Mulher Nota mil
Mil e uma coisas na minha cabeça
Mil e uma coisas onde está o amor
Mil e uma coisas onde estás tu. <3
Seus olhos quando se cruza com os meus, é o momento perfeito, é o tempo que para, é o infinito, mil mundos em um olhar, e nenhum seria bom, sem ter o seu olhar pra com o meu cruzar.... PauloRockCesar
Natal no mundo
Não basta escrever sobre aquele menino nascido numa manjedoura há cerca de 2 mil anos, natal era o princípio da luz divina encarnada na efémera passagem do homem na terra, o princípio da esperança nos homens. O princípio do deslocamento terreno e divino, o Natal era o momento de acontecer.
E acontecia!
Acontecia natal, na luz e nas sombras dos homens, na esperança e na desesperança, na partilha e na solidão.
E nasciam palavras e poemas, nascia amor!
E algures, o vazio do mundo continuava a existir.
Mulheres continuavam a dar à luz em terrenos de guerra, a fome a espreitar os olhares moribundos, os mendigos a arrastarem-se por entre as paredes grossas das catedrais. O sangue a jorrar nas paredes vazias, em terras inóspitas
Os barcos continuavam a despejar homens, mulheres, crianças nos mares da Europa. Nessas madrugadas de Natal, não havia lareira, nem mesas fartas, o medo alastrava-se nas frágeis embarcações, alagavam-se os dias de sentimento exaurido e triste. A fome, o frio, entranhava-se na dureza dos corações amargurados e desistentes.
E acontecia!
E de novo acontecia, a dor e a esperança, a anunciação, a fuga para uma terra prometida.
A coragem revestida duma amálgama de pranto e desconsolo!
O deslumbramento e o desassossego dos homens, numa terra minada pelo desespero.
E acontecia!
Uma criança que chora, outra que que desfaz embrulhos sem olhar para algum, a fartura a confundir o sentimento de injustiça.
Mesas fartas, mesas luxuosas, o cheiro a açúcar e canela, e o vazio opaco, invisível em cada uma delas!
Mesas de pedra, vazias, geladas! O aconchego frio das pedras das catedrais, crentes que passam, homens de boa vontade estendendo um pedaço de pão, um cobertor para enganar o frio, uma sopa quente. Uma fotografia esquecida, memórias onde a família ainda era um conceito de paz e estabilidade.
E homens e mulheres percorrendo as ruas vazias e frias de uma cidade qualquer, e homens e mulheres cansados dos dias, ouvindo os sinos de uma aldeia adormecida.
E o fluxo dos homens desesperados procurando a salvação!
E Natal acontecia!
São Gonçalves.
A história do cristianismo é a história de mil embates filosóficos e morais, tanto retóricos quanto em longas disputas teológicas, públicas e escandalosas. Porque o cristão não tem medo de tretas. Mas hoje parece que a salvação está no 'deixa disso, irmãozinho, vamos dar as mãos', como se a ignorância, a tolerância com o erro e o desprezo da verdade fossem o caminho, a verdade e a vida.
POÇO SEM FUNDO
Ela passou por mim, por mil inícios e fins
Antes do meu peito, o que a prendia, dias ruins
E depois do mundo, voltou marcada por cada...
Dizendo ter tudo, tudo, tudo, sem ter nada
Foi o nó, poço sem fundo
Depois tantos outros do mundo
Ela voltou procurando e querendo
Um porto em mim, no meio da estrada
Querendo um abraço, mas perdida não se vê
E eu não vejo nada, nada além de um vão querer
Na face a poeira da estrada e ela cansada
E ela nega tudo, mas a vida estampada
Em sua voz, duras palavras
E a paz, tão mal disfarçada
Ela voltou procurando e querendo
Um porto em mim, no meio do nada...
Há muito tempo ela foi e eu não vou...
Sob cada horizonte
Estive a sua procura
Correndo Montanhas a montanhas
Entre mil tempestades
E um milhão furacões
Sempre atrás de você
Mas nunca achando
As vezes penso em desistir
Mas me pego pensando em ti
Não consigo parar de pensar
Nao importa o quanto corra
Nem o quanto fuja
Estou amarrado a uma âncora que é você
Poesia de Coração
te escrevi mil poemas
e recebi o silêncio
espantei meus problemas
acumulei vícios
por favor não tenha pena
eu não preciso
só não me peça mais uma peça
que por você meu peito
já não sangra nenhuma poesia
Para ganhar alguma sabedoria, esvazie sua xícara. Enquanto ela estiver cheia de mil preocupações e especulações - não haverá espaço - você não será preenchido com coisas novas.
O Último Hoje
Hoje senti um aperto no peito.
Mil mãos me empurrando contra um muro de esquecimento.
Eu tentei me manter firme.
A dor chegava, o riso perdia, o amor lembrava, e a saudade beijava, o coração gritava, a memória chorava e ainda assim a fé existia.
Hoje feri minhas mãos com os espinhos de uma flor venenosa.
Ardeu, sangrou, e como uma chuva de vermelhidão de dor...
Lavou meu céu e tirou seu brilho.
O pássaro posou, a nuvem não apareceu, o sol escureceu, o dia me esqueceu, e o céu que era teto iluminado virou chão apagado.
Hoje senti na pele as palavras dos adeus seguidos!
A última canção preferida agora são abraços sussurrados, são luzes me guiando ao final do pra sempre.
Ouvi teu "até logo", senti tua mão na minha, olhei com o olhar perdido, pois olhar no fundo dos teus olhos pela última vez eu jamais queria.
Hoje descobri que já não sei se quero mais ter hoje.
Anota minha placa que minha rima passou a mil!
Tão rápido que seu radar nem viu!
Sai no portão da sua casa,
Mandei um bilhete pelo pombo correio, sem asas!
Mais rápido que a luz,
Se tiver curiosidade, enfia a cabeça no buraco negro, avestruz,
E vê se sua massa cefálica
Ainda guarda algum preconceito com a Africa.
Switch case:
- Caso exista: Corte os P - U - L - S - O -S
- Caso não:
Segue seu caminho de evolução!
Não temos opção,
O continente ainda está em S.O.S!
O povo ainda padece.
Posso em palavras te falar mil e uma forma de chegar aos seus objetivos, mas as suas ações que determinarão o tamanho do seu sucesso.
Ah se me fosse concedido apenas um desejo, dele faria mil.
Poder me perder nos caminhos que seu corpo faz.. Te olhar tão fundo nos olhos a ponto de me enxergar, enquanto fazemos de dois mundos tão distantes um universo só nosso complementar.. Tudo o que gosto e quero você pode me dar de maneiras diversas..
O triste de sentir que estou sempre buscando longe demais o que jamais tive perto de mim, essa busca me cansa e o vazio que se instala sempre que preciso dizer adeus, me consome em solidão..
As cores lindas dos meus dias somem, em diferentes escalas de cinza fica as lembranças da luz do seu sorriso, o calor da pele... Tudo se vai.
Amores clandestinos, com destino sempre certo em mim.. As diferenças entre nós são excitantes demais para dizer que não, me entrego como se fosse o ultima vez, todas às vezes, sei que também deixo algumas marcas, mas elas somem depressa.
O que posso fazer a não ser desejar mais mil vezes esse desejo de você..
PEQUENA TENTATIVA DE RETÓRICA
Contei a mesma história
No mínimo mil vezes
Com a nuvem ocultando a lua
Com um olhar desesperado
Gritei, esbravejei,
Reclamei e ameacei.
O vento corta a noite
Com uma foice
partindo a minha voz
Sem outra opção, recorri à justiça. A qual, além de cega, escuta mal.
Não deu outra, ninguém ouviu.
A chuva desabou na favela deserta,
gargarejando nos bueiros entupidos.
Agora só confio nas minhas próprias mãos,
Para minha voz
Não amanhecer morta.
