Musica Velha
Efeito Moral
A cidade ferve
E a paz não existe afinal
Quem vai pagar a conta
Quem vai poder te ajudar
As ruas estão cheias
Prisioneiros em um mundo marginal
É preciso aprender
A ficar sóbrio nesse caos
É tão normal se acostumar
Que triste é viver sem entender
Viver e não poder errar
O medo nos impede de tentar
Te oferecem um cale-se
E você bebe essa bebida amarga
Vê toda hora coisas que não pode desver
É mais um dia, é tudo normal
Mais uma bomba de efeito moral
Que explode em cima de você
A história se repete
Mas não há mais como voltar
Você paga e recebe
Palavras para se desinformar
Lutar por um ideal
Sonhar com revolução
E no final a verdade é
Uma questão de opinião
Tempo ao Tempo
Você que nunca olha pro lado
Não sabe o que fazer quando está tudo errado
E quando nada mais faz sentido
Busca um pouco de vida dentro de um comprimido
Um dia você vai se achar
Tudo prestes a acabar
Sozinho com todos os seus vícios
Daqui não se podem ouvir seus gritos
A coisa não muda
E você se acomoda
Porque a felicidade não machuca
Dar um tempo ao tempo
Não é nada mais
Do que outra desculpa
Todos retratos pendurados
No vazio do seu quarto escuro nada ao seu lado
Seus fantasmas brincam com você
Vive dias normais que só quer esquecer
Não vá se for pra voltar
Coisas passam, mas teimam em ficar
Certo das dúvidas que tem
Escondendo de si mesmo que já é outro alguém
Da música um poema
Quantas músicas se encaixariam?
Acredito que várias significariam
Delas, risadas teriam
Pensamentos, viriam
O que lembro bem, foi como tudo começou
Até um poema brilhou
Não foi publicado e guardado, ficou
O sentimento despertou
Da certeza que eu tinha
Era que a história continuaria
Que contigo eu ficaria
Ou até namoraria
Sem muita expectativa
Só certa de que existia planos pra uma longa vida
É sim, expectativa!
Queria ser exclusiva
E ter uma perspectiva
Que música bela canta
Ouvindo-a vou dançar
Não dance
tristeza não se dança
tristeza não se alcança
tristeza se escuta
baixinho
caladinho
a pensar
Que música bela,
que supera mazelas
Que me supera
me dá insônia
E eu ...
Eu te escuto
mudo
como verso não lido
como amor vencido
como olhos de amigo
Que me ajuda de longe
Que muitos vazios esconde
Que música bela...
O Carme do Bailado!
No mais alto nível de sarau e folia, vejo um par em extrema euforia
Atracados pelos corpos ao movimento da toada veemente desejada
Dão de si o melhor, imanando em moções combinadas pela sinfonia
Imortalizando o bailado contemporâneo reafirmam a intensa fezada
Ante a plateia ou não, fazem com gosto o que gostam sem monotonia
Sincronizados através da pele, suor e fulgor, copulam bailarina-mente
Agraciando a gana de dar cada vez mais, vão bailando todas as músicas
Injectados pela força de vontade, o ambiente torna-se cada vez quente
Domando a ambiência, urdem aquele palco sob formas cosmogónicas
E exalam sem medida a empatia com orgasmos múltiplos e eloquentes
...outras esferas...
outras vidas...
mesmas almas...
a musica..
o baile..
o beijo...
Jeran Del'Luna - O Gitano
Sou poeira das estrelas ...
semente de mil sóis...
sou o fogo que arde no coração do devoto e no intimo do ateu....
sou o mais amado e o mais misterioso e até no pensamento dos planetas ressoa minha musica...
de esferas infinitas vim...
onde nem inicio nem fim pode-se encontrar...
eis me aqui filho de Zion...
eis seu mais encantador dos amores....
Eu Sou
Jeran Del'Luna - O Gitano
14 de Julho
É tão sem graça sem você aqui
Te juro
Te quero toda manhã
O teu sorriso doce igual o amor,
Derramo sobre a maçã
Eu descobri quem quero, juro
Foi dia 14 de julho
Me arrepiou,
Foi teu amor?
Aham
Tua voz me encanta
Eu quero procurar, se estiver perdido
O teu sorriso que meu acalma enquanto
Escrevo meus pedidos
Um abraço e uma flor
Minha alma flutuou
Lembrei o que nunca vivi
Teu brilho que me lembrou
Quero um beijo no rosto
Mais um pouco do teu
Calor.
Quero te ver com sua melhor roupa
Seu olhar bobo e tímido
Sentir seu cheiro mais alucinante
E as frases no ouvido
Tudo o que quiser falar
Quanto podemos voar
Vem comigo encontrar no amor,
O amar.
É tão sem graça sem você aqui
Te juro
Te quero toda manhã
O teu sorriso doce igual o amor,
Derramo sobre a maçã
Eu descobri quem quero, juro
Foi dia 14 de julho
Me arrepiou,
Foi teu amor?
Aham
(2x)
Vou procurar nesse mar de estrelas
O cristal mais polido,
Vou comparar com esse jeito teu,
Não poderia apenas imaginar
Que tua alma é feito melodia e toca o horizonte,
Sê me faz sonhar
Com a poesia do melhor poeta,
Com soprar do vento,
Posso até voar.
Quero sentir cada momento teu,
Felizes, bobos, rígidos,
Fechar os olhos e sem se preocupar
Falar pros anjos o que quiser falar
Sobre o frio que aquece o desejo
De esticar os braços e lua alcançar
Vem pro meu peito, escorar sua cabeça
Nem estamos nas nuvens, mas estamos lá.
É tão sem graça sem você aqui
Te juro
Te quero toda manhã
O teu sorriso doce igual o amor,
Derramo sobre a maçã
Eu descobri quem quero, juro
Foi dia 14 de julho
Me arrepiou,
Foi teu amor?
Aham
(2x)
_música_
quando tudo começou foi com "mel meu"
me fez lembrar de você e gostar de você
você demonstrou que era mais "tenho medo"
e me fez acreditar que era inseguro
com o tempo mudei para "planos"
mas já sabia que você não sentia o mesmo
e no final acabou com "sozinho"
Flores Murchas
Desmaiadas na vida
Pálidas desabrochadas
As cores de partida
As pétalas cansadas
Ainda com viço
Afadigadas...
Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Versadas...
De perfume postiço
E as forças exiladas
Feitiço
Da existência traçadas
Do fado mortiço
De inevitáveis jornadas
Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Desenganadas...
Perfazendo o curso
Revoadas
Incurso...
Flores murchas
Murchas flores
Tristes louvores
Encantadas!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 dezembro, 2022, 18’52” – Araguari, MG
Versão musical para o poema “Flores Murchas”
Outro Tom
Em meu melhor falsete,
Meu amor me abandonou
E concertante foi embora.
Ao som de noite enluarada,
Clave de sol desafinada,
Saí igualmente do tom
E assim também parti.
Ao invés de chorar,
No uso proposital do silêncio
Sozinho com meu canto sorri.
AGRIÃO
vamos brincar de pega-pega,
Tu tira a calcinha, e eu tiro a cueca.
Do varal... do varal...
Quem gosta de amor.
Tempera com sal...
Vamos fazer uma salada.
Salada de agrião.
Você é o sazon.
Que salga meu coração.
Amor animal, amor animal.
Lá no quarto não tem igual.
Não faz mal, não faz mal
Te amar me satisfaz.
Mais, mais, mais.
Toda noite eu quero mais
vamos brincar de pega-pega,
Tu tira a calcinha, e eu tiro a cueca.
Do varal... do varal...
Quem gosta de amor.
Tempera com sal...
QUE COR
Ela nem viu quando eu passava.
Apesar de tudo eu já te amava.
Como o pássaro na árvore.
Tô esperando uma chance sua.
Minha juriti.
Da um sorriso da pra mim.
Pra complicar a minha vida.
Ela sorrir..
Com o sorriso mais lindo que existe.
Eu vi nascer o amor.
Te presente te doou uma flor…
Que cor. que cor. que cor.
Pra mim.
Que cor. Que cor. Que cor.
Toda noite vai ser assim…
Poeta Antonio luis
QUE COR
Ela nem viu quando eu passava.
Apesar de tudo eu já te amava.
Como o pássaro na árvore.
Tô esperando uma chance sua.
Minha juriti.
Da um sorriso da pra mim.
Pra complicar a minha vida.
Ela sorrir..
Com o sorriso mais lindo que existe.
Eu vi nascer o amor.
Te presente te doou uma flor…
Que cou. que cou. que cou.
Pra mim.
Que cou. que cou. que cou.
Toda noite vai ser assim…
Que cou. que cou. que cou.
Pra mim.
Que cou. que cou. que cou.
Toda noite vai ser assim…
Poeta Antônio Luís
"Companheiro de todas as horas, amigo ouvinte das nossas mais profundas palavras, que são ditas
pelo nosso dedilhar, aquele que transmite nossos mais puros sentimentos; nossos choros,
amores, risos, alegrias e louvores.
Piano, o seria de nós sem ti..."
