Museu
Desejo ver o Museu Paraense grande e digno do seu nome,respeitado nos círculos científicos e com o papel que lhe compete no certame internacional dos bens intelectuais da humanidade
Faça da guerra uma peça de museu, já que existiu e não pode ser esquecida pela dor e sofrimento que causou. E da paz, um presente contínuo e eterno.
Minhas Coisinhas
Sabe o que mais desejo? Um museu com minhas coisas depois que eu morrer.
Minhas coisinhas, meus enfeites, filmes,livros ... Quem sabe uma moça com alma de artista se inspira ?
Não ficarei com inveja se ela for melhor do que eu . Perdoarei também se ela for exigente e mimada.
O que eu quero mesmo é que essa moça tome conta do que foi meu .
Escreva poesias, ame Nelson Rodrigues e tenha o sorriso parecido com o da Sylvia Plath.
Eu gosto de imaginar moças-substitutas. Ou será que eu me reinvento sempre ?
MUSEU
Passa o tempo brincando de saudade
sobre a translucidez da esperança
e o novelo de mágoas e lembranças
eterniza o cruel desenrolar
Mesmo a idade já idosa não descansa
-Talvez- porque não se cansa com a sina
quase sempre igual- jamais contínua-
aos destinos servís do consumar
Passa o tempo e nos fica a vaidade
na amargura da vida edificada
no desejo total de eternizar
Somos todos museus de embiaguez
quando não descartamos quase nada
pela doce ilusão de não passar
Um prédio velho após restaurado vira patrimônio histórico...
Um móvel velho vira relíquia de museu...
E quanto mais velhos alguns objetos, mais valorosos eles se tornam...
Nós não, quanto mais velhos, mais restaurados na plástica, mais monstruosos nos tornamos,
mas vamos sendo deixados de lado como mobília sem uso, e mais vai se perdendo o valor de mercado.
Seu passado é sua maior ou pior obra de arte à ocupar um lugar em algum museu, com as marcas que você deixou, para alguem as verem no presente.
Fomos evoluindo e o tempo foi passando,
e quando demos por ela,
começamos assaltar bancos e museus sem medo.
Quem vive de passado é museu. Quem vive de futuro é astronauta. Nós vivemos o hoje e o amanhã só pertence a Deus.
Prefiro morrer com meu sonho na busca de um museu, e assim receber tudo e todos que amam e respeitam o universo dos esportes do que ser consumido pela fome da zona de conforto que esta por a se alimentar dos que deixaram de sonhar...
Uma vez me disseram que quem vive de passado é museu,as vezes as pessoas também vivem de passado...mas isso não quer dizer que elas são um museu,elas só tem que aceitar o que acabou.
Isso já aconteceu comigo,um fantasma do passado voltou na minha vida vivendo totalmente no que já acabou a tempo.
Momento glauquiano!
- Se nossa caixa de e-mail tivesse mais descontos de livrarias, teatros e museus do que tem de motéis, nosso povo se alimentaria mais e ‘comeria’ menos.
Empobrecimento de nossa cultura
O mais antigo museu de São Paulo, o do Ipiranga, está fechado ao público desde agosto de
2013. Detalhe, o museu é o mais antigo e recentemente completou 120 anos. Lá, estão obras
que representam a independência do País. No salão nobre do museu está exposto o quadro
Independência ou Morte, do paraibano Pedro Américo. Manchas cobrem o quadro de Marechal
Floriano Peixoto, o segundo presidente da República, o espelho que pertenceu à marquesa de
Santos, amante do imperador Pedro I, uma carruagem do século 19, está com a forração
rasgada. Na fachada do edifício, paredes sem reboco. Um acervo com mais de 150 mil peças,
100 mil volumes de livros e papéis manuscritos. Segundo informações da Universidade de São
Paulo (USP) responsável pela administração, é que o local precisa de reformas urgentes. A
previsão é que o museu será reaberto em 2022, para um País que conseguiu, em poucos
meses, erguer uma dúzia de estádios para Copa do Mundo de 2014.
O futebol é responsável pelo empobrecimento desse país. Empobrece a saúde, a educação, a
segurança, pois os investimentos que seriam voltados para essas áreas foram lançados para a
campanha da Copa 2014 (que, sozinha, custou mais que as três últimas juntas). Foi o
equivalente a U$$ 40 bilhões, segundo as autoridades de governo e empreitadas envolvidas na
obra. ,iCopas de outros países, como Japão e Coreia (2002), Alemanha (2006) e África do Sul
(2010), consumiram, juntas, U$$ 30 bilhões. O que será que está acontecendo?
Ver a nossa cultura e seus marcos apodrecerem para ver um bando chutando bolas e
ganhando milhões é uma ofensa a nossa honra cultural. Ainda dizem que “Copa do Mundo”
enriquece a economia do País. Acredito que “cultura” enriquece um país.
O holocausto dos judeus virou museu de reflexão, mas não virou movimento de indignação diante da opressão humana. Essa opressão, sempre volta de modo sútil atingindo outros povos.
Eu não queria ser esse museu de memórias aberto o tempo inteiro esperando sempre que algum dia alguém resolva aparecer pra verificar se os vestígios continuam existindo. Eu queria não precisar sempre eternizar as coisas por medo de que elas se percam no tempo, e com o tempo.
Entre a consciência de tudo que eu queria não lembrar, e o orgulho tudo que eu não admito esquecer, concluo; nada é permanente, mas tudo permanece.
Eu vivo o hoje.
O passado é museu,
e o futuro,
eu planto sementes boas para colher frutos bons amanhã.