Na Hora da Minha Morte
"Quando eu morrer, me lancem ao mar, pois eu quero ser do tamanho do oceano. Quando eu morrer, enterrem meus pensamentos e minhas memórias em bons livros e no porão das mentes e corações de gente que ousa viver. Quando eu morrer, fiz um acordo com Deus, irei para o céu dos pensadores. E se você também for pensar à respeito, quem sabe a gente se encontra por lá. Mas sem pressa, sem fila e sem trapaça. Uma vida no Brasil já basta"
"Quando eu morrer, lembrem-se apenas das coisas ruins que fiz, pois só assim não irão sofrer, mas pense que morri por merecer"
Não vou estranhar o inferno, se quando eu morrer for pra lá . Conviver com certas pessoas aqui na terra, fez-me adaptar a ele.
Quando eu morrer, quero ser cremado, embora apenas ligeiramente. É que nunca gostei de carne bem passada.
Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta.
FUNERAL
Quando eu morrer, atenção
É do mar o rumo da cidade
E não o cerrado a direção
Saudade
As mãos enterrem em Madureira
O coração levem para Ipanema
Na Coelho Neto a alma por inteira
Suprema
No aterro joguem a minha admiração
E meu sotaque mineiro anexado
Na Igreja da Glória, minha oração
Largo do Machado
Os ouvidos deixem na São Salvador
Degustando os chorinhos de domingo
Sepultem a cabeça na pedra do Arpoador
Gringo
Na "SAARA" depositem minha ambição
Em Botafogo os olhos na sessão de cinema
Do Redentor as cinzas que restaram
Poema
O juízo abandonem aos seus
Que desvivam como viveram
Assim seja, o espírito em Deus
Adeus
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
09/04/2016, 18'00"
Cerrado goiano
(Parafraseando Mário de Andrade)
Quando eu morrer, não chorem por mim, não me dêem o desgosto de perceber o quanto sou valoroso depois de morto...
Quando eu morrer, serei apenas o meu nome: escrito e falado. Nas aulas, nas palestras, nas conversas, nas capas dos livros, nas imagens, nos cadernos e livros de escola, nos textos, nas frases... Serei até a assinatura que se transformará em meu logotipo, como uma marca própria. Permanecerá ao invés da imagem de morte, a imagem de vida, que em meu nome ainda existe e sempre existirá; e podem me tirar até a vida, mas jamais poderão tirar a incrível, simpática e admirável representação simbólica que terá o meu nome.
Na hora da minha morte dessa vez não tive sorte, e a vida me deu um calote, um rapaz mulekote, cheio de esperança todo forte, mais como disse dessa vez não teve sorte.
Paro pra pensar o que é a vida? Nascemos, vivemos e morremos, sem notar estamos do outro lado, desse teatro, que só o diretor sabe qual será o último ato.
No fim da minha vida, vejo pessoas vazias, valem nem o que comiam, e na ânsia de apressar o seu ser, deixou se levar, e agora nosso mundo está a desmoronar, quebrar e acabar, quem poderá nos salvar? Quero sair desse lugar, será que um dia aprenderemos a valorizar?
Todos nós somos substituíveis?
Se sim por que na hora de minha morte, quem tem que ir sou eu. E não outro?
Para mim quem diz isto são pessoas que não se importam com as outras, que se acham no centro do universo. Não existe protagonistas na história, somos todos personagens principais de histórias diferentes.
Pensar que a cada segundo que passa fica mais perto da hora da minha morte dói. Mas pensar que a cada segundo que passa diminui o tempo que nós poderíamos ficar juntos dói mais ainda.
Trecho do Blues Reticências...
Zero hora em ponto,
Sinto anunciar a hora da minha morte,
Vou tentar outro lugar,
Aqui já vi não tenho sorte,
Fui levado ao purgatório,
Onde ser bonzinho era obrigatório,
Ali eu era um réu,
E estava em um julgamento,
Com o peso de ter violado,
Todos os 10 mandamentos,
Longos foram os dias que cavei em brasas,
Sem que das trevas conseguisse fugir,
Uni todas as minhas forças,
Em nenhum só momento pude me distrair,
Incumbiram-me atentar alguém fora do inferno,
E o mau ao sentir-se ludibriado,
Quando deu por mim já voltara ao Reino Eterno,
E ao retornar aos Céus, desculpei-me
ao supremo pai pessoalmente,
Cantei esse Blues ao Santo Deus
e permaneci ao lado seu eternamente,
Cantei esse Blues ao Santo Deus
e permaneci ao lado seu eternamente...
Minha morte
E chegada a hora da partida, mas não é uma partida qualquer, daquelas que se possa voltar, essa é diferente é daquelas que ninguém quê embarca, para a terra da morte eu não tenho outra escolha, a não ser se conformar com meu destino é chegada a hora de me despedir fechar meus olhos e ir..
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