os momentos lhe oferecem, a vida vai sempre parecer um conto de clichês.
#Escrevo #assim #a #minha #história...
E conto ela ao vento...
Sob a lua cheia...
Na praia canta a sereia...
Escondido entre as ondas...
O tritão ...
Assim estou perante o mundo ...
Um grão de areia...
Um jardim florido...
O infinito na palma da mão...
Eternidade...
Numa hora de vida...
Tarde tranquila...
Vida boa...
Sem relógio...
Lua prata...quiçá dourada...
Estrada clareia...
Estrelas cadentes...
Colho todas...
Tudo vive...
Para que eu viva...
Não preciso ir longe...
Já estou aqui...
Cedo ou tarde...
É tempo de construir...
Par de asas...
Diante de uma janela...
Nuvens tomam formas...
Me acho nelas...
O tempo é o meu palco...
O destino sou eu...
Caminharei eternamente...
Na espuma do mar...
Na curva do rio...
Me encontro por lá...
Em brincadeira de criança...
Barcos de papel...
Bolas de gude...
Banho de cascata...
Bolinhas de sabão...
Castelos construí...
De pique-esconde até de Deus me escondi...
Chorei muito...
Muito sorri...
O bem e o mal fiz por merecer...
Injustiçado...
Melhor esquecer...
O amor é o rei...
De perdido reinado...
Coração solto, liberto...
Ainda quer amar...
Pequenos gestos me conquistam...
Isso é fato...
Tanto escapou pelos dedos...
Tantos outros me prendi...
Bom ou malvado?
Entre os confusos...
Me confundi...
Buscar a Sabedoria ...
É viver de verdade...
No escuro que a luz mais se pronuncia...
Para aqueles que na noite tem morada...
No silêncio que algo irradia...
Quando o sonho é mais bonito...
É hora de acordar...
Se minha voz cala...
Mais minha alma fala...
Ainda que eu ande sozinho...
Com Deus estou...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.
CONTO ATADO AO NÃO CONTO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Reconquiste o meu carinho; minha proximidade. Já não sei como conquistar sua reconquista. Reaveja comigo a nossa liberdade secreta; presa. Só assim poderei reformar minha cerimoniosa não cerimônia, naquela forma profunda e vasculhadora de lhe ver. Naquele jeito amigo platônico de namorar seu silêncio, inclusive quando você falava.
Venha reatar em minha discrição a consciência do jamais, enquanto sempre. As não consequências dos meus atos em pensamentos inconsequentes, repletos de uma coragem medrosa de muitos e muitos anos. E reaqueça minha esperança vazia de perspectiva ou espera. O sabor do cheiro que não vinha às narinas, mas se resolvia na meia ingenuidade a se declarar em confissões nunca feitas.
Redesenhe-se no meu espaço em branco e customize todos os buracos entre uma forma e outra, para concretizar abstrações. Preciso muito reeditar aquele conto atado ao “não conto para ninguém; nem para você”, pois tenho muitas saudades... inclusive de sentir saudades daquele nada entre nós que, no fundo, era tudo quanto eu tinha.
Quem conta um conto aumenta um ponto.....
Estou sentindo as minhas mãos em você,
Estou sentindo o meu corpo junto ao seu,
Estou sentindo ao teu gosto, gosto bom,
Braço e pernas sem sincronismo, dançando a melodia do encantamento,
O teu corpo era exatamente o que imaginei, perfeito, lindo e exuberante, com cheiro de carmim,
Pele sedosa , macia, me perdi entre as suas curvas,
Me embeveci com o teu cheirochefando ao êxtase....
Acordei, era apenas um sonho aonde contava conto e aumentava um ponto.
Angel
Conto: A força da Palavra.
A mulher, uma empresária bem-sucedida, havia passado dois anos na Itália, aprimorando seu amor pela arte e pela cultura. Enquanto estava fora, sua filha, uma jovem designer de interiores, decidiu reformar a casa da mãe. Ela me contratou para fazer mudanças na decoração e pintar a casa.
Eu trabalhei arduamente para criar um espaço moderno e aconchegante, pensando que a mulher iria adorar as mudanças. No entanto, quando ela chegou de viagem e viu a casa transformada, sua reação foi completamente diferente do que eu esperava. Ela se enfureceu e começou a falar palavras de baixo calão, dizendo que eu havia destruído a casa dela.
A filha, sentindo-se culpada, me pagou o dobro para desfazer tudo o que havíamos feito e restaurar a casa ao seu estado original. Eu e minha equipe trabalhamos dia e noite para colocar tudo nos lugares certos e deixar a casa como estava antes.
No entanto, o tiro saiu pela culatra. Em apenas três meses, as lajotas e o reboco da casa começaram a se deteriorar rapidamente, como se as palavras furiosas da mulher tivessem abalado a estrutura da casa. As paredes começaram a rachar, as lajotas se soltaram e o reboco começou a cair.
Foi como se a casa tivesse sido afetada pela energia negativa da mulher, e agora estava pagando o preço. Eu não pude deixar de pensar que as palavras têm poder, e que a raiva e a negatividade podem ter consequências inesperadas.
A história termina com a mulher refletindo sobre o que havia acontecido e percebendo que talvez tivesse sido mais fácil aceitar as mudanças e agradecer à filha pelo esforço. Mas agora, a casa precisava de uma nova reforma, e a mulher precisava lidar com as consequências de sua própria raiva.
Conto /As diferenças. Eu morava com duas senhoras idosas, Dona Maria e Dona Ana. Embora compartilhassem o mesmo teto, suas personalidades e hábitos eram como o dia e a noite. Dona Maria era uma perfeccionista, organizada e metódica. Ela adorava planejar e controlar tudo, desde as refeições até as atividades diárias. Já Dona Ana era o oposto, uma pessoa mais relaxada e espontânea. Ela gostava de improvisar e viver o momento.
Quando se tratava de saúde, Dona Maria era uma defensora feroz da medicina preventiva e sempre falava sobre a importância de uma dieta balanceada e exercícios regulares. Dona Ana, por outro lado, parecia ter uma fascinação mórbida por doenças e sempre discutia sobre os últimos diagnósticos e tratamentos médicos.
Enquanto Dona Maria preferia ficar em casa, lendo um bom livro ou assistindo TV, Dona Ana era uma aventureira nata. Ela adorava viajar e explorar novos lugares, e sempre estava planejando sua próxima viagem.
Mas um dia, tudo mudou. Dona Ana sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e foi hospitalizada. A notícia foi um choque para ambas, e eu pude ver a mudança em Dona Maria. Ela se tornou mais carinhosa e atenciosa, cuidando de Dona Ana com dedicação e amor.
À medida que Dona Ana se recuperava, algo interessante aconteceu. Dona Maria começou a perceber que a vida era curta e imprevisível, e que era importante aproveitar cada momento. Ela começou a relaxar um pouco mais e a aproveitar as coisas que Dona Ana gostava, como viajar e explorar novos lugares.
Dona Ana, por sua vez, começou a valorizar mais a saúde e a importância de cuidar de si mesma. Ela começou a seguir os conselhos de Dona Maria e a se cuidar mais.
A experiência as aproximou e as fez perceber que, apesar de suas diferenças, elas tinham muito a aprender uma com a outra. E, embora suas personalidades ainda fossem diferentes, elas encontraram um equilíbrio mais saudável e harmonioso.
A partir daquele dia, a casa se tornou um lugar mais alegre e acolhedor, onde as duas senhoras podiam compartilhar suas experiências e sabedoria, e aproveitar a vida juntas.
Encanto
Enquanto canto encanto tantos com o conto que eu conto quando canto
E quando canto cada canto que encanta em todo cantoeu me encanto
E em todo canto em que eu canto busco tanto uns quantos contos pra ter canto;
Mas nenhum conto com meu canto eu encontro para um canto e desencanto...
E sem um conto e sem um canto e sem encanto por todo canto ainda canto
Pois quando canto, me encanto e então eu canto um lindo conto enquanto canto
Por todo canto eu conto tantos que se encantam vezes sem conto com o meu canto
E nem mil contos, e nem mil cantos contam tanto o quanto eu sinto enquanto canto!
“Conto Sem Fuga”
Viaja, coração — sem mapa, sem bagagem,
cruzando desertos de rotina e miragens,
na esperança de que o amor seja real,
e não apenas um eco no quintal da alma.
Liberdade soa linda…
até que ela custa o toque,
o riso em dia nublado,
o cheiro no travesseiro —
onde antes havia lar, há silêncio calado.
Sentimentos se embaralham como vento em véus,
confusos, intensos — ora céu, ora breu,
e as lágrimas que caem não são fraqueza,
são bilhetes molhados ao universo, pedindo beleza.
Pagamos caro por sonhar:
o apego, o abrigo, o beijo não dado,
o amor que nunca disse a que veio,
mas ficou sentado no peito, espreitando.
E ainda assim — sorrimos.
Colocamos a máscara de contentamento,
enquanto o "eu" lá dentro
grita por toque, por verdade, por alento.
Grita por um conto de fadas
que não precise de dragões ou castelos,
mas de mãos que se reconhecem,
e olhos que digam: “eu também me perdi, mas vim te achar.”
E talvez o encanto esteja nisso:
na dor que não some,
na pele que ainda arrepia só de lembrar o nome,
no beijo que mora sem nunca morar,
no instante que foi…
e ficou para eternizar.
Mas ao final da página —
não há fuga, nem feitiço.
A realidade sempre nos chama
e exige o compromisso.
Eu e você contra o mundo é como em um conto.
Dois melhores amigos, se amando, brigando como irmãos,
Que se amam, se provocam mas se protegem acima de tudo.
Não é sobre nada contra, na verdade sobre muito a favor.
A favor de se doar, torcer, pertencer, permitir juntos.
Sempre juntos, sempre próximos para tudo. Em todos.
Para viver tudo, sentir tudo, alcançar tudo. Ganhar tanto.
E não é ganhar de vencer. Ganhar de se permitir.
É partilhar e viver, momentos, emoções e sentimentos.
Não é sobre mais pra menos. Maior ou menor. Melhor e pior.
É sobre conseguir, estar ali, de viver para saber.
Também é sobre construir. O amor, o afeto. Um abrigo.
Não conter, delimitar ou para desconstruir.
É destruir o apego, o medo de ir. Porque já vai voltar.
Não há perdas, só há ganhos. Lembranças, recomeços.
Chuva que não alaga represa. Só pode contribuir, retribuir.
Para que o amor recomece de onde o apego foi cego.
“Amar de verdade é escolher. Mesmo conhecendo os defeitos. Mesmo sabendo onde dói.”
Não é conto de fadas. Não é flor todo dia. Amar de verdade é saber exatamente o que machuca no outro e, ainda assim, ficar. É ver os traumas, os erros, os dias ruins, o lado feio… e não sair correndo. Porque amor de verdade não é encantamento, é coragem.
Coragem de continuar quando a fase boa passa. Coragem de encarar o real, o cru, o imperfeito.
É escolha diária. É decisão. É compromisso com a alma do outro, mesmo quando ela está em pedaços.
Quem ama de verdade não foge ao primeiro sinal de caos. Não vira as costas quando o brilho some.
Ama com raiva, com medo, com dúvida — mas ama. Fica. Escolhe. Aguenta o tranco. Segure na mão, mesmo quando ela treme.
Porque amar de verdade é isso: não é ter mil motivos para ficar, é ter um só, mas verdadeiro o suficiente para não ir embora.
Poesia livre:Preta sim ! trecho do mini conto Efigenia a mulher de cor preta sim !
Respeite minha cor
Eu sou mulher
Preta
Preta sim!
Tenho muito orgulho de mim.
Nasce na terra eu sou uma flor
Minha luz desceu de Marte eu sou pura arte
Do signo de Ares
Guerreira pronta para o combate
Cheia de desejo fogo que arde
Sacerdotisa de Afrodite eu sou uma linda miragem
Melodia do cosmos sem. Fim
Que busco enfim um grande amor para mim
Eu sou mulher de cor
Eu sou preciosa de valor
Ramalhete de virtudes
Eu sou amor
Preta
Preta sim !
Sentei na areia, o vento me abraçou
O mar sussurra, conto o tempo que passou
Sinto a Tua paz, Deus, no som desse lugar
Só eu e a brisa, só eu e o mar
Lopayo na beira, sorrindo pro sol
A vida é um sonho, guiado pelo farol
Aqui o tempo para, o mundo vai rodar
Na calma da praia, sinto Deus me abraçar
Passos na areia, desenho sem pressa
Sorriso solto, com Tua paz que me aquece
Cada onda que vem traz Teu som pra lembrar
Que a vida é agora, é só aproveitar
Lopayo na beira, sorrindo pro sol
A vida é um sonho, guiado pelo farol
Aqui o tempo para, o mundo vai rodar
Na calma da praia, sinto Deus me abraçar
Praia do Guaibim, Pratigi, Ituberá
Barra do Serinhaém, que paz de se encontrar
Ilha do Contrato, Morro de São Paulo, que lugar!
Viva e curta a vibe desses lindos lugares
Lopayo na beira, sorriso aberto e leve
Deixo o mundo lá fora, e minha fé me eleve
Aqui na praia, é onde quero ficar
Sentindo o sol e a paz que Deus vem derramar
O menino é aquele que se perde em devaneios, que sonha com a vida como se ela fosse um conto de fadas, sem saber das armadilhas escondidas nas entrelinhas. Ele se agarra a ilusões, espera que o mundo lhe dê o que ele sente que merece, sem ter compreendido ainda que o mundo não deve nada a ninguém. O menino espera pelo resgate, pela mão salvadora que nunca vem. Espera pela aprovação alheia, pela validação externa, como se sua existência dependesse do olhar do outro.
Mas o homem… o homem sabe que a espera é inútil. Ele entende que nada será dado de graça, que cada passo adiante é conquistado com suor, com dor, com quedas que ferem o orgulho e fortalecem a pele. Ele não sonha em ser salvo; ele aprende a salvar a si mesmo. O homem olha nos olhos do mundo com firmeza, encara as incertezas, sem perder o ritmo. Sabe que ninguém irá aplaudir seu esforço no final do dia, mas também não precisa desse aplauso para continuar.
O homem aprende a carregar seus fardos em silêncio, a medir suas palavras, a controlar suas reações. Ele já entendeu que a vida não é feita de vitórias, mas de pequenas derrotas superadas com dignidade. Ele não lamenta mais o que poderia ter sido, não se perde mais em desejos infantis. Mata o menino em si porque percebe que para andar adiante, é preciso abandonar o que já não serve.
É uma escolha difícil, dolorosa, cheia de momentos em que o menino quer gritar e lutar para sobreviver. Mas o homem sabe que essa luta não tem mais espaço, que o caminho é outro, que a jornada exige outra postura. Ele sabe que é hora de calar a voz do menino, para que sua própria voz, madura, finalmente ecoe.
Não sei se minha vida é um conto de mistérios
Ou uma grande loucura da minha cabeça
Não sei se me comparo a Alice
Ou se tenho um armário
Uma porta na minha cabeça
Que me leva a um mundo imaginário
Também tenho um ímã
Que atraí pessoas com as mesmas experiências e pensamentos que eu
Isso me fascina
Me faz voar muito fora da caixinha
Cada experiência
Minha mente se expandi
E quanto mais ouço
Mas percebo
O quanto ainda sou leiga
o que conto nunca é só aquilo que digo
ouça meu silencio
me enxergue no teu próprio reflexo
em moldura de ouroboros vive o olhar
espelho d’alma
ㅤ
e se for para ir, que vá
para dentro de si e bem longe de mim
ㅤ
volte quando souber cantar a harmonia do meu silencio
para então dançarmos, juntas, nas chamas que crescem do incêndio acometido sobre o véu de seu recalque
" CONTO "
Agora é tarde! Todo o mal foi feito
e já não cabe o arrependimento,
qualquer desgosto teu, nenhum lamento
latente, inconformado, no teu peito!
Na história já se põe, o livramento,
depois que o distanciar se fez aceito
e não mais te derramas sobre o leito
em lágrimas ao ter-me em pensamento.
O amor se preservou como lembrança
enquanto o tempo sobre nós se entrança
e se perpetuou como canção…
Assim, ele será nos preservado
apenas como um conto relembrado
que damos tom de afeto e de paixão!
Tenho planos
Vou seguindo nesta trilha.
Conto metodicamente cada passo, cada milha.
Claro que tenho planos.
Minhas ideias são transparentes.
Não aceito enganos. Fujo dos ardis...
Tateio entre as brumas...
Caço caminhos de marcante matiz.
Falei de amor... sem temor.
Nem sei se devia.
Queimei etapas. Pulei lances desconcertantes.
Fiz de conta que perigos não via.
Hoje solitário sigo na direção
do sol nascente.
E não, não deixo transparecer o quanto vivo carente.
O Conto da Tulipa
Era uma vez um coração que, mesmo calejado, ainda pulsava com a esperança de um jardim.
Entre tantos espinhos, ele sonhava com uma flor - não qualquer flor, mas uma tulipa.
Singela, delicada, mas firme.
Nascida não por acaso, mas por destino.
A vida, com suas voltas silenciosas, traçou caminhos tortuosos.
O coração caminhou por invernos e verões, carregando em si a memória de algo que ainda não havia vivido, mas que, de alguma forma, já reconhecia.
E então, um dia comum ou talvez um dia mágico disfarçado de comum ela surgiu.
Como se o universo abrisse um portal breve entre o acaso e o eterno, ali estava a tulipa.
Não era extravagante, não era barulhenta.
Era sutil, como o toque do vento na pele.
Mas seu perfume atravessava as paredes da alma.
Ela não precisava dizer: o olhar falava, os gestos escreviam versos no ar.
O coração, antes desconfiado, se dobrou sem resistência.
Pois amar aquela flor era como respirar depois de muito tempo submerso.
Era como lembrar-se do próprio nome ao ouvi-lo pela primeira vez.
Juntos, criaram um jardim onde palavras se deitavam como sementes, e gestos brotavam em árvores de afeto.
Houve dias de sol e tempestades também - mas até a chuva parecia poesia quando caía entre os dois.
E se o mundo os viu como apenas mais um casal, o coração sabia: aquela era a sua primavera eterna.
A tulipa, que florescia até nos silêncios, era o amor com nome, pele, riso e alma. Era Alva Beleza Que Despertou - flor que nasceu para florescer no coração certo.
Não como parte do jardim, mas como o próprio motivo dele existir. A tulipa rara que, entre tantas, era a única.
E assim nasceu o conto - não o de fadas, mas o da flor que venceu o tempo, da alma que encontrou abrigo, do amor que não precisou de fantasia, porque já era milagre o bastante ser real.
Fim.
A história é um conto que nós, humanos, inventamos.
Para nos persuadir que os eventos da vida têm ordem e direção, e assim nos mantemos
atados ao mundo, e nos esquecemos que nascemos
para ser livres, mas mesmo assim nos encontramos
presos em nossas ambições e acorrentados ao futuro
incerto.
Conto
Conto (não conto)
Não conto, minha ausência.
E nem minha presença .
Não conto, das incertezas.
E muito menos.
Minhas certezas.
Não conto, o que eu almejo.
E nem conto o que me inspira.
Não conto que vou.
Não conto que venho
Não conto que estou .
E nem conto que sou.
Não conto o que quero .
E muito menos o que posso.
Não digo muito, pois quero pouco .
Dentro do conto.
Dessa imensidão.
Me perco no conto.
E enfim me encontro.
Ricardo Santos
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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