Morro
Ah como eu te amo!
Morro de amor por você!
Olha eu morrendo de amor,
Resta é viver por seu amor.
Morrer só se for por falta dele.
Quantas vezes Sísifo terá que rolar a pedra até o topo do morro para perceber que o lugar dela é na base e o dele é no cimo da montanha?
Cabeças robotizadas
Errei a jornada e parei no morro
Mas qual seria o caminho certo?
Frequentando os mesmos locais
Desconhecendo o real de perto
Selva de pedra, tu és selvagem
Dás alimento aos gananciosos
Quem lhe conhece, quer fugir
A cachoeiras e tempos ociosos
A engrenagem tem sustentação
Que depende da conformidade
É sabido que indagar desagrada
As pretensões da alta entidade
Todas as cabeças robotizadas
Podem, pasmem, perder lugar
Para os robôs, estas criações
Que na teoria não irão pensar
Trocando seis por meia dúzia
O poder central vê vantagem
Porque o criticismo ausente
Irá perpetuar a sua linhagem.
UM POUCO DO QUE SOU
Sou a água do coco, o doce da cocada.
Do corpo, a água de cheiro.
Morro na praia, todos os dias, depois de molhar teu corpo inteiro.
Sou a poça nas estradas, e da criançada, o poço;
sou o suor do teu rosto, a chuva, a enxurrada.
Sou o sereno da madrugada, o orvalho,
e as lágrimas dos teus olhos.
Sou a esperança dos idosos,
e a doce alegria das crianças,
sou o fiel da balança,
o ouro da torneira.
Sou o “direito”, o amor perfeito
que brota do chão,
que desce do céu;
sou bombeada,também, pelo coração.
Sou um devoto em súplicas,
estou no pássaro que voa,
sou a vida na Terra, acontecendo.
Sou uma célula pulsando em cada canto.
Estou na presa fugindo; e na ave de rapina.
Sou a fonte brotando,
água cristalina,
Juntinho dos buritis;
pra não me estender muito, sou de todos os lugares: do Planalto Central,
da Serra da Mesa, da Moeda, da Canastra...
Da Serra Geral.
Sou das veredas do Guimarães Rosa, da Serra do Curral,
do Pantanal...
sou de Minas Gerais,sou Universal:
sou vista até em Marte.
Por fim, sou a justiça qual rio a correr,
que não pode secar;
sou a vida escoando
procurando o mar.
-24.04.16
Eu morro a cada dia esperando por aquele momento
Nem sempre é doce a espera.
Nada posso te dar
No entanto estar lá novamente seria qualquer coisa como a magia dos dias que ressurgem.
Não é pesarosa minha estafante espera
Já que só espero pela lembrança agradável e o desejo da reincidência
A tua ausência não é falta
Vives em mim
Acordas em outros braços, descansas em outros ombros
Mas só vive verdadeiramente na minha presença.
Só es de verdade quando permite aos teus olhos que descansem nos meus.
Metade de mim é agonia
A outra metade é calmaria
Confio no destino que prega nossa perseguição.
Nossas almas não são gêmeas
Nossas almas são primas
São fotocopias
É o entendimento, o reconhecimento, a paz
São almas adjacentes
São almas de saudade.
Metade de mim é o que escrevo
A outra metade é o que penso, reservo
Apenas vislumbro vagarosamente, penando com meu fatigante desejo.
Porém, estas não são palavras de lamento
São de alegria
Já que saudade é o que fica de momentos transcendentes
Saudade é bom.
Não se sente saudade de momentos ruins
Saudade do ápice que não tivemos
Saudade do que não te disse
Saudade do que não te permiti.
Não posso exprimir corretamente
Só posso fechar os olhos e lembrar ou talvez só imaginar.
Sentir a saudade da ausência, da espera, da raiva
Saudade.
Saudade da infância, do gosto da comida, do cheiro do mar
Saudades da família reunida, do sono repousante
Saudade da brincadeira
Saudade do afago
Saudade do coração é diferente da saudade do corpo.
Todos os dias, sinto que morro um pouco. Meu coração acelera sempre que penso em você. Perco todo aquele receio que um dia senti. Como não amá-lo se quando mais precisei, estavas comigo. Não mais terei medo e o amarei por toda minha vida!
" Só não morro porque tenho que falar,
Só não falo porque quero gritar,
Só não grito porque todos vão me ouvir,
E ninguém vai tirar esse sentimento de mim.."
Amanhã morro
É demais ao intelecto
Não podem voltar
Não podem nem ficar
Morrem ontem alguns
Ansiosos pela libertadora e definitiva
Não morrem outros
Apressando o irrevogável
Amanhã morro
Para que talvez viva o espírito
Réquiem 9
Só por hoje, morro satisfeito
Pois fiz tudo o que queria
E vivi o maximo que podia
Mesmo que tenha sido imperfeito
Sou grato pelo que teve feito
Colocando barreiras que impedia
Futuras desventuras em meu dia
Grato pelo sorriso sem jeito
E as palavras que tenha dito
Sempre em tom amigo
Inclusive as sem sentido
Meu atroz mais antigo
Sem nunca ter entendido
O porque te sigo
Vida Louca
Meus olhos são aquele morro
E o pó é como cachoeira
A boca pede socorro
E o sangue quando ali escorre
É como água na biqueira,
Não sei quem vive
Não sei quem morre
Eu só sei que é livre
Assim como quem corre,
Viver nunca foi brincadeira
A vida sempre teve lá seus aclive
Eu sou a boca
De quem não morde
E o poder de quem não têm,
Eu sou tudo o que você procura
Na falta que me faz também
Acorde a sua locura
Porque o amanhã já vem,
Adote aquela doçura
Pra quem um dia te olhar
Poder dizer amém
Os meus olhos são uma cidade
Numa noite de carnaval
É uma bela amizade
Em pleno canavial
Que vai cortando com a mão
Pra fazer aquele açúcar
Misturando mel com paixão
Até aguçar o que se quer
Nem que seja perdão
Ou ilusão se puder,
Perto do que não vai
Longe do que já vêm
Na pureza de todo dia
No sentido do que não sai
A locura já detêm
E o poder da alegria
Cada vez ficando pra trás
Longe do que não sobe
Perto do que só cai,
Pano que nunca encobre
Menina louca de saia
Confuso destino destraia
E aos poucos um dia descobre
É a vida louca que se vê
Perto do sol que já tá pra nascer
Eu vim na sombra da lua
Muito antes de tudo escurecer,
Pelo o que se faz na rua
Diz que te ensina
E ainda da prazer
Prazer de se ter na cintura
O que devia esquecer
Isso é perto da locura
De quem não têm o que fazer,
Quando a doçura já amarga
O jeito mesmo é correr
Enquanto dá tempo
E os amigo não te larga
Os meus olhos
São os retratos do mundo
Aflição de quem olha
Desespero de quem não vê
Perdição lá no fundo
Decepção se não crê
Aventura de amargar
Nuvem negra em pleno deserto,
Rio a naufragar
Nunca errado
Sempre tão certo
É o preco que temos a pagar
Quando o enredo é incerto
Dá vontade é de afogar
Pra nunca mais chegar perto.
Não existe mais morro nem cascata
tudo por causa de ouro e prata,
a terra pede socorro constroem cidades
destroem as matas.
Escorpião
Escorpião, fure meus globos
Inchaço
Globo vermelho
Sangra. Vaza. Fecha. Morro. Sangra. Vaza. Fecha. Respiro.
Meu corpo se revolta
Estou pingando
Faça isso parar!
Minha glândula salivar
Que rebelde, maldita
Pare
Te imploro
Acabe logo com isso
…’’.’.’.’.’.’......’.’.’’...............
.”....”.’.”.””.”.”..’.’.’.’.
Não posso enxergar
Anoitece ao meio do dia
Acaba-se tudo as quinze horas
………….,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
Canso e caio
No poço, no fundo
Manso morro
De roupa, imundo
Sou como um pássaro se você segurar forte eu morro,
mas se você soltar eu voo e não volto mais!
Agora se você me deixar pousar no teu coração,
com delicadeza e amor,fico pra sempre!!
Isso tá me matando,a cada dia que se passa eu morro um pouco,eu só queria que de alguma forma,você me perdoasse e voltasse para mim.
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