Morto Vivo
Quem sou eu? - Uma menina
Sou uma grande mulher
Que vive buscando razões de viver
Apenas vivo a ilusão...
Sou alguém; que a vida encontrou
Quem sou eu? - Uma flor
Sou uma linda orquídea
Que vive na mãe natureza
Somente fazendo a sua função...
Sou aquilo; que Deus criou
Quem sou? - Um grão de areia
Sou uma grande rocha
Que vive sofrendo erosão
Apenas vejo o tempo passar...
Sou eterna; até que me deixem viver
Quem sou eu? - Não sou nada
Sou a vida e a morte
Que um dia encontram-se
Somente para cumprir o destino
Sou um anjo; em que na alma se perdeu!
Esta sou eu!
Já que o mundo acabou e me encontro virtualmente vivo...
dou-lhe o beijo que nunca lhe dei
um beijo eterno e delirante.
Caminho vivo
olhares agudos, sombras e raios fosforescentes
é o melhor ir sob raios, trovoadas e impropérios
o que me restou, andar e sonhar.
Hoje me apetece, me aquece, me adormece.
Não reclamo, mesmo que me esqueça em qualquer rua de nossas vidas.
As palavras contemplam mundos
suas vírgulas e eu as odéio
sua interrogação, exclamações.
vivo neste mundo, estéticamente
qual apenas um ponto final.
Oferenda
silêncio amor
deixa que tudo tem seu encaixe
do que é vivo e vibra
revolvi a música
nesse pedaço de inocência
papel alado em branco
o perfume da essência
miragens amor
paisagens, versos, sonetos
na pele do desejo
MATULÃO
Vivo das lembranças...
De levantar do chão meus pés andarilhos.
Nessas investidas, quase muito eu vi.
A florada no seu tempo
Escutei com displicência o argumento dos homens
Duvidosos das chuvas, de língua seca.
Remôo essas lembranças
Eu apanhando do chão
Meu matulão cansado da estrada
E eu um homem desertificado,
Orado, rezado, benzido pelas sombras boas.
Cacho de alecrim, pra espantar mutuca,
E deixar um cheirinho
Que a gente logo abusa.
E de noitinha ouvir a sinfonia mais desencontrada
A saparia escondida do maestro ensaboado.
Araras no topo jogando migalhas,
Que os bichos rasteiros
Comiam lembranças do chão.
Adoeço só de ver as estradas encobertas,
E um céu descoberto, nem uma nuvem que se pise.
Quanto mais me disto desses lugares meus.
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naeno*comreservas
MATULÃO
Vivo das lembranças
De levantar do chão meus pés andarilhos.
Nessas investidas, quase muito eu vi...
A florada no seu tempo certo,
E vi errado o argumento dos homens
Duvidosos das chuvas, de língua seca.
Morro das lembranças
Eu apanhando do chão
Meu matulão cansado da estrada
E eu um homem desertificado,
Orado, rezado, benzido pelas sombras boas.
Cacho de alecrim, pra espantar mutuca,
E deixar um cheirinho
Que a gente logo abusa.
E de noitinha ouvir a sinfonia mais desencontrada
Da saparia escondida nas locas.
Arengas na estrada de cobra e lagarta,
Araras no topo jogando migalhas,
Que até eu, com a fome no estômago, alimentada,
Pegava e comia, essas lembranças do chão.
Adoeço só de ver essas estradas raspadas,
E um céu descoberto, nem uma nuvem que se pise
Quanto mais me disto desses lugares meus.
vivo só, meio, cá meio assim, sei lá.
Meio a meio.
não, estou nem ai e aqui, muito menos por aí.
vou só, inteiro. distante por entre nuvens.
calado, ceifado, cifrado, constipado, culpado.
vivendo e só viver`ás vezes,
apenas algumas horas,
num tempo noutro, é que a vida me aperta
é coisa esquisita, diferente
ávida.
Vivo,
e bem sei que vivo.
Neste instante que é único,
neste mundo que é meu.
Vivo,
e bem sei que não vivo.
Neste instante fico mudo,
procurando rastros seus.
Vivo,
e apenas vivo.
Singelo neste mundo
onde meu sonho se perdeu.
Não faço nada pensando no amanhã e nem nas consequências, não sei se estarei vivo até amanhã e muito menos para sofrer as consequências.
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