Morrem Jovens
Existem amores verdadeiros e esses jamais morrem...permanecem para a eternidade. Passamos muito tempo fazendo a coisa certa para as pessoas erradas, sofrendo as consequências das más escolhas pelo caminho, sofrendo à toa por coisas inúteis e gente sem conteúdo, alimentando vãs esperanças em relação ao que não tem a menor chance de vir a acontecer. Perdemos muito tempo investindo no vazio, esperando retorno do que não volta, aguardando sorrisos de quem nem nos olha direito.
Sou feliz por não me ter perdido do meu caminho e das pessoas que valem realmente a pena. Essas são reais para toda a vida, porque sabem que o valor de tudo está no amor e respeito, não nas coisas materiais. Não consideram as pessoas pelo estatuto social, valorizam a simplicidade e a humildade.
Há pessoas que sem darem conta, fazem tudo apenas para serem reconhecidas e acabam por se perderem delas próprias e de tudo o que é verdadeiramente real, o AMOR.
Nada forçado me atrai,
amizades, amores e até flores,
Flores quando cortadas morrem
assim tudo que é forçado acaba
pra valer a pena tem que ser leve e cultivado não obrigado!
ESTRELAS MORREM
Pela lei divina
Não somos eternos
Somos seres mortais
Morremos
Iguais às estrelas
Todos saem de cena
Por explosões internas
A máquina humana para
Iguais às estrelas
Do nascer da vida
Aos mistérios da morte
Fenômeno
Entre a criação e a destruição
Super novas, já era.
Iguais às estrelas
Seres solitários
Em um mundo carente
Povos agonizantes
Iguais às estrelas
Somos iguais
Partículas
Forças titânicas
Que nos tornam
Isso que somos!
ONDE MORREM OS OLHARES
Faço parte da sociedade de consumo sem sumo; se eu pensasse em algo na minha adolescência, provavelmente eu pensaria nisso, mas nisso eu não pensava; o meu olhar caia com o sol e a magia que só a natureza proporciona nos finais das tardes, até então eu ainda não entendera esta sensibilidade de contemplar os ocasos. calção roto, pés descalços, um carretel de linha e uma pipa, eu ajudava a compor as cores maravilhosas dos verões com os tons extraordinários das minhas pipas e suas evoluções. Nunca imaginei como algo irreparável as carências materiais que me cercavam, tudo isso se perdia diante do azul anil do firmamento ou do verde oliva das colinas; as cores da natureza tinham suas magias e na hora do crepúsculo tudo ganhava poder revigorante; alguém, algo, alguma coisa surreal me fez acreditar que com a minha boca roxa de chupar jamelões, as minhas unhas encardidas e a minha pipa eu era uma espécie de sentinela daquele portal que só eu tinha a capacidade de vislumbrar. eu guardava o arrebol e os deslimites onde morrem os olhares, se perdem os sonhos e nascem as esperanças; mas isso, a minha confusa adolescência, perdida no fascínio do rosicler ainda não explicara. Minha grande preocupação eram os predadores: Simica, Brucutu e Mermequer, que derrubavam para além do horizonte as mais belas cafifas. Traçando uma estratégia para o dia seguinte, sob os tons opacos da penumbra eu retornava ao convívio do meu clã; tentava uma desculpa esfarrapada para a minha ausência, mas o cinto nas mão de mamãe jamais entendera... depois da janta, já sob a presença de papai, eu dividia, somava, subtraia e multiplicava, tentando entender a filosofia de que a ordem dos fatores não alteram o produto; eram lógicas que não me seduziam. Eu ainda tentava entender onde morrem os olhares, quando o olhar de papai já desmaiava cansado de mais uma jornada, provavelmente muito mais árdua que a deste infante sonhador.
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Talento é um processo...
Uns nascem dominando, outros morrem o procurando.
Contudo, renasça antes de morrer para saber a doçura de ter.
Me alertavam antigos velhos mestres, que quando uma serie de pessoas boas morrem, é por que está havendo uma grande batalha dimensional entre o bem e o mal, um confronto vibracional entre as trevas e as luzes no astral, o bem celestial antevendo segue sublimando possíveis fortes catástrofes para toda humanidade diante da força avassaladora do fogo e do caos.
Os verdadeiros heróis da humanidade não morrem, "ancestralizam" seu espirito e sua luz vital na eternidade.
Quando somos jovens, saímos pelo mundo, um mundo muito diferente daquele onde vivíamos com nossos pais, pelo menos para os felizardos entre nós que ouviram contos de fadas e histórias de príncipes e castelos encantados.
Então, começamos a encontrar egoísmo, incompreensão, agressividade e falsidade. Tentamos nos defender e preservar nossa inocência, mas a injustiça, a violência, a superficialidade e a falta de amor continuam a nos assombrar. E nosso espírito, em vez de espalhar luz e felicidade ao redor, começa a recolher e se ocultar no fundo de nós. E chega o momento que o mundo com o qual sonhamos em nossa juventude começa a tremer diante do avanço implacável da realidade. Existem aqueles que, neste ponto, descartam seu tesouro de sonhos e ancoram suas vidas na segurança ilusória do pensamento racional. Viram indivíduos sérios, que adoram números e rotinas, que, por sua vez, lhes dão uma aparente segurança. Entretanto, como a segurança nunca é abrangente, eles jamais conseguem ser felizes. Então começam a acumular posses, mas sempre há algo faltando. Possuir coisas não os torna felizes, pois os afasta da simples existência. Eles valorizam os meios e não os fins.
Pensar que a felicidade depende de se possuir alguma coisa é uma autoilusão reconfortante. Como depende de ter e não de ser, buscamos algo que está fora de nós. Assim, não precisamos olhar para o nosso interior, de acordo com essa forma de raciocínio, podermos ser felizes sem mudarmos nossa maneira de ser. Basta obter isso ou aquilo.
Aqueles que buscam posses, geralmente estão atrelados ao futuro, nunca aproveitam o presente.
Os jovens de antigamente arriscavam a vida para lutar pelo futuro do brasil, hoje eles clicam em compartilhar.
O que aconteceu com o mundo?
Como era bom quando os jovens respeitavam os mais velhos.
Como era bom quando os jovens saiam do seus lugares para não deixar pessoas mais velhas em pé.
Como era bom quando os jovens admiravam os mais velhos.
Como era bom quando os jovens se espelhavam nos mais velhos.
Como era bom quando a educação não faltava.
Como era bom quando todos paravam para escutar uma linda história de seus avos.
Como era bom quando todos tinham dignidade.
Como era bom quando todos tinham caráter.
Como era bom aqueles tempos
Tempos de construções de sonhos.
Tempos que ninguém queria passar por cima de ninguém.
Tempos que as pessoas só pensavam em ajudar.
O que aconteceu? Ninguém mais percebe.
Ninguém percebe a desigualdade.
Ninguém se importa mais com o próximo.
O que aconteceu com o mundo?
As vezes bate aquela vontade de deitar numa rede a noite inteira e observar as estrelas.
Mais o medo e mais forte.
Medo de ser assaltado.
Medo de ser morto.
Por que existe tanta corrupção?
Por que quem deveria esta cuidando dos outros só se preocupa com sigo mesmo?
Por que tantas pessoas se desviaram do bom caminho?
Parece que o mundo não está mais no caminho certo.
Por que a vida esta sem sentido?
Será eu que estou perdido?
será que o mundo esta perdido?
Já não sei mais o que pensar, não sei responder.
Agora me resta aceitar sem querer.
Viver tentando mudar, mais fracassando. Ninguém quer ajudar.
Sorrir querendo estar triste.
É só isso que me resta.
Os jovens perderam o amor. As crianças nasceram sem ele. Os velhos viram o amor se calar e partir sem dizer nada. Dor estagnada. Dor é o que mostra que ainda há vida, pois quando para de doer, não há mais ar nos pulmões e nem batidas de corações.
