Muito embora
Muito embora não sejamos tão bons quanto necessário, o mundo ainda precisa do razoável em nós, para que o tornemos no mínimo melhor habitável, pois somos os tutores das mudanças de nosso tempo e não podemos esquecer isto..
A alma deve estar fora do comércio, muito embora o corpo sofra as restrições de estocadas boçais, arbitrárias e autoritárias.
Muito embora você tente atribuir a outro a responsabilidade ou consequência de um ato por você praticado ou estimulado, a culpa, de fato, nunca deixará de ser sua.
(...) Muito embora ser uma pessoa realizada com com as minhas amizades, hoje na roça em diálogo com um grande amigo sobre as relações interpessoais, baseado no contexto colocado expliquei pra ele que nos dias atuais as amizades são como folhas secas, elas vivem refém do vento da conveniência...
Um caso curioso.
Temo não ter pessoas a minha volta, ficar só,
muito embora já é factível que a presença
física de nada significa, a não ser um espaço
ocupado por corpos perdidos lutando por
ser o centro das atenções.
Todavia, ter muitas pessoas a minha volta
culmina em me causar muita ansiedade,
o que me faz desejar estar sozinha novamente.
É um ciclo que nunca se acaba, mas me afeta
de uma forma negativa a ponto de ser muito difícil
de lidar.
Haverá um dia em que terei um parceiro, parceira,
alguém que eu possa me abrir verdadeiramente,
e estar confortável com isso? Alguém que faça
meu coração bater de forma constante e equilibrada,
sem anseios, sem pressões, sem medos, somente
a tranquilidade que uma amizade verdadeira pode
proporcionar.
Um dia, um dia.... Esse dia há de chegar?
Como disse Oscar Wilde, caso não demore
muito, posso esperar a vida toda.
(...) O caráter é um atributo peculiar de cada indivíduo, muito embora o próprio não seja culpado de tal, também, ninguém é obrigado a tornar-se refém de tal atributo...
O fechamento de um ciclo é sempre uma oportunidade de renascimento interior, muito embora não exista necessidade de datas fixadas para nos renovarmos.
Jamais deixei de ser sonhadora muito embora me houvessem dito que os meus pés deveriam ficar no chão. O sonhar faz parte de mim, igualzinho respirar.
Meu barco andou buscando um navegante
Que se esquecera ao longe e, muito embora
Venha das sombras de um país distante,
Vai demandando a luz da eterna aurora!
Quantas vezes chorei no barco antigo!
Eram tempos de trevas e tempestades,
Vagas de dor, em noites de perigo,
Chuvas de pranto, névoas de saudade...
Mas, um dia, Jesus deu-me a ventura
De revelar o viajante amado
O grande sonho, o anseio de ternura,
A esperança no porto desejado.
Desde então, o outro barco, enchendo as velas,
Vem, quase rente ao meu, sem descansar!
Não mais só!... Adeus morte, adeus procelas!
Nós dois sigamos pelo mesmo mar.
A mulher buscando se igualar ao homem, desceu um degrau, muito embora muitas iludidas pensem ao contrário.
A mulher é vida dentro de vida, a mulher tem o poder de gerar outra vida, a mulher tem o poder de produzir alimento a partir do seu próprio corpo. Todo arquétipo da humanidade repousa dentro dela, Mãe, Mulher uma só Rainha Universal.
MEU FELIZ ANO NOVO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Muito embora não compartilhe da provável essência do natal, vejo bastante significado no início de mais um ano. Aprecio começos e recomeços; novas chances; reocasiões e repensamentos. Tudo isso deve ocorrer a cada manhã ou toda vez que sentirmos necessidade, mas é algo especial e significativo chegarmos a mais uma etapa de mundo, junto com os seus bilhões de habitantes. Creio muito no pensamento humano e no desejo real um tempo melhor.
A boa vontade do ser humano, que em sua maioria é bom, tem o poder de salvar. É dessa vontade que o mundo sempre dependerá. É graças a ela que ainda não se fez o caos total. Uma vontade com o tempero do amor à vida e ao semelhante, apesar das não semelhanças que nos igualam. Inclusive as não semelhanças de credo, gosto e opinião, que geram conflitos entre os homens e as mulheres de má vontade que julgam o outro, por se julgarem especiais e imunes aos males e às fraquezas inerentes a todos.
Que a nova chance alcançada nos leve à reflexão sobre o que realmente vale a pena. Talvez seja tempo de conhecermos valores maiores do que dinheiro, status e fama. Tempo de termos tempo para quem amamos e para nós mesmos. Uma nova era, em que nos doarmos mais aos nossos filhos tenha mais poder do que dar coisas conquistadas com ausências provindas do excesso de trabalho. Novos tempos, em que a presença fale mais alto que o presente.
É este o feliz ano novo que o meu coração consegue desejar a todos. Eis a grande conquista que a humanidade ainda não valoriza: o amor que aproxima. Que não espera troco nem recompensa. Que põe as pessoas acima de suas posses ou não posses. De seus nomes e sobrenomes. Aparências, feitos e resultados. Credos, etnias, cores, escolhas e orientações. Isto sim é igualdade.
NA TAL DA DATA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Muito embora
na tal da fase,
o meu desejo
é de que agora
o nosso quase
se concretize...
Na tal da crise
na qual a crase
a acentua,
o nosso sonho
que se cansa,
ganhe força
na tal
da esperança...
Na tal da data
em que não creio,
mas gostaria
de não viver
tal tanto faz...
Queria tanto
não ver no mundo
tal fim de mundo,
e acreditar
na tal da paz...
"La Fenice"
Versar é preciso, muito embora moído
A poesia dilacerada, sem imaginação
Pôr o sentimento de novo em criação
Surgir dos destroços, deixar o alarido
Refazer cada estrofe, ter o novo rumo
Ter na história aquele empenho valido
Aquela sensação marcada, um sentido
Ter na prosa ritmo e na ventura prumo
Quero a cadencia no verso, a boa sorte
A harmonia e a poética com um aporte
E quem sabe a felicidade, então, trovar
Renascendo das cinzas o verso esvaído
Chorado, sofrido, num agrado incontido
Tal “La Fenice” novamente poder causar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12/11/2021, 18'58" – Araguari, MG
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