Música
AUTO SONETO
Rima soneto, o meu eu sem detrimento
Diz ao verso a perfeita e a real melodia
Se de sintonia, alegria ou de nostalgia
Traz à flor da pele o capricho do talento
Revela que sou sensações em categoria
Da alma, da emoção e do pensamento
Na dor, amor, que eu sou toada e alento
Anatomize o meu eu poético com eufonia
Vai soneto, me revelando a cada tento
Em loas de aprazimento duma parceria
De que na prosa eu vivo de sentimento
E neste último terceto, desta biografia
Deixo a minha paixão pelo letramento
No meu encruzar, imortal, só a poesia!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22, agosto, 2016 - cerrado goiano
"Músicas da Jovem Guarda são como uma salada de frutas: quanto mais você ouve, mais você gosta e quer ouvir..!"
Otávio Abadio Bernardes, Tavinho, "o Joli"
Se a música a arte e a poesia é uma projeção do desenvolvimento social
Então,temo a afirmar que estamos em decadência...
Na penumbra da noite, onde a tristeza impera,
Um poema de desolação, uma melodia que desespera.
Na escola, um breve encontro, um vislumbre de esperança,
Mas o destino, implacável, transformou o sonho em desconfiança.
Um mês se passou, um turbilhão de emoções,
Promessas efêmeras, seguidas por decepções.
A família em tumulto, um peso sobre o coração,
A solidão se insinua, como uma sombra na escuridão.
Três dias de amor, seguidos pelo vazio,
A pausa anunciada, um prenúncio de frio.
As desculpas da família, um eco de incerteza,
O coração dilacerado, sem forças para a beleza.
Quatro meses de espera, sete tentações em vão,
Cada negação, uma agonia sem fim, um não.
Ela retorna, com desculpas frágeis, um sorriso sem brilho,
Mas o amor, agora um fantasma, esvai-se em um suspiro.
Conversas de sexta-feira, antes repletas de vida e paixão,
Agora são como fantasmas, assombrando meu coração.
No sábado, o vazio, um abismo sem fundo,
Minhas esperanças despedaçadas, em um mundo moribundo.
Três dias de silêncio, uma mensagem cortante,
Amor confundido com amizade, uma faca penetrante.
Meu coração despedaçado, lágrimas a inundar,
Em busca de suas roupas, um mar de dor a sufocar.
"Eu ainda te amo", murmuro na noite gélida,
Na rua deserta, minha alma destroçada, perdida.
Um ano se passou, mas a tristeza ainda é meu lar,
Ela segue adiante, enquanto eu me afogo no mar.
Na rua fria e solitária, ecoa meu lamento,
Minha alma mergulhada no abismo, sem alento.
Cada verso, mais profundo que o anterior, até chegar,
Ao ápice da desesperança, onde só resta chorar.
Em nome dos amantes da música, agradeço a todos os cantores e cantoras e músicos em geral.
A música é um acalento para nossa alma, dá uma energia positiva em nossas vidas.
Para viver com muita alegria e disposição, tem que estar ouvindo uma bela canção.
A vida não é fácil de viver pelos problemas que temos diariamente, mas quando estamos ouvindo uma bela canção, esquecemos dos problemas e vamos tocando a vida.
Todos nós devemos um pouco de nossas alegrias aos cantores, cantoras e músicos pelo acalento que a canção faz de nossas vidas ser mais alegres.
"Ainda bem que existem músicas, que são verdadeiras poesias, para embelezar esse mundo materialista!"
Otávio Abadio Bernardes, Tavinho...
Dor
Na melodia suave, na cadência do ser,
A dor se insinua, como um fio a tecer.
É a canção dos desvalidos, dos que sofrem em silêncio,
Na poesia , encontra-se o alívio imenso.
É a dor que se transmuta, em verso e melodia,
É o lamento que se eleva, na noite fria.
Com uma voz serena, canta a dor
E a esperança, em cada cena.
Nas notas do violão, ecoa a angústia do viver,
Mas também a beleza de se renascer.
É o encontro com o divino, no mais profundo abismo,
É a poesia que nos salva, mesmo no caos do egoísmo.
Então que as lágrimas se transformem em canção,
Que a dor se torne arte, em profunda emoção.
Pois na poesia há sempre um consolo,
Um abraço fraterno, num mundo tão solo.
Que a beleza da dor se revele em cada nota,
E que a alma se acalme, no ritmo que flutua.
Pois na poesia do viver, na canção que se faz,
Encontramos o bálsamo, que nos traz a paz.
"A separação nos deixou marcas profundas, um vazio que ecoa na minha alma como uma melodia triste e incessante. Ainda me lembro dos momentos em que nossos corações batiam em uníssono, dos sonhos que compartilhamos e das promessas que fizemos um ao outro. Agora, essas lembranças são como estrelas distantes, brilhando no horizonte do que um dia foi e nunca mais será.
Eu desejava mais que tudo poder voltar no tempo, consertar os erros e resgatar o que perdemos. Porém, entendo que o amor não se prende a correntes e que teu desejo de seguir em frente é algo que devo respeitar. O amor verdadeiro não é egoísta; ele deseja a felicidade do outro, mesmo que isso signifique deixá-lo partir.
Aceitar que não queres voltar é aceitar a realidade, por mais dolorosa que seja. É um ato de amor compreender que tua jornada agora segue outro rumo, e que, mesmo separados, o que vivemos continuará a ser parte de quem somos. A saudade talvez nunca passe completamente, mas ela também é um testemunho da profundidade do nosso amor.
Desejo-te paz, felicidade e todas as alegrias que a vida possa oferecer. E se algum dia nossos caminhos se cruzarem novamente, espero que possamos olhar um para o outro com carinho, lembrando não apenas da dor da despedida, mas também dos momentos lindos que compartilhamos. Afinal, o verdadeiro amor nunca desaparece; ele se transforma e permanece, de alguma forma, dentro de nós."
Gostaria de cantar
Para você, mamãe querida
E meu filho, meu amor
Em uma melodia de ternura
Expressar em versos
O amor que sinto por vocês
Cantar a beleza da maternidade
E a doçura da infância
Minha voz se enche de emoção
Ao pensar em como são especiais
Mamãe, exemplo de força e carinho
Meu filho, luz da minha vida
Nesta canção improvisada
Quero expressar toda a gratidão
Por ter vocês ao meu lado
Para sempre, em meu coração.
30.06.2.024
Melodias desafinadas.
Um piano desafinado,
rústico,
mal-tratado,
odiado,
esquecido pelo tempo,
injustiçado,
porém, esplêndido.
Cada nota, cada tecla,
sussurra, grita, geme, lamenta, declara
filosofias, verdades, mentiras, qualidades, angústias e bravuras no interior de seus ouvintes.
Mesmo com seu desarranjo, ele ainda ressoa na alma daqueles que se permitem ouvir o seu canto.
Os seus erros o fazem pior do que um piano afinado?
Não; suas imperfeições é que o fazem esbelto.
Minuciosamente, entre todas as teclas brancas e pretas, mora um segredo.
Em meio aos sons sem sentido, há arte.
Em meio aos erros, há acertos.
Em meio aos sons vívidos, há o silêncio que faz parte.
Em meio aos desejos, há os medos.
Em meio aos dançares dos dedos do pianista, há sonhos que cintilam e brincam nos céus do consciente, assim como astros, assim como crianças.
Ignorantes são aqueles que buscam a perfeição,
ignorando os cantares e significados que desafiam e brincam com suas verdades.
Você realmente é tão ruim assim ou apenas não se permite apreciar o timbre de suas teclas desafinadas?
Um piano desafinado não deixa de ser o que é devido às suas irregularidades; são elas que o fazem único entre milhares.
As notas imperfeitas não o tornam desconforme; é a maneira como ele as maneja que o torna forte.
A Felicidade é uma sensação divina…
Ela está em nós sempre que,
nos encantamos com uma música
nos emocionamos com um abraço
nos inebriamos com um aroma
nos deliciamos com um paladar
nos extasiamos com uma paisagem
e a Beleza da Natureza!
extremo a batida em musica toca seu coração
muitas vezes perturbado
entretanto bebo até enlouquecer mesma musica toca
até que dia amanheça,
sou apenas um instante num desejo profundo...
Poesia também é súplica
da alma e do coração
É o bálsamo em forma de música
a resposta da oração
Alívio da alma e do espírito
alcança até o infinito
as palavras da canção.
A tristeza constante dessa cidade
Onde o silêncio é minha melódia
Suporto o vazio que tornou parte de meu ser
De minha rotina pacata
Tranquilo em andar no deserto
Deserto de lutas passadas
Sereno ando com a vivência
De poeiras da vida
Que são só passado.
O passado é uma música.
O passado é o silêncio.
O passado é o tempo.
O passado é um sentimento.
O passado é uma história.
O passado é uma memória.
O passado é o som de fora.
O passado é o movimento.
O passado é o lamento.
O passado é uma gaita.
O passado é o professor.
O passado é uma flor.
O passado é um retrato.
O passado é a saudade,
que bate no peito e virá
amor.
BN 1996, BRUNA ALMEIDA
15/02/2019
Dentro das lembranças moram as melodias
Umas de tons tristes outras no tom da vida.
Moram nas lembranças jardineiras
Moram nos morros das trepadeiras.
Dentro do tempo moram versos
Uns de conhecidos poetas, outras de indigentes cinzas.
Moram nas sombras iluminadas
Moram nos amores não próprios.
Dentro da dor mora um César
Uns de tons toscanos, outros de tom italiano.
Moram Romas e gladios
Moram colinas de desencarnados soldados.
Dentro da morte nasce uma flor
Umas em belas cidades, outras em sutilezas e densidades
Moram aromas sem cheiro de orvalho
Moram corações no cheiro desfeitos.
Dentro de mim se apagam os segredos
Uns bons e de espelhos, outros em rios sem margens e tempero.
Moram histórias esquecidas e esquinas vazias,
Moram rimas de solidão, sem barcos e marinas sem som.
Dentro de mim moram saudades
Umas do criador, outras de anjos e dor.
Moram legiões esquecidas
Moram pincéis, telas sem tintas.
Dentro de mim mora um início, um meio e um fim.
Mora um começo no meio, um fim sem começo e voltando pra casa um dia: um início sem fim.
Gosto do sorriso que te vem da alma...
do abraço que acalma...
da música que espalma e da beleza que exalta a feminilidade sem trauma....
só agora pararam a cantoria
foi grande a melodia
que chegava aos meus ouvidos
eu recolhendo as flores, folhas
e frutos secos da minha jaboticabeira
que está novamente florida...
caídas no chão com a permissão divina
e eles me fazendo uma sinfonia particular para alegrar o meu lindo dia
só posso agradecer e de gratidão morrer
sem nenhum peso na consciência
por parar para ouví-los
foi Deus falando comigo
e sussurrando no pé do meu ouvido:
vai ser feliz!!!
Estava dançando na praia em uma noite escura.
Escutando o som da onda e a nossa música favorita.
Estava com pouca roupa e descalça na areia gelada.
Pegou em minha mão e me conduziu.
Me abraçou e colou seu rosto ao meu.
Fechei os meus olhos para te sentir.
Levou sua mão até a minha nunca.
Sorriu e me beijou até acabar a música.
Fizemos amor na areia da praia.
Voei como um pássaro de tão leve que fiquei.
A noite foi incrível que parecia tão real.
Chorei de soluçar por ser apenas uma imaginação.
A poesia que me salva
Quando nem os livros nem a música
Nem uma palavra de amor basta
Recorro à cadela abandonada
A poesia, é só ela que me salva.
