Morto Vivo
L I B E R T A S
Hoje vivo acompanhado de meus pensamentos.
Estes sobrevoam quintais sem algemas, açoites, angústias e tormentos.
Quase meio século em busca de conhecimentos.
E o que sei? Quase nada.
Calouro do curso em que nós formamos na linha de chegada.
Me equilibro entre escolhas e consequências.
Nada é um acaso e sim uma necessária experiência.
No entanto, não há liberdade onde não existe lei.
Que se faça valer nossa carta magna, 5° artigo, inciso IX, que é direito nosso até onde sei.
Em meus sonhos te cultivo, e lutarei sempre para que todos desfrutem dessa opção.
Não só na impressão, mas verdadeiramente na ação.
Que o poema mostre que sim, se pode!
Que só não há remédio para a morte.
“Responsável pelo que sou, minha sentença é ser livre”.
VIVO
Cicatrizes, batalhas, histórias contadas.
Poucos triunfos, perdas contabilizadas.
Próximo nível do jogo, não emocionei a razão.
Arritmia, luz, câmera, ação.
A solidão do tamanho do mundo.
Alpinista de um poço bem fundo.
Perdi a guerra, não estou no poder.
Ainda me resta a última bala, é bom você saber.
Minhas impressões digitais estão em tudo que faço.
O sentimento, edificado em cimento e aço.
Trovador solitário, semeador de estrelas.
Esse sou eu, meus ideais, minhas bandeiras.
Eu vivo a felicidade, nas minhas ilusões
Eu vivo a realidade, acorrentada
Na minha eterna infelicidade
Sobreviver? Aguentar?
Me dê um bom motivo
Quando eu continuo a viver
Eu continuo a perder
Eu continuo a morrer
Dia diferente?
Tudo mesmo dia
Mesma derrota
Mesma vida
Mesma tristeza
Mesma esperança
Mesma morte
Eu cresci no lado do crime
Lado do são paulo - sp
Continuo vivo sem desconversar
Em poucos segundos
As mães vão pra cama dos velhacos
Das favelas de são paulo
PEDRO PAULO DESENCOBRIU O BRASIL
E aê, Mano Brown!
O maior poeta contemporâneo, e vivo. Um alvinegro... Com sua poesia marginal; fez o cântico dos loucos e dos românticos. Poeta por dentro e por fora. Santista de alma! Um negro drama de pele clara.
Um homem em reconstrução/ desconstrução na estrada.
Me inspirou, e me inspira até hoje a ser um sujeito homem! Pedro Paulo foi quem desencobriu o Brasil criado por D. Pedro, com suas crônicas cantadas.
Na moral, Caminha nunca iria lhe alcançar com seus rolês.
A rua lhe atraiu mais do que a escola.
Daí, Pedro Paulo virou educador: contra-hegemônico!
...Tem formado uma pá de gente.
Sem nunca ter “lido” Freire.
Se “Ivo viu a uva”,
O “Negro drama”,
Tenta ver e não vê nada
A não ser uma estrela
Longe, meio ofuscada!
Ele sintetizou à educação quando declamou: Da ponte pra cá antes de tudo tem uma escola.
Pedro Paulo, pedra negra, um homem no fim do mundo, que dá de beber as plantas,
Canta até o fim,
Recita os versos da periferia: és um poeta goat, diante dos cânones, de touca
Firme e forte, guerreiro de fé
Vagabundo nato!
Vida Loka!
Maria Beatriz do Nascimento
O seu sorriso ainda está
vivo na memória afetiva
da minha infância,
Não te esqueci
e os teus poemas eu li,
A sua rota de igualdade
e direito de restituição
para as tuas irmãs ainda
não foram concluídas,
Há muitas histórias
a serem esclarecidas.
Eu li sobre ti nas mais belas historias
sonhei contigo nos meus mais belos sonhos
agora vivo você e percebo o quão bela a
minha vida se tornou
A sociedade é um organismo vivo; cada indivíduo é uma célula que contribui para o seu funcionamento.
Minha vida aos poucos perdeu o querer. Vivo em coma, sobre o automático. Curo, mas não sou curado.
Entre as vastas personalidades que criei, já não sei quem sou, o que quero e o que me mantém a viver. Eis que agora rasgo o véu e enxergo as verdadeiras cores desse mundo. Bendita é a ousadia que me envolve a noite, maldita é a covardia que me agarra ao amanhecer.
Vejo as cobras rastejarem e logo em seguida subirem pelas minhas pernas, se algo aqui me põe a viver, é o amor pelos que me amam, e a esperança de encontrar, por eles, a saída dessa selva.
Cristo Vivo -
Mas num momento de pura Poesia
o Monte transformou-se em Azinheira
das vestes negras, solitárias de Maria
surgem vestes brancas numa Glória derradeira!
Da noite escura fez-se o dia claro
o Sol no Céu desponta, dança entre as nuvens,
e a Mãe de Deus, num silêncio terno e raro
revela que seu Filho está vivo entre os Homens!
Vi então a prata dessa Espada no seu peito
diluir-se pelo espaço em Raios de Luz
levando a cada Coração os Olhos meigos de Jesus!
Então, alevantando-me do leito,
fixei aquela Cruz que tenho em minha casa ...
Emudeci de espanto! Ele já não estava!
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